Concurso PF: diretora fala de edital, etapas e convocações. Assista!

Diretora de Gestão de Pessoal da Polícia Federal, Cecília Silva Franco, falou do concurso PF 2021 com a Folha Dirigida. Assista!

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Publicado em:13/01/2021 às 20:00
Atualizado em:13/01/2021 às 20:00

O concurso PF 2021 resultará na chamada de 2 mil aprovados, conforme prometido pelo presidente Jair Bolsonaro. Porém, mais aprovados também poderão ser convocados. Isso porque os 2 mil policiais não resolverão o problema do déficit de pessoal na Polícia Federal.

Esses e outros detalhes do 2ª maior concurso da instituição foram revelados com exclusividade à Folha Dirigida pela diretora de Gestão de Pessoal da instituição, delegada Cecília Silva Franco. O edital da PF com 1.500 vagas imediatas foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, dia 15.

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De acordo com Cecília Silva Franco, de fato, os 500 excedentes deverão ser convocados, conforme promessa do presidente Jair Bolsonaro.

Já há, inclusive, a distribuição desses 500 excedentes pelos cargos, informação passada agora em primeira mão pela Folha Dirigida.
 

"Chegaríamos em números totais de 174 delegados, 533 escrivães, 1.191 agentes e 112 papiloscopistas. Mas a gente precisa realmente aguardar a relação de aprovados para saber em quais cargos teremos o quantitativo de aprovados ao final da primeira etapa do concurso", revelou a diretora.


E as notícias para quem for aprovado como excedente no concurso não param por aí. A Polícia Federal pretende chamar, se possível, ainda mais aprovados, já que os 2 mil novos policiais não vão resolver, em sua totalidade, o problema do déficit de pessoal.

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Reforça essa ideia o fato de mais de mil policiais estarem aptos a se aposentarem hoje dentro da corporação.

Aos aprovados nas vagas imediatas, não vai demorar muito tempo para ingressarem no Curso de Formação Profissional (CFP), que acontecerá na Academia Nacional de Polícia, em Brasília.

A previsão da PF é convocar a primeira turma já em julho, com início do CFP em agosto. Estão previstas duas turmas.

Concurso PF: diretora de Gestão de Pessoal fala de edital (Foto: Divulgação)
Concurso PF: diretora de Gestão de Pessoal fala de edital
(Foto: Divulgação)

Lotação na Região Norte e nas fronteiras

Onde os aprovados no concurso PF 2021 serão lotados? De acordo com a diretora de Gestão de Pessoal, a Região Norte terá vagas para todas as unidades. As fronteiras também serão destino dos novos policiais federais.

"Todas as unidades da Região Norte devem realmente ser contempladas com vagas. Fora essa região, há uma faixa de fronteira com grande necessidade no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraná, especialmente Foz do Iguaçu e Guaíra."

Os melhores classificados no Curso de Formação Profissional poderão escolher a lotação. 

"O somatório de notas dá uma média e ao final há uma classificação final do desempenho no curso de formação. E aí haverá uma lista de vagas e os candidatos escolhem seguindo a lista de classificação", confirmou a diretora.

Resumo concurso PF 

  • Órgão:  Polícia Federal
  • Vagas:  1.500
  • Cargos: escrivão, papiloscopista, delegado, agente
  • Escolaridade:  nível superior
  • Status:  edital iminente
  • Banca : Cebraspe

Provas terão mesma estrutura de último concurso

Não bastasse a manutenção da banca do último concurso, o Cebraspe, a seleção deste ano da Polícia Federal terá também exatamente a mesma estrutura de 2018

De acordo com Cecília Silva Franco, "o que há hoje é considerado o ideal para a Polícia Federal". Desta forma, os candidatos serão submetidos às tradicionais fases. Clique aqui e confira cada uma!

Na prova objetiva, a diretora enfatizou a cobrança por Informática e explicou sua importância. "É a Tecnologia que nos dá realmente as ferramentas necessárias para as investigações. Então hoje é muito difícil que alguma investigação da Polícia Federal não use a área da Tecnologia."

Língua Estrangeira foi descartada e não será novidade no concurso de 2021. A PF optou por capacitar os servidores nesse quesito havendo necessidades específicas. "Às vezes temos necessidade de alguém que fale Árabe, Mandarim", justificou.

Cecília Silva Franco também deu detalhes sobre o teste físico, as avaliações psicológica e de saúde, prova de digitação e investigação social, esclarecendo as principais dúvidas dos candidatos. 

Temas como deficientes na Polícia Federal e o aguardado concurso para a área Administrativa também foram esclarecidos nesta entrevista, que você pode assistir e ler a seguir. 

Entrevista com diretora de Gestão de Pessoal da Polícia Federal [VIDEO id="9534"]

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Entrevista com diretora da PF na íntegra

Importância do concurso da Polícia Federal de 2021

Em termos quantitativos nós tratamos este como o 2º maior concurso da Polícia Federal. Ele tem esse efeito histórico para nós porque espera-se que a Polícia Federal, com essa entrada, atinja o seu maior efetivo policial, desde a criação da PF, ultrapassando a marca de 12 mil policiais. Por isso essa grande importância para a gente.

Esse pessoal vai reforçar praticamente  todas as unidades do país incrementando realmente a atuação da Polícia Federal na sua tão variada gama de atribuições.

Em especial na atividade-fim principal, que é atribuída à Polícia Federal pela Constituição Federal com exclusividade de atuar como Polícia Judiciária da União, como foco principal já dos últimos anos na atuação da descapitalização das organizações criminosas.

Distribuição das 500 vagas excedentes

Por enquanto, podemos falar de estimativa. Porque o próprio procedimento para autorização dos excedentes é feito após a gente ter a relação de candidatos aprovados. Então isso vai depender da quantidade de candidatos aprovados em cada cargo.

Mas a gente pode estimar que essa divisão seja feita de uma maneira proporcional e chegaríamos em números totais de 174 delegados, 533 escrivães, 1.191 agentes e 112 papiloscopistas.

Mas a gente precisa realmente aguardar a relação de aprovados para saber em quais cargos teremos o quantitativo de aprovados ao final da primeira etapa do concurso.

Déficit de pessoal e aposentadorias após o concurso de 2021

Mesmo convocando todos os 2 mil policiais, a PF não encerra o seu déficit de pessoal. Isso conforme a população de maneira geral vem acompanhando a atuação da Polícia Federal.

De fato a gente precisaria de muito mais. Mas é claro que esse reforço vai proporcionar que a gente siga cumprindo a missão ainda com mais eficiência. Em relação à possibilidade de convocação além desse número, a gente segue o que está previsto no Decreto 9.739/2019, que fala como funciona a autorização para nomeação de candidatos excedentes.

O Ministério da Economia pode autorizar a convocação de um percentual de 25% a mais do que está previsto no edital. Mas esse percentual dependeria de um decreto do presidente da República autorizando.

Como funciona isso para a Polícia Federal? No momento adequado a gente faz um levantamento sobre o quantitativo de vagas existentes decorrentes de aposentadorias ou vacâncias de maneira geral e, baseado na nossa necessidade na ocasião, a gente pode apresentar uma nova solicitação de aumento desse quantitativo de vagas.

Resumindo: é possível que a gente solicite um quantitativo ainda maior que esse (2 mil vagas) a depender da situação de momento. 

Aposentadorias

Temos hoje mais de mil policiais que já implementaram os requisitos para aposentadoria. Então a qualquer momento eles poderiam solicitar a aposentadoria. É um número difícil da gente prever. Temos a previsão do quantitativo, mas quando precisamente vão solicitar a aposentadoria não temos como saber. Por isso nós temos que trabalhar para sempre estar com o quantitativo ideal para suprir as demandas.

Perito criminal de fora. Por que?

É uma questão simples. Nesse concurso não foi aberta vaga para peritos simplesmente porque nós não temos códigos de vagas ociosas. Para pedir autorização para o concurso, a gente faz um levantamento com o que a gente tem de vagas na instituição.

Não tendo esse quantitativo de vagas, não é possível solicitar o concurso. Mas já tramita desde maio de 2020 uma solicitação de criação de novos 200 cargos de perito para serem criados na instituição.

Já tem uma outra tramitação, que, em tendo criado as vagas, aí sim imediatamente a Polícia Federal faria a solicitação de provimento. Não tem a necessidade de que seja tudo em um edital só.

Se essa criação acontecer, a qualquer momento a gente poderia dar andamento à solicitação de concurso para perito. Então está acontecendo esse pedido de criação. Fora isso, só se acontecesse aposentadoria ou vacância nos próximos meses, mas teria que atingir o percentual de 5% do efetivo em códigos de vagas, o que não acreditamos que vá acontecer até o fim do ano. A nossa expectativa é realmente pela criação das vagas.

Estamos em tratativas sempre, em especial com o Ministério da Justiça. Tem um apoio para isso, mas também há uma previsão na Lei Complementar 173, que trouxe uma série de restrições em razão da pandemia, que pode ser um obstáculo para criação ainda este ano.

Por isso não temos como saber se isso acontece ainda este ano ou só em 2022. Mas estamos na batalha para isso. Tanto que no último concurso todas as vagas de perito foram ocupadas. Chamamos os excedentes até o último minuto. Aproveitamos todos os aprovados, não ficou ninguém de fora.

Áreas do perito com maior necessidade

A Diretoria Técnico-Científica sempre apresenta um levantamento das necessidades do momento. A cada concurso que a gente vai pedir a gente divide as vagas da necessidade do momento.

Então, por exemplo, nesse último ano aumentou-se muito a necessidade da parte do perito de Informática e do Meio Ambiente. Mas isso muda muito. Mas o pedido de criação de vagas é por cargo, de perito, não é por área.

As áreas são definidas só por ocasião da realização do concurso mesmo. Se aposenta-se um perito da área de Informática, não necessariamente haverá um concurso para perito da área de Informática. Pode ser para outra área e isso é avaliado de acordo com a necessidade de momento.

Como estão os preparativos do concurso autorizado?

A Polícia Federal juntamente com o Cebraspe está em fase final de revisão do edital para que a gente consiga realmente fazer a publicação desse edital ainda em janeiro, nos próximos dias. 

Previsão de edital, inscrições e taxas

A gente não crava uma data até para não criar uma expectativa e, eventualmente, ter alguma situação que não cumpra essa publicação, porque ela depende não só da Polícia Federal, mas também do Cebraspe. Realmente a gente está em fase final e a ideia é concluir nos próximos dias.

Com o edital de abertura publicado, a gente pode fechar o cronograma de todas as outras fases. De todo modo, assim que publicado (o edital), as inscrições se abrem nos dias seguintes e costumam ficar abertas em torno de 20 dias. Mas para quem está esperando não demora não. Até semana que vem teremos novidades com certeza.

Sobre as taxas, a definição é com o Cebraspe. Há uma série de avaliações que eles fazem para fechar (o valor), mas a gente espera que fique nos quantitativos do último concurso, não devendo ter alterações significativas (em 2018, a taxa foi de R$180 para os cargos de agente, escrivão e papiloscopista e R$250 para delegado).

Provas da PF e PRF no mesmo dia (28 de março)?

Como a organizadora é a mesma (Cebraspe), acredito que eles tenham uma tendência a conciliar essas datas, não aplicando no mesmo dia.

De todo modo, como já foi confirmada a redução do prazo (entre a publicação do edital e a realização das provas de quatro meses para dois meses), passados, no mínimo, 60 dias já devem ser as provas objetivas e discursivas.

Mas realmente não sei exatamente, porque é o Cebraspe que fecha essas datas com cada entidade contratante. Mas publicando o nosso edital, a gente já deve ter essa previsão de 60 dias ou um pouquinho mais.

Mas a ideia da redução é justamente para que a gente consiga nomear todos os candidatos ainda em 2021. 

Previsão de provas em março ou abril?

Se tudo correr como esperamos mais para março. Claro que é a publicação (do edital) que é o nosso marco inicial. Mas na expectativa e no planejamento prévio de todo o cronograma, a ideia é mais para março.

Por que 60 dias entre edital e provas?

Como a autorização para o provimento dos cargos é para 2021. Ou seja, até 31 de dezembro de 2021 todos os candidatos deverão ser nomeados. Então a gente faz um cronograma aí de trás para frente. Com o tempo para o curso de formação e todas as etapas, essa redução era imprescindível para que a gente conseguisse cumprir essa missão de nomear todos até 31 de dezembro de 2021.

Provas na pandemia

Essa responsabilidade da organização é toda do Cebraspe e eles têm a expertise para isso. Já estão mais do que experimentados para a realização dos testes em âmbito nacional. Na semana passada, por exemplo, houve o vestibular da Fuvest, com mais de 120 mil candidatos…

A gente vem acompanhando todas as provas que vêm sendo feitas, seja em âmbito estadual de grande magnitude ou em âmbito nacional para observar se vem dando tudo certo.

Mas o Cebraspe tem já toda uma metodologia e um planejamento rigoroso de segurança, conforme as determinações das autoridades de saúde. Como as provas estão previstas para serem realizadas em todas as capitais, é possível que em uma cidade tenha alguma determinação das autoridades de saúde diferente da outra e o Cebraspe vai com certeza atender em todos os locais de provas, conforme for autorizado.

Mas o que já é bem lógico que aconteça é a redução da quantidade de candidatos em sala de aula, o aumento do prazo para ingresso no ambiente para que não aconteçam aglomerações na entrada, uso de máscaras e disponibilização de álcool em gel em geral. São regras básicas, que devem ser seguidas. E a depender de cada unidade o Cebraspe pode adotar outras medidas específicas. E observar.

Como é mais para o mês de março, vamos observar como vai estar o cenário da época. Tem que ir acompanhando e organizando para executar a segurança necessária. É importante dizer que em nenhum momento a Polícia Federal parou de trabalhar, desde o início da pandemia.

A gente teve que se reorganizar, como todo mundo, repensar medidas de segurança para o trabalho continuar. Então de fato esse reforço é mais do que necessário.

Se você for pensar no que ocorre hoje na PF, adotando todos os protocolos orientados pelas autoridade de saúde, se temos casos suspeitos essas pessoas têm que ser afastadas do trabalho, quem teve contato com essas pessoas também é temporariamente afastada até que se exclua qualquer chance de contaminação. Então realmente o efetivo em geral trabalhou de uma maneira mais tensa nos últimos meses nesse cenário de pandemia.

Concurso PF 2021 é um dos mais aguardados do ano (Foto: Divulgação)
Concurso PF 2021 é um dos mais aguardados do ano
(Foto: Divulgação)

Estrutura das provas

A gente não estuda nenhuma mudança significativa. Isso já está na fase final e o que há é basicamente uma atualização de legislação, mas nenhuma mudança drástica em relação ao que foi o último concurso.

Essa avaliação é permanente do conteúdo programático. E chegou num ponto, já há algum tempo, que as alterações têm sido mínimas. São alguns ajustes mesmo, porque entendemos que o que há hoje é para nós considerado o ideal. Bastante adequado para a necessidade da Polícia Federal. É possível se basear no último edital.

Informática será destaque novamente

As investigações hoje têm um formato completamente diferente de 20 anos, até dez anos atrás. A gente costuma dizer que o próprio crime organizado se estrutura. Ele evolui, se prepara e a gente tem que estar sempre à frente disso. Então o que a Polícia Federal constatou ao longo do tempo? É a Tecnologia que nos dá realmente as ferramentas necessárias para as investigações.

Então hoje é muito difícil que alguma investigação da Polícia Federal não use a área da Tecnologia. O foco é a descapitalização das organizações criminosas. Não basta você efetuar prisões. Você precisa atuar no patrimônio das organizações criminosas. Se não, ela se reestrutura. Prendeu parte da organização, outros assumem aquilo ali e vamos dizer assim ‘o negócio está pronto’.

Então atuar realmente nessa descapitalização é o foco principal. As estruturas estão muito complexas e nós precisamos estar também preparados para fazer essa análise para realmente investigar com esse foco.

Então realmente é uma outra era em relação a ferramentas de investigação. É algo que a gente pede nos novos concursos e que, internamente, para quem já é da Polícia Federal, existe toda uma capacitação interna para quem já está nos quadros busque se aprimorar nesses conteúdos. 

Língua Estrangeira descartada

A gente analisa os editais a todo tempo. Isso foi discutido sim e a Polícia Federal optou por, neste momento, não incluir a Língua Estrangeira. Existe um Plano de Capacitação dos servidores em línguas estrangeiras diversas e conforme necessidade.

Porque não necessariamente é só o Inglês ou só o Espanhol. Às vezes temos necessidade de alguém que fale Árabe, Mandarim. Então temos condições de fazer a capacitação interna conforme a necessidade da instituição.

Há um projeto da Direção-Geral da Polícia Federal neste sentido e, por enquanto, a gente entendeu que é o caso de realmente verificar as necessidades e fornecer essas capacitações internamente até amadurecer essa ideia. Por ora, isso já é confirmado, está descartado, não haverá Língua Estrangeira no concurso.

Teste Físico

Todos os testes físicos serão mantidos, as modalidades serão as mesmas. O que passa por uma alteração são os próprios índices de cada teste. Isso também é um estudo constante. Já se avaliou incluir um teste diferente ou excluir algum. Mas, mais uma vez, diante das atribuições e do que vem sendo feito, a análise é que esses são os testes necessários para aferir a aptidão física do candidato.

Prova de digitação para escrivão 

Ela segue nos moldes dos últimos concursos, mais precisamente no último. Segue igual a 2018. É uma prova que está sendo sempre reavaliada. Neste concurso optou-se por manter. É possível que no próximo concurso isso seja reavaliado. Será exatamente como estava no último concurso. Não há alterações quanto a essa fase.

Avaliação Psicológica terá mudanças

A avaliação psicológica é uma das fases mais judicializadas do concurso. Esse teste passa por uma revisão constante. É impossível que a gente não tenha essa avaliação. Ela é extremamente importante. Acho até que para diversas carreiras seja, mas em uma instituição policial a gente acha mais importante ainda em razão do uso da arma de fogo.

Para você ter ideia, um cidadão comum quando vai pleitear o registro do porte de arma passa por uma avaliação psicológica. Além do uso da arma de fogo, a própria atividade. O policial precisa estar preparado para lidar com situações bastante específicas, de stress. Então é uma fase necessária. Agora, ela está em constante revisão.

Para esse teste agora deve ter uma revisão importante. Estamos ajustando ainda, mas acompanhando a jurisprudência, em que sentido estão as decisões judiciais, quais são as orientações da própria Consultoria Jurídica…

Porque a ideia é não ter as ações judiciais. Então há pontos que, ao longo do tempo, podemos verificar. Pontos que podemos ajustar para melhorar o andamento do próprio a ideia é fazer. Estamos nos ajustes finais para seguir o que são as orientações do que já está pacificado em termos de jurisprudência.

Investigação social

Primeiro é importante deixar claro que não existe reprovação automática por um elemento específico. No caso da investigação social, a constatação de algum fato que desabone a conduta do candidato, ela é analisada por uma comissão de investigação social.

É assegurada a ampla defesa do contraditório ao candidato. Então, às vezes em uma avaliação social é detectado algum fato que pode ser considerado desabonador. O candidato é notificado e tem a oportunidade de apresentar os argumentos dele e as razões.

É algo que amedronta, mas há mais casos de candidatos que são notificados e não são eliminados, do que o contrário. Porque não é essa a intenção.

Na verdade são fatos muito específicos em que, após a análise das razões do candidato, constata-se que na visão da Polícia Federal não é o caso do ingresso daquele candidato.

Avaliação de Saúde

Também é muito individualizada. Leva-se em consideração o conjunto das características do candidato.

A depender de uma condição que se apresente, o Cebraspe pode solicitar exames complementares para confirmar alguma condição e isso é realmente analisado de uma maneira individualizada.

Às vezes não tem uma condição muito simplista que elimine. A gente recebe muitos pedidos de informação por meio do E-Sic (Serviço de Informação ao Cidadão): “Eu tenho uma condição ‘assim e assim’, posso ser reprovado?” A gente costuma responder o que está previsto no edital.

Não dá para dizer de uma maneira muito objetiva se determinada condição reprova ou não. Precisa passar pela avaliação de saúde.

Além da avaliação de exames, o médico examina cada candidato e faz uma avaliação de saúde. Não é nada para apavorar ninguém. É uma análise individual da condição de cada candidato. 

Previsão convocação para Curso de Formação

Academia Nacional de Polícia (Foto Divulgação(
Academia Nacional de Polícia, em Brasília
(Foto: Divulgação)

Estamos trabalhando com a perspectiva de fazermos duas turmas, com início no mês de agosto.

Isso claro depende do andamento das fases. Mas a expectativa da Polícia Federal é que uma primeira convocação ocorra no mês de julho para início do curso em agosto.

Curso de Formação Profissional

Está confirmada a realização do Curso de Formação integralmente na Academia Nacional de Polícia (em Brasília).

A gente tem todo um projeto de ampliação inclusive para conseguir de fato formar mais policiais ao mesmo tempo.

O formato e duração do curso ainda estão em processo de revisão, até baseando-se em como foram os últimos cursos.

Então tem muita coisa para ser revista. Isso já é revisto naturalmente a cada término de curso. Revisamos grade-horária e quantidade de horas sempre no intuito de melhorar.

A gente costuma ver com as unidades que recebem os policiais. Como esse policial recém formado chegou?

O que a unidade percebe que, eventualmente, poderia ser aprimorado. Então a cada curso de formação naturalmente a Polícia Federal faz essa revisão.

E agora a gente está fazendo já pensando também em reformular o próprio curso ou manter pontos do que foi agora no passado, um pouco mais reduzido em razão da pandemia. A gente não sabe em qual cenário estaremos lá (no curso).

Por mais que tenha expectativa de vacina e tudo mais, a gente tem que trabalhar todos os planejamentos para todos os cenários. Tem o planejamento do curso que vai ser maior ou mais reduzido com uma complementação da formação, após a nomeação em estágio de investidura.

No Curso de Formação o valor da bolsa é R$50% do subsídio. Tem alunos que chegam e já são servidores públicos. Então, dependendo do afastamento dele, o valor do salário é mantido. Mas, em não sendo uma situação dessa, são os R$50% do subsídio.

Em relação à internato, nós já tivemos vários formatos de cursos. Já houve cursos em que era livre. Era disponibilizado o alojamento, mas o aluno poderia optar por ficar na Academia ou fora, até porque recebe o subsídio. Já tivemos curso que o internato era só de segunda a sábado. No sábado, após meio-dia, o aluno estava liberado para passar o fim de semana fora e tinha que retornar no domingo à noite.

Neste último agora tivemos um formato excepcional em virtude da pandemia, que era internato total. O aluno não saia sequer no fim de semana. Mas essa foi uma medida extrema para controle da disseminação da doença.

Não está definido ainda como será o próximo curso, mas internato total como foi esse só em um cenário extremo da pandemia. Queremos acreditar que para o segundo semestre tenhamos um cenário mais favorável para que não seja preciso fazer isso. 

Etapas constantes no Curso de Formação Profissional como na PRF

A Polícia Federal já faz isso há alguns anos. Durante o curso pode ser detectada alguma situação psicológica ou física que seja necessário submeter o candidato a uma avaliação mais criteriosa, que pode resultar na sua eliminação.

Todos estão sujeitos a isso, mas as eliminações nesses quesitos são poucas mesmo. Porque realmente são para casos que se mostram muito graves.

São casos que costumamos dizer assim: se esse candidato tivesse passado sem a percepção da Polícia, seria um policial com aposentadoria muito precoce. E realmente essa análise dos psicólogos e médicos gera essa oportunidade. É algo que demonstrou-se bastante necessário e foi aplicado com sucesso.

Curso de Formação Profissional e escolha de lotação

A nota que o candidato obteve na primeira etapa do concurso serve apenas para classificação e convocação para o curso. No CFP ele é submetido a várias provas, teóricas e práticas, inclusive operacionais.

Esse somatório de notas dele que dá uma média e ao final há uma classificação final do desempenho no curso de formação. E aí haverá uma lista de vagas e os candidatos escolhem seguindo a lista de classificação.

Para que o pessoal entenda, antes dessa disponibilização de vagas para quem está no curso, a gente faz um concurso de remoção interna da Polícia Federal. Então primeiro a gente abre oportunidade para quem já é servidor e quer se movimentar em nível nacional.

O apanhado dessas vagas é oferecido no curso de formação. No edital a gente até já prevê que, prioritariamente, esses candidatos serão lotados nas unidades da Região Norte e na faixa de fronteira. Porque costuma ser esse o movimento. Ao longo do tempo, quem ingressa poderá pleitear outras lotações.

Regiões com mais necessidade de pessoal

Na Região Norte posso assegurar que todas as unidades. A gente tem as superintendências em todas as capitais e várias delegacias em algumas cidades do interior.

No Amazonas, por exemplo, além de lotação em Manaus existe Tabatinga. No Amapá, além de lotação em Macapá tem o Oiapoque e por aí vai. No site da Polícia Federal constam essas unidades, se alguém tiver interesse.

Todas as unidades da Região Norte devem realmente ser contempladas com vagas. Fora essa região, há uma faixa de fronteira com grande necessidade no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraná, especialmente Foz do Iguaçu e Guaíra.

Em regra são unidades mais necessitadas de efetivo. Então, além do Norte, toda a faixa de fronteira onde a PF tem unidades deverá contar com vagas.

Deficientes na Polícia Federal

Essa é uma questão bem importante. Isso vem sendo aprimorado. O candidato precisa saber que a deficiência específica dele tem que ser compatível com o desempenho das atribuições do cargo.

O que isso quer dizer? Não existe adaptação das funções para a deficiência, nem do curso de formação, nem das provas. O candidato tem que estar apto a se submeter a todas as fases da mesma maneira dos demais.

O que pode acontecer é aquele candidato que consegue passar pelas etapas (teste físico, curso de formação, etc), ficar no exame médico por uma previsão muito específica. Mas não existe reprovação automática. Ele será avaliado normalmente e se a deficiência for compatível com o cargo será apto normalmente.

Isso é uma equipe com profissionais que farão essa análise. A própria Polícia Federal terá participação nisso. É quem pode dizer melhor todas as condições possíveis. Temos casos de policiais que sofrem acidente e são aposentados por invalidez.

Então essa condição não poderia ser aceita para ingresso, pois, ela, por óbvio, já resultaria em uma aposentadoria por invalidez. É uma avaliação bastante complexa, mas que será feita de maneira criteriosa e individualizada.

Carreiras e progressões

As progressões acontecem a cada cinco anos. Todos os policiais entram na 3ª Classe, progridem para a 2ª, depois para a 1ª e por fim para a classe especial. Depois de 15 anos ele chegaria ao último nível da classe.

Para cada uma das progressões existem cursos, que dependem de cada área e variam de acordo com as necessidades. A cada cinco anos há  toda uma preparação de cursos para essa progressão. Mas de toda maneira são várias as capacitações que o policial pode fazer, tanto de maneira voluntária, seja a distância ou nas capacitações com vagas para cada estado.

São várias as áreas de atuação, mas depende muito da aptidão do policial essa escolha. A Academia Nacional de Polícia é responsável por essa capacitação permanente do policial ao longo de toda a carreira, tanto na parte operacional, quanto na parte dos conhecimentos.

A exceção é o papiloscopista, que é mais técnico e tem cursos mais específicos, de identificação e reconhecimento, por exemplo, assim como os peritos. Os demais cargos tem temática muito variada. Depende da localidade, aptidão e interesse. 

Concurso para área Administrativa

A gente fez um pedido também para autorização de cerca de 500 vagas. Esse pedido foi enviado em maio do ano passado. Agora a gente deve renovar esse pedido até com uma atualização das vagas, porque, passado um tempo, mais vacâncias aconteceram. Então a gente atualiza esse levantamento e reinicia essas tratativas com o Governo Federal para autorização de concurso.

A gente sabe de todas as dificuldades, mas para nós também é muito importante esse concurso para a área Administrativa. Porque a medida em que os cargos vão ficando vagos em quantidade grande na carreira Administrativa, a gente precisa muitas vezes de policiais atuando em atividades que não são da carreira policial. Então a Polícia Federal não funciona sem a carreira administrativa.

Cada um ali na sua atribuição, mas ela é tão importante quanto a carreira policial. Mas essa é a batalha do ano. Depende de uma série de fatores, mas é sim intenção da Polícia Federal renovar esse pedido e com atualização das vagas, que, com certeza, no período de um ano aumenta. São muitas saídas, seja por aposentadoria ou saída por aprovação em outro concurso também. Vamos então batalhar por isso este ano.

Mensagem aos candidatos

O concurso é muito aguardado por várias pessoas, mas a Polícia Federal também aguarda muito esse concurso. Para nós é uma expectativa muito grande esse ingresso.

A gente prepara cada concurso com a maior dedicação. Esperamos que esse candidato se prepare, venha fazer parte da Polícia Federal, venha somar com a gente nesse combate contra a criminalidade, especialmente a criminalidade organizada.

A gente conta realmente com essa dedicação, com essa vontade, esse sonho dos candidatos. Há 17 anos, eu estava nessa espera de concurso, sei exatamente o que passa na cabeça de cada um.

A mensagem é essa. A Polícia Federal aguarda vocês. É uma das instituições mais respeitadas pela sociedade, conforme o Índice de Confiabilidade Social, e para todos nós é um orgulho fazer parte. Tenho certeza que quem vier vai sentir esse mesmo orgulho e a mesma satisfação de fazer parte da Polícia Federal. Estudem bastante e venham para cá!

Concurso PF terá 1.500 vagas imediatas

aval recebido pela Polícia Federal foi para preencher 1.500 vagas de policiais federais, com oferta em quatro cargos. 

  • Agente de polícia  - 893 vagas
  • Delegado de polícia  - 123 vagas
  • Escrivão de polícia  - 400 vagas; e
  • Papiloscopista policial federal  - 84 vagas.

As carreiras exigem nível superior em qualquer área, com exceção do delegado, que precisa de curso superior na área de Direito. Também será obrigatório para todos os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B ou superior.

A remuneração do policial federal em início de carreira é de R$12.980,50. Mas, para o delegado esse valor é ainda mais atrativo, tendo ganhos mensais de R$24.150,74 . Para o delegado, haverá ainda a necessidade de comprovação de três anos de atividade jurídica.

O que precisa ter para concorrer no próximo concurso PF?

Carreira Requisitos Remuneração 
Agente Nível superior em qualquer área + CNH R$12.980,50
Escrivão Nível superior em qualquer área + CNH R$12.980,50
Papiloscopista Nível superior em qualquer área + CNH R$12.980,50
Delegado Nível superior em Direito, experiência de três anos + CNH  R$24.150,74

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