Concurso Petrobras: resultado é retificado para grupos específicos
Após concluir o seu concurso Petrobras, em maio deste ano, a estatal retificou o resultado final para negros, sub judice e PcDs.
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Publicado em:12/07/2022 às 09:08
Atualizado em:12/07/2022 às 09:08
O resultado final do concurso Petrobras 2022 foi retificado nesta terça-feira, 12, para grupos específicos. Conforme edital publicado no Diário Oficial da União, as mudanças estão relacionadas às vagas destinadas aos candidatos negros, sub judice e PcDs.
Para esses casos, o resultado está devidamente homologado nesta data (12 de julho), pelo gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobras, Juliana Mesquita.
Para os demais casos, segue válido o resultado publicado em maio deste ano, por meio do Cebraspe, organizador. Com ambos os processos homologados, os candidatos classificados podem ser convocados.
Ao todo, oconcurso Petrobras contou com 4.537 vagas, sendo 757 imediatas e 3.780 para a formação de um cadastro de reserva.
A seleção teve vagas para diversas especialidades, com destaque para Engenharia de Petróleo (97 imediatas e 485 no cadastro reserva), Engenharia de Produção (101 imediatas e 505 no cadastro reserva) e Engenharia de Equipamentos - Mecânica (158 imediatas e 790 no cadastro reserva).
Houve ainda oportunidades nas áreas de Administração, Comércio e Suprimento, Transporte Marítimo, Engenharia de Software, Infraestrutura, Processos de Negócio, Ciência de Dados e Economia.
Além das áreas de Engenharia (Ambiental, Civil, Elétrica, Eletrônica, Inspeção, Terminas e Dutos, de Processamento, de Segurança de Processo e Naval), Geofísica (Física e Geologia) e Geologia.
Os aprovados serão contratados de acordo com o regime celetista e terão ganhos iniciais de R$6.937,43, com garantia de remuneração mínima de R$11.716,82.
Neste caso, a estatal oferecerá benefícios como previdência complementar (opcional) plano de saúde (médico, hospitalar, odontológico, psicológico e benefício farmácia) e garantias educacionais para dependentes, entre outras.
Petrobras está na mira de estudos para privatização
Em junho deste ano, a possibilidade de privatização da Petrobras ganhou força. No entanto, esse processo não deve gerar mudanças nas convocações dos novos aprovados, considerando o período eleitoral de 2022.
No mês passado, foi publicada no Diário Oficial da União uma resolução do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), que permite o início de estudos sobre a privatização da Petrobras.
Caberá ao Conselho opinar favoravelmente e submeter à deliberação do presidente Jair Bolsonaro a qualificação, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), da Petrobras, com objetivo de coordenar estudos e ações necessárias para a avaliação da desestatização da empresa.
A inclusão oficial da Petrobras no PPI, no entanto, só pode ser feita depois do decreto presidencial. Um comitê interministerial, formado pelos Ministérios da Economia e de Minas e Energia, se encarregará dos estudos, tanto sobre a desestatização como a venda dos contratos da PPSA.
Segundo o secretário especial do PPI, Bruno Westin Leal, a recomendação não significa a inclusão da Petrobras no Plano Nacional de Desestatização (PND). Isso porque o processo depende de aprovação de Projeto de Lei (PL) ou de Medida Provisória (MP) pelo Congresso Nacional.
Desta forma, apenas os estudos devem ter início no momento. Com o calendário eleitoral, no entanto, o processo pode levar tempo até chegar ao Congresso, podendo ser avaliado apenas em 2023, conforme a gestão.
"Não temos nenhum prazo definido para o envio de projeto (sobre a Petrobras)", declarou Westin, no último dia 2. "De forma objetiva, não há horizonte", acrescentou o secretário, ao ser perguntado sobre prazos para a conclusão dos estudos e de uma eventual privatização.