"É um conjunto enorme de medidas que nós estamos fazendo e, no âmbito interno, obviamente temos a reestruturação do Ibama. Estamos trabalhando numa comissão interna para organização já do concurso para recuperar os quadros", disse o presidente do Ibama.
Agostinho ainda pontuou que, atualmente, o instituto conta com apenas 53% dos quadros de funcionários preenchidos.
"Temos hoje meio Ibama, apenas 53% do nosso efetivo. E para recompor isso nós vamos precisar basicamente de concurso público e de capacitação".
Segundo ele, a carência deve se tornar ainda maior. Já existem 470 servidores com idade para se aposentar. "Este ano o Ibama perde mais 200 servidores".
Ibama já inicia preparativos para novo concurso público
(Foto: Divulgação)
Para reverter o déficit de pessoal, o Ibama planeja uma série de ações. A primeira delas é a convocação dos excedentes do último concurso público, aberto em 2021.
O instituto já solicitou a chamada de 257 aprovados e não convocados pertencentes ao cadastro de reserva.
No último dia 5 de junho, a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, reiterou o pedido em ofício enviado à ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Em paralelo, o Ibama busca a autorização para um novo concurso com 2.408 vagas. O pedido é para o ingresso em cargos de nível superior, distribuídos da seguinte forma:
- 1.503 vagas para analista ambiental; e
- 905 vagas para analista administrativo.
As duas carreiras exigem graduação em qualquer área. As remunerações serão acima de R$10 mil, com os reajustes anunciados pelo governo. Os valores já contam com o novo auxílio-alimentação de R$658.
Para viabilizar esse novo concurso, o Ibama trabalha para a transformação da maioria dos seus cargos de nível médio em nível superior.
A proposta é transformar os 1.174 cargos vagos de técnico administrativo (nível médio) em 379 cargos de analista administrativo (nível superior) e 159 cargos de analista ambiental (nível superior), sem que isso represente aumento de recursos.
Assim, o Ibama deve, primeiro, convocar os excedentes do concurso de 2021, conseguir a transformação dos cargos para então abrir uma nova seleção.
Governo estima 1.600 contratações em concursos ambientais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Marina Silva apresentaram, no dia 5 de junho, a quinta fase do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento (PPCDAm). Entre as metas consta a contratação de 1.600 analistas ambientais, por concurso público, até 2027.
Segundo o documento do PPCDAm, as 1.600 contratações serão distribuídas entre o Ibama, o ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O governo federal entende que, para que os objetivos do eixo “monitoramento e controle ambiental” sejam alcançados, é essencial que sejam fornecidos recursos humanos, tecnológicos, organizacionais e logísticos.
“Para isso, uma das ações mais importantes de todo o PPCDAm é a realização de concursos públicos a fim de contratar servidores para monitoramento e atuação em regiões críticas para combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, e fornecimento de cursos e eventos para capacitação dos servidores públicos”, consta no documento.
Até o momento, somente o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) já conseguiu autorização para realizar novo concurso.
Em maio, foi publicado no Diário Oficial da União o aval para preenchimento de 98 vagas para analista ambiental, destinado a quem tem ensino superior completo em qualquer área.
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