O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tem 895 vagas abertas por meio do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). As inscrições podem ser feitas até o dia 9 de fevereiro.
Em entrevista exclusiva à Folha Dirigida por Qconcursos, o coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros, deu detalhes sobre as vagas, cargos, lotação, salários, benefícios, chamadas dos aprovados e excedentes. Confira!
O coordenador destacou a importância das novas vagas, uma vez que o último concurso IBGE para servidores efetivos foi realizado em 2016.
“De lá pra cá, a gente teve mais de 2 mil aposentadorias, ou seja, a gente perdeu uma parcela significativa da nossa força de trabalho e essas pessoas que vão chegar agora vão nos ajudar a levar o IBGE para frente”, disse Bruno Malheiros.
A oferta para o IBGE está distribuída em diferentes blocos temáticos do Concurso Unificado, que representam as áreas de Políticas Públicas brasileiras. Há 300 vagas de nível médio, por exemplo, no bloco 8, de nível intermediário.
As 595 vagas demais são para cargos de nível superior e estão agrupadas em outros blocos temáticos (apenas o bloco 4 não tem oportunidades para o IBGE).
É possível se inscrever para apenas um dos blocos temáticos do concurso.
O coordenador de RH do IBGE orienta que os candidatos, ao fazerem a escolha, olhem se os cargos têm os requisitos compatíveis com a sua formação e também as atribuições de cada vaga.
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Coordenador de RH detalha concurso IBGE com 895 vagas
(Foto: Divulgação/IBGE)
As inscrições do concurso ficam abertas até 9 de fevereiro pela página do Concurso Público Nacional Unificado.
O processo é feito por meio da conta GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata e bronze). A taxa de inscrição é de R$60, para cargos de nível médio, e R$90, para os de nível superior.
O concurso terá provas objetivas e discursivas aplicadas no dia 5 de maio, em 220 cidades espalhadas pelo país. Confira o que será cobrado aqui!
O resultado final do Concurso Unificado está previsto para ser divulgado em julho. Questionado sobre quando o IBGE deseja começar a convocação dos aprovados, o coordenador de RH respondeu que "imediatamente".
“A nossa ideia é convocá-los imediatamente. É claro que tem o tempo para as pessoas fazerem os exames médicos e separarem os documentos. Mas a gente quer chamar as pessoas imediatamente”, afirmou Bruno Malheiros.
A proposta do instituto é para que os aprovados nas 895 vagas sejam chamados juntos.
O coordenador de RH também confirmou que o IBGE fará um pedido para a chamada de 25% de excedentes, previsto na legislação.
“A ideia é que a gente solicite os 25% adicionais das vagas. E certamente tão logo a gente veja que esse edital está perdendo a validade, a gente vai solicitar novo concurso. O ideal seria que os concursos públicos acontecessem de forma mais rotineira”, destacou.
Assista a entrevista na íntegra a seguir:
O edital do concurso traz diferentes lotações para os cargos, em todo país. Há destaque, por exemplo, para o Rio de Janeiro. O coordenador de RH explica que isso se deve ao fato da sede do IBGE estar no Rio.
“Hoje em torno de 40 a 42% dos servidores do IBGE estão lotados no Rio de Janeiro, que é onde a gente de fato faz a análise das pesquisas, faz a parte mais central. É como se fosse a matriz do IBGE, então a gente acaba tendo sempre mais vagas no Rio de Janeiro”, esclareceu.
Cada cargo do concurso tem sua própria lista de cidades onde há disponibilidade para lotação.
De acordo com Bruno Malheiros, a proposta é para que os aprovados escolham sua lotação conforme a ordem de classificação. Isso significa que quem estiver em primeiro lugar terá prioridade na escolha.
“A ideia é tentar atender o interesse do IBGE em lotar essas pessoas nas áreas que a gente tem necessidade, mas também atender ao interesse do candidato de acordo, claro, com a sua colocação no concurso, para que ele vá para a localidade que ele tenha maior interesse”, detalhou o coordenador.
No caso das 300 vagas para cargos de nível médio, a lotação será direcionada para as agências que compõem a rede de coleta do IBGE.
“São as nossas agências que compõem a nossa rede de coleta e a grande maioria desses futuros servidores que vão entrar nas vagas de nível médio serão os responsáveis por essas agências. São eles que estarão lá na ponta, fazendo com que a gente capte da melhor forma possível os dados e informações estatísticas e geocientíficas para que elas possam ser trabalhadas, disse Bruno Malheiros.
Ele ainda completou: “os servidores de nível médio têm um papel estratégico no IBGE porque eles fazem parte da cadeia de produção e são uma parte essencial de coleta das informações. De forma a garantir que a gente tenha diferencial estratégico que é a nossa capilaridade, capaz de cobrir todo território brasileiro”.
Os cargos do IBGE têm salários iniciais que variam de R$4.008,24 a R$10.223,67. Esses valores são compostos pelo vencimento básico mais a gratificação de desempenho.
Essa gratificação vai de zero a 100 pontos. Todos os novos servidores entrarão ganhando o valor referente a 80 pontos.
Mas é possível passar para 100 pontos, após a primeira avaliação de desempenho. O coordenador de RH do IBGE explica como isso funciona:
“As avaliações do IBGE são semestrais e acontecem em janeiro e julho. Por exemplo, um servidor que entrar em setembro, ele vai ter a primeira avaliação em janeiro. Se alguém ficar em outubro, novembro e dezembro, a primeira avaliação vai ser em julho do ano seguinte, sempre é preciso ter trabalhado pelo menos dois terços do período”.
Os servidores ainda têm a retribuição de titulação.
“Se o servidor de nível superior entra no IBGE e apresenta a comprovação de título de especialista ou título de mestre ou o título de doutor, ele vai receber um valor a mais. No caso do nível médio, se ele tiver cursos dentro da área de atuação dele, ele também vai receber. Muitas pessoas entram nas vagas de nível médio, já tendo graduação ou curso técnico, e isso já é suficiente para chegar no nível mais alto da gratificação de qualificação”, especificou Bruno Malheiros.
Há também os benefícios concedidos a todos os servidores federais, como auxílio-saúde, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio-creche. A evolução na carreira é feita por tempo e por desempenho.
O Governo Federal anunciou que o banco de aprovados no Concurso Público Nacional Unificado poderá ser usado para contratação temporária dos órgãos aderentes ao CPNU.
Em entrevista, o coordenador de RH confirmou que IBGE tem interesse em usar esse banco para as suas contratações temporárias, que ocorrem com certa frequência.
“O Concurso Unificado tem a possibilidade de esse banco de pessoas aprovadas e não classificadas dentro do número de vagas serem utilizados como temporários dentro da contratação. Ainda existe a previsão de uma portaria do Ministério da Gestão para explicar como será esse processo, mas a gente também tem esse interesse, se for viável, de utilizar o pessoal aprovado como contratado temporário”, afirmou Bruno Malheiros.
Para todos aqueles que estão em busca de uma vaga no IBGE, ele deixou a seguinte mensagem:
“Se você escolheu o IBGE como sua primeira opção, você fez uma excelente escolha. Há 14 anos, eu era uma dessas pessoas buscando concurso público. O IBGE é um órgão que dá muito orgulho de trabalhar. É ele quem apresenta para sociedade brasileira quem nós somos, onde estamos, que condições de vida nós temos”, concluiu.
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