INPI remaneja despesas para contratar banca do novo concurso

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial dá prosseguimento aos preparativos do seu novo concurso INPI, com 120 vagas. A presidência da instituição busca remanejar as despesas para concluir a contratação da banca organizadora.

Na segunda-feira, 18, o presidente do INPI, Júlio César Castelo Branco, enviou um ofício ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para tratar da recomposição do orçamento do instituto. 

Segundo o ofício, ao qual a Folha Dirigida por Qconcursos teve acesso, há um pedido "adicional de R$1,02 milhão para cobertura parcial da despesa com aluguel do Edifício Sede do INPI no RJ que teve parte de seu valor remanejado para dar prosseguimento à contratação da empresa responsável pelo concurso público já aprovado".

O Cebraspe foi o escolhido como organizador do concurso INPI. Ele ficará responsável por receber as inscrições da seleção em seu site, além de viabilizar a aplicação das provas. 

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INPI prepara novo concurso público para servidores

(Foto: Divulgação/INPI)

O próximo passo é a efetiva contratação da banca. Assim que isso for feito, o INPI poderá publicar o edital e divulgar o cronograma completo do concurso, com as datas de inscrição, provas e demais eventos. 

“O INPI irá trabalhar em conjunto com a organizadora para produzir o edital de abertura da seleção e divulgá-lo o mais brevemente possível. O cronograma dessa etapa ainda será definido junto com o Cebraspe", afirmou o instituto.

INPI decide não participar do Concurso Nacional Unificado

Com os trâmites avançados para publicação do seu próprio edital, o INPI decidiu não aderir ao Concurso Nacional Unificado (CNU). Essa é uma proposta do Governo Federal para centralizar as seleções autorizadas este ano. 

A ideia é ter um único dia de aplicação de provas, no primeiro trimestre de 2024, em cerca de 180 cidades espalhadas pelo país.

Com isso, o governo pretende democratizar o acesso ao serviço público, uma vez que as avaliações não ficarão concentradas apenas nas capitais.

A adesão ao CNU, também conhecido como "Enem dos concursos", é voluntária. Isto é, cada órgão com autorização para preenchimento de vagas pode decidir se vai participar ou não da seleção nesse novo modelo.

O INPI, por sua vez, optou por não aderir. 

"Em relação ao concurso unificado que será organizado pelo governo federal, o INPI decidiu não participar devido à urgência de realizar sua seleção e ao fato de que os procedimentos internos para o concurso vinham sendo realizados desde junho e já estão adiantados", disse.

O INPI ressaltou que a proposta de seleção unificada é muito positiva e, numa próxima edição, cogita participar.

Edital do concurso INPI deve ser publicado até dezembro

Como não participará do concurso unificado, o INPI deve seguir com os preparativos para realizar sua própria seleção para as vagas autorizadas. 

De acordo com a portaria que autorizou o concurso INPI, o edital deve ser publicado até o dia 15 de dezembro. As provas devem ser realizadas em até dois meses após a divulgação do edital. 

O instituto tem aval para preenchimento de 120 vagas nos seguintes cargos de nível superior:

• analista de planejamento - 40 vagas e remunerações de R$9.912,01;
• pesquisador - 40 vagas e remunerações de R$10.893,75; e
• tecnologista - 40 vagas e remunerações de R$9.912,01.

Os valores já incluem o vencimento inicial mais o auxílio alimentação reajustados no início do ano pelo Governo Federal.

INPI confirma as especialidades de cada cargo do concurso

Em resposta à Folha Dirigida por Qconcursos, o INPI confirmou as especialidades de cada cargo, sendo:

Pesquisador

• Formação em Ciências Biológicas, Biologia, Biomedicina, Biotecnologia, Genética, Biologia Molecular, Bioquímica, Biofísica, Microbiologia, Farmácia, Engenharia de Bioprocessos, Engenharia Bioquímica, Engenharia Biotecnológica, Engenharia Química, Engenharia de telecomunicações, Engenharia elétrica, Engenharia eletrônica, Ciência da computação, Engenharia de computação, Engenharia de informação, Telemática, Engenharia Mecatrônica, Engenharia de software, Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), Engenharia Clínica, Engenharia Médica, Engenharia Biomédica, Engenharia Mecânica, Bioengenharia, Neuroengenharia, Fisioterapia, Medicina, Física médica, Engenharia Física.

Tecnologista

• Qualquer área de formação.

Analista

• Formação em Administração, Direito, Contabilidade ou Ciências Contábeis, Economia ou Ciências Econômicas, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Arquitetura, Psicologia e qualquer área de Informática.

É bom lembrar que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial não realiza concurso desde 2014. Na última seleção, inclusive, o Cebraspe (antigo Cespe/UnB) também foi a banca organizadora. 

Para os cargos de nível médio foram cobradas provas objetivas e de títulos, enquanto para nível superior ainda foi realizada uma avaliação discursiva.

No exame de nível médio, as questões foram sobre: Língua Portuguesa, Ética no Serviço Público, Matemática e Atualidades. Para analista (nível superior), as disciplinas foram de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Atualidades e Conhecimentos Específicos foram exigidas.

Já a prova de pesquisador (nível superior) teve questões de Língua Portuguesa Língua Estrangeira, Propriedade Industrial e Conhecimentos Específicos.

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