Por "prudência" concurso Polícia Civil-ES para delegado é suspenso
A Polícia Civil do Espírito Santo suspendeu o concurso para delegado. A decisão foi publicada no Diário Oficial, assinada pelo diretor-geral
Autor:
Publicado em:02/01/2020 às 12:22
Atualizado em:02/01/2020 às 12:22
O concurso Polícia Civil-ES para o cargo de delegado está suspenso. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Espírito Santo deste quinta-feira, 2, em instrução de serviço assinada pelo diretor-geral da corporação, José Darcy Santos Arruda.
De acordo com o documento, no dia 1º de dezembro a Defensoria Pública do estado instaurou um processo administrativo com o objetivo de apurar supostas irregularidades no concurso para delegado.
No dia 26, também de dezembro, o mesmo órgão recomendou a suspensão do concurso. Foram alegadas:
"Falta de informações e de críticas por parte da doutrina especializada em relação ao gabarito oficial adotado pela banca”, sendo “flagrante a violação a diversos princípios da Administração Pública”.
Explicou-se, ainda, que a as alegações da Defensoria indica que a suspensão do concurso é uma medida de prudência e 'persegue os princípios da eficiência, transparência, isonomia, igualdade, dentre outros inerentes aos atos administrativos'.
A suspensão entrou em vigor a partir da sua assinatura, ou seja, desde a segunda-feira, 30 de dezembro. Ainda não há mais informações sobre retomadas e andamento do processo. A banca ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
Três dias antes de ter sido assinada a suspensão do concurso o Instituto Acesso havia divulgado o resultado final da prova discursiva, em seu portal oficial. O documento traz as notas finais após recurso, em ordem alfabética.
Na época, o MPC identificou a ilegalidade na previsão de concessão de até dez pontos na avaliação de títulos para candidatos que exerceram cargos de natureza policial na Administração Pública. O órgão exigia a retificação do edital.
Concurso PC-ES oferece 33 vagas
O edital de abertura do concurso PC-ES para o cargo de delegado trouxe 33 vagas imediatas, cuja exigência é ser bacharel em Direito e ter três anos de prática forense, após a conclusão do curso de Direito, ou três anos de atividade policial, em qualquer instituição de segurança pública, devidamente comprovada.
A carreira proporciona uma remuneração inicial de R$10.058,56, para cumprimento de 40 horas semanais, em regime de tempo integral e com dedicação exclusiva. Os concorrentes foram avaliados por meio de provas objetiva e discursiva. A primeira aconteceu em 14 de julho, no município de Vitória-ES, com 120 questões. As próximas serão:
- Terceira etapa:
Exame de Aptidão Física
Exame de sanidade física e mental
Exame psicotécnico - Quarta etapa:
Prova oral - Quinta etapa:
Avaliação de títulos
Comprovação do tempo mínimo de prática forense ou atividade policial - Sexta etapa:
Sindicância de vida pregressa - Sétima etapa:
Curso de formação profissional