Concurso Igeprev TO: deputado expõe colapso sem novo edital
Na falta de um novo concurso Igeprev TO, o Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins pode entrar em colapso, segundo deputado.
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Publicado em:12/03/2020 às 13:18
Atualizado em:12/03/2020 às 13:18
O novo concurso Igeprev TO é uma necessidade para o Estado do Tocantins. A urgência foi levantada pelo deputado Professor Junior Geo (Pros), na última quarta-feira, 11, em seu discurso na tribuna da Assembleia Legislativa.
Segundo Junior Geo, a falta de concursos públicos poderá inviabilizar, num futuro próximo, as funções do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev TO). A seleção, segundo o deputado, é uma cobrança da sociedade.
Na ocasião, o parlamentar citou ainda a prática das instituições em contratar funcionários, em detrimento de concursados, por ausência de concursos públicos. Como exemplo ele destacou o Tribunal de Justiça (TJ TO), que, recentemente, recebeu permissão para renovar contratos de funcionários por mais um ano.
Segundo o deputado, a situação já afeta negativamente as operações do Igeprev, que tem pelo menos R$1 bilhão de prejuízo, e ainda terá que aposentar muitos servidores contratados (que neste caso contribuem com o INSS), que não contribuíram um ano sequer com o Instituto.
"É o caminho da falência", disse.
Sem um novo concurso Igeprev TO, o órgão pode entrar em colapso. O Instituto é responsável pela concessão de benefícios previdenciários de servidores efetivos do Estado do Tocantins, seja aposentadorias ou pensões por morte.
FOLHA DIRIGIDA entrou em contato nesta quinta-feira, 12, com o Igeprev TO, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno sobre a demanda por um novo concurso público, assim como o déficit de servidores no órgão.
Último concurso Tocantins ocorreu em 2012
Um dos últimos concursos para o quadro geral de servidores do Tocantins foi realizado em 2012. Na época, foram oferecidas 6.352 vagas, sendo 4.513 imediatas e 1.839 para a formação de um cadastro de reserva.
As oportunidades foram distribuídas por diversos órgãos da Administração Pública, com exigências como o nível fundamental, médio e superior. O concurso foi organizado pelo Instituto AOCP.
Dos cargos oferecidos, o destaque foi para as carreiras de assistente administrativo (2.463), administrador (198 vagas), analista técnico-jurídico (183), auxiliar administrativo (303) e fiscal de trânsito (196).
Dependendo do cargo, os candidatos foram avaliados por diversas etapas. A prova objetiva foi aplicada a todos os concorrentes, nas cidades de Araguaína, Dianópolis, Guaraí, Gurupi, Palmas, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional e Tocantinópolis.
O exame contou com 50 questões. Conforme o cargo escolhido, foram cobradas as disciplinas de: Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico Matemático, Noções de Informática, Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos.
O concurso ficou válido por dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. Os salários oferecidos na época variaram entre o mínimo de R$762,56 e R$2.624,14.O regime de contratação era o estatutário.