Nesta sexta, o relator e ministro Dias Toffoli deu o seu voto, julgando como improcedente o pedido veiculado. Ou seja, para o ministro, não houve vício de iniciativa na mudança de requisito do técnico.
Com isso, o relator votou favorável à manutenção do requisito de nível superior.
"As inserções legislativas, como bem delineado pelos parlamentares nas exposições de razões no curso do processo legislativo, objetivam melhorar a qualificação de quadro profissional indispensável ao adequado e racional funcionamento do Ministério Público, instituição essencial à Justiça, que foi alçada a missões da mais alta estatura constitucional pela ordem inaugurada em 1988", diz o trecho final do voto do ministro Dias Toffoli.
Em seguida, votou o ministro Flávio Dino, divergindo do relator. Para o magistrado, a mudança de escolaridade não estava no mesmo âmbito temático votado pelo Legislativo.
"Carecem, no meu entender, do necessário vínculo de pertinência os aspectos em debate, descabendo reconhecer afinidade lógica entre a mera transformação de cargos vagos e a sensível e ampla modificação das carreiras de técnico do MPU e de técnico do CNMP, decorrente da alteração do requisito da escolaridade mínima".
O ministro citou ainda a autonomia administrativa e funcional do MPU. Desta forma, julgou procedente o pedido, ou seja, o retorno ao requisito de nível médio para o cargo de técnico.
O julgamento tem o dia 23 de maio como data final. Até lá, ainda votarão mais nove ministros.
Caso a maioria dos ministros considere a ação improcedente, a Lei será considerada constitucional e o nível superior será mantido.
Porém, se os ministros formarem maioria pela procedência da ação, a lei será declarada inconstitucional e o requisito do cargo voltará para nível médio.
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Supremo Tribunal Federal julga escolaridade do técnico do MPU
(Foto: STF)
Entenda o julgamento da escolaridade do técnico do MPU
A decisão do STF sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade será determinante para a escolaridade do cargo de técnico, presente no concurso MPU.
A ADI foi proposta pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em agosto do ano passado. Para ele, a mudança de escolaridade do cargo deveria ter sido proposta pelo próprio chefe do MPU.
No entanto, a alteração foi apresentada por parlamentares, durante a tramitação no Congresso do projeto de lei de transformação de cargos vagos de analista do MPU em cargos de procurador de Justiça Militar, promotor de Justiça Militar e em comissão.
Na visão de Gonet, o processo se configura como um vício de iniciativa.
Em fevereiro, o STF julgou uma ação similar sobre a mudança de escolaridade do cargo de técnico judiciário da União. Os ministros formaram maioria para manter o nível superior como requisito.
Desta forma, o Supremo já tem uma decisão recente sobre o tema e deve manter o mesmo entendimento na ação que trata do técnico do MPU.
Provas do concurso MPU já foram relializadas
As provas objetivas e discursivas do concurso MPU foram aplicadas no último dia 4 de maio. Qconcursos Folha Dirigida acompanhou a realização dos exames. Veja como foi aqui!
Ao todo, foram cobradas 80 questões de múltipla escolha, sendo 30 destinadas ao módulo I, de Conhecimentos Gerais, e 50 ao módulo II, de Conhecimentos Específicos.
Foram exigidos conhecimentos nas seguintes áreas:
- Língua Portuguesa;
- Noções de Sustentabilidade;
- Noções de Direitos Humanos e Fundamentos de Acessbilidade;
- Noções de Administração Publica (exceto técnico do MPU na especialidade de Administração);
- Legislação Institucional;
- Noções de Direito Administrativo (exceto técnico do MPU na especialidade de Administração e anaista na especialidade de Direito); e
- Noções de Perícia em Processo Civil (somente para o cargo de perito).
Será considerado aprovado o candidato que tiver alcançado os seguintes mínimos:
- 12 questões ou mais do módulo I;
- 25 questões ou mais do módulo II; e
- 45 questões ou mais do total da prova objetiva.
A prova discursiva, por sua vez, consistiu na elaboração de uma redação dissertativo-argumentativa, tendo entre 20 e 30 linhas e valendo 40 pontos.
Veja os temas abaixo:
- Prova do analista: Conquistas Espaciais (impactos e benefícios).
- Prova do técnico: Angústias dos cidadãos contemporâneos, como a recusa ao trabalho ou filhos.
Será aprovado nesta etapa o candidato que tiver alcançado uma nota igual ou superior a 20 pontos.
A Fundação Getulio Vargas (FGV), organizadora da seleção, já divulgou os gabaritos das provas do concurso MPU. O prazo para recursos já terminou.
O resultado preliminar da prova objetiva será divulgado no dia 10 de junho. Já o resultado da discursiva é aguardado para o dia 4 de agosto.
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Concurso MPU 2025 oferece 172 vagas
O concurso MPU oferece 172 vagas imediatas mais cadastro reserva, para os seguintes cargos:
Técnico do MPU
Analista do MPU
- analista de Direito - 66 vagas para quem tem nível superior em Direito; e
- analista especializado - 31 vagas para quem tem nível superior em áreas específicas.
Neste segundo caso, as especialidades e cargos contemplados são:
- Atuarial;
- Arquivologia
- Biblioteconomia;
- Clínica Médica;
- Comunicação Social;
- Desenvolvimento de Sistemas;
- Enfermagem;
- Ginecologia;
- Junta Médica em Psiquiatria;
- Odontologia;
- Oftalmologia;
- perito em Antropologia;
- perito em Arquitetura;
- perito em Biologia;
- perito em Contabilidade;
- perito em Economia;
- perito em Engenharia Agronômica;
- perito em Engenharia Civil;
- perito em Engenharia de Seg. do Trabalho;
- perito em Engenharia Elétrica;
- perito em Engenharia Florestal;
- perito em Engenharia Mecânica;
- perito em Engenharia Sanitária;
- perito em Geografia;
- perito em Geologia;
- perito em Medicina do Trabalho;
- perito em Oceanografia;
- perito em Tecnologia da Informação e Comunicação;
- Psicologia;
- Serviço Social; e
- Suporte e Infraestrutura.
Para ingressar nos cargos indicados acima, o candidato deve possuir o nível superior completo.
A maior parte das vagas é para o Distrito Federal, a exceção está nos cargos de técnico de administração, policial institucional e analista de Direito, que também têm oportunidades para outros estados do país.
O salário inicial do aprovado será de até R$16.637,08.
