Após concurso, IBGE publica novo edital com 339 vagas temporárias
Com o fim da coleta de dados do Censo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publica edital complementar ao seu concurso IBGE.
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Publicado em:06/03/2023 às 07:42
Atualizado em:06/03/2023 às 07:42
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou nesta segunda-feira, 6, mais um edital complementar após a realização do seu concurso IBGE, para o Censo Demográfico. Ao todo, são oferecidas 339 vagas temporárias.
Desse vagas, 319 são para o cargo de agente de pesquisas e mapeamento. As outras 20 oportunidades são destinadas ao posto de supervisor de coleta e qualidade.
As vagas de agente estão distribuídas pelos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Piauí, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Já os postos de supervisor estão distribuídos por 13 municípios dos Estados do Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Para concorrer, em ambos os casos, é preciso ter o nível médio completo. No entanto, os ganhos são diferentes, sendo eles de R$1.387,50 (agente) e R$3.100 (supervisor).
Os aprovados terão direito aos auxílios alimentação, transporte e pré-escolar, assim como férias e 13º salário proporcionais. Os contratos serão de um ano, cabendo prorrogação por igual período.
Inscrições serão aceitas até o dia 10 de março
As inscrições para o edital complementar já abertas, por meio do site do IBGE, e seguem disponíveis até as 17h do dia 10 de março. Não há taxa para participação
Os interessados devem se inscrever presencialmente, apresentando, nos postos listados no edital, o formulário de inscrição e a documentação original ou cópia autenticada no momento da contratação.
Os documentos entregues ou enviados no período de inscrição serão avaliados. A análise curricular será a única etapa desse processo seletivo. O resultado final está previsto para o dia 22 de março.
IBGE encerra coleta de dados do Censo
O IBGE encerrou, no último dia 28 de fevereiro, a cobertura da coleta domiciliar do Censo Demográfico, tendo 189.261.144 pessoas recenseadas (91%), levando em conta a prévia da população divulgada em 28 de dezembro de 2022.
No dia 1º de março, foi dado início à etapa de apuração. Já a divulgação dos primeiros resultados do Censo será feita no final de abril.
Na etapa de apuração, os supervisores técnicos do IBGE podem determinar retornos (pontuais) ao campo. Isto é, determinados bairros em algumas cidades podem passar por ações específicas de recenseamento, para fins de conferência dos dados ou mesmo para determinar se domicílios originalmente encontrados vazios estão, de fato, desocupados.
"Criamos um comitê de fechamento do censo, que inclui oito demógrafos contratados exclusivamente para essa etapa de apuração, que trabalharão em sintonia direta com os demógrafos do próprio IBGE", disse o presidente interino do instituto, Cimar Azeredo.
Ainda neste mês de março, o IBGE fará uma operação final e pontual na terra indígena Yanomami, com apoio dos Ministérios do Planejamento e Orçamento (MPO), da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e dos Povos Indígenas.
Censo teve 120 dos 180 mil recenseadores previstos
Após três adiamentos, os resultados finais do Censo 2022 só deverão ser divulgados em abril.
Segundo o IBGE, o período da operação se alongou fundamentalmente pela falta de pessoal, sobretudo para a coleta de dados.
"Nosso maior desafio foi contratar recenseadores, planejamos contratar 180 mil e o máximo a que chegamos foi 120 mil. Depois a pandemia atrapalhou o planejamento anterior e fenômenos climáticos como chuvas contribuíram para os atrasos. Este também foi o primeiro Censo com rede social e tivemos de combater as fake news. Também tivemos problemas no pagamento dos recenseadores por não termos testado o sistema antes. Além das inúmeras Medidas Provisórias", elencou Cimar Azeredo.
Para reduzir esses impactos, o IBGE demandou medidas provisórias, a fim de flexibilizar o recrutamento e permitir a contratação de servidores públicos aposentados, aumentou a remuneração dos recenseadores e implementou o pagamento de ajuda locomoção das equipes.
No início do ano, foram feitos diversos acordos com secretarias municipais de saúde e universidades, principalmente com a colaboração dos agentes de saúde.
"Muitos desses agentes estão atuando em aglomerados subnormais, locais de difícil acesso, mas que eles já conhecem. Cabe esclarecer que esses agentes foram recrutados como recenseadores, seguindo todos os trâmites de contratação e capacitação previstos", disse o IBGE.