Concurso Senado: provas devem ser em todas as capitais, diz comissão

De acordo com o presidente da comissão organizadora do concurso Senado, as provas devem ser aplicadas em todas as capitais brasileiras.

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Publicado em:09/12/2019 às 10:06
Atualizado em:09/12/2019 às 10:06

As provas do novo concurso para o Senado Federal devem ser aplicadas em todas as capitais brasileiras. A estimativa é do presidente da comissão organizadora da seleção, Roberci Ribeiro. Em audiência pública realizada na quinta-feira, 5, ele explicou os motivos para a estratégia.

O principal argumento é que cerca de 100 mil pessoas podem se inscrever às vagas para servidor efetivo da Casa. A comissão trabalha com essa previsão tendo em vista a redução recente dos concursos realizados pelo Poder Executivo.

Além disso, a seleção para ingresso no Senado oferece diversos atrativos como salários de até R$19 mil para nível médio e R$30 mil para nível superior. Assim como auxílios, estabilidade e possibilidades de carreira.

Diante da grande procura, Ribeiro descarta a possibilidade que todo o concurso seja realizado apenas em Brasília. Assim como as seleções de 2008 e 2011, as etapas, ou pelo menos a prova objetiva, devem ocorrer em todas as capitais.

Audiência foi realizada na quinta-feira, 5, para debater o projeto
básico do concurso Senado (Foto: Agência Senado)

 

A depender do cargo, a procura deve ser maior. Das 40 vagas autorizadas para o concurso Senado, por exemplo, 24 são para técnico legislativo na especialidade de policial legislativo.

A carreira exige apenas o ensino médio completo e oferece ganhos de R$19.573,46 mensais. Para fins de comparação, a Agência Senado informou que um concurso em 2018 para soldado e oficial da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, com salários de R$3 mil a R$7 mil, resultou em 36 mil inscritos.

No caso do concurso para Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), realizado ano passado, foram 99 mil participantes na disputa por 86 vagas. Vale destacar que tais seleções foram regionais.

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Concurso Senado: edital previsto até junho de 2020

O edital do concurso Senado deve ser publicado no primeiro semestre de 2020. O prazo foi passado pela própria comissão e confirmado pela Casa Legislativa. O foco do grupo, no momento, é a elaboração do projeto básico da seleção.

Esse documento funciona como um espelho para o edital e apresenta dados importantes como vagas, cargos, salários, escolaridades e estrutura de provas. É a partir do projeto básico que as bancas organizadoras propõem seus preços para ficar à frente da seleção.

Na quinta-feira, 5, a comissão organizadora realizou uma audiência pública para discutir o concurso Senado com diferentes bancas. Estiveram presentes representantes de nove instituições:

  1. Fundação Getúlio Vargas;
  2. Fundação Cesgranrio;
  3. Instituto Acess;
  4. Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC);
  5. Cebraspe;
  6. Instituto AOCP;
  7. Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades);
  8. Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistência Nacional (Idecan);
  9. Instituto Acesso Público.

De acordo com o presidente da comissão, Roberci Ribeiro, o encontro levantou temas como metodologias para organização do futuro concurso.

“Foi um encontro muito proveitoso. Os subsídios que os convidados apresentaram será importantíssimo para que possamos modelar um projeto especificando o objeto de forma transparente e com profundidade, na qual possamos esclarecer todas as obrigações e tarefas que essas organizadoras terão que executar”, destacou Ribeiro, que também é coordenador-geral de Processos Administrativos e Contratações.

Os assuntos debatidos na audiência foram separados em 11 blocos temáticos, nos quais os convidados puderam apresentar as especificações de suas bancas. Os blocos debatidos foram: segurança, locais de prova, acessibilidade, realização das provas, armazenamento (das provas e recursos).

Além de transparência, interferências externas, atendimentos especiais, inclusão social, fase recursal, e formação de preços. Valdir Lima, do Instituto de Acesso Público, destacou que em 30 anos no ramo jamais havia tido notícia de evento semelhante.

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Concurso Senado terá 16 vagas para nível superior

O concurso Senado teve autorização em outubro pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre. A oferta total será de 40 vagas imediatas mais cadastro de reserva para lotação em Brasília. Desse quantitativo, quatro oportunidades serão para advogado, cujo pré-requisito será o nível superior em Direito.

A remuneração será de R$33.003,05. Haverá ainda 12 chances para analista legislativo, em especialidades que exigem nível superior em áreas específicas. Como por exemplo: Administração (duas), Arquivologia (uma), Assistência Social (uma), Contabilidade (uma), Enfermagem (uma). 

Assim como Informática Legislativa (uma), Processo Legislativo (duas), Registro e Redação Parlamentar (uma), Engenharia do Trabalho (uma), Engenharia Eletrônica e Telecomunicações (uma). Os salários serão de R$25.764,85. 

Os valores incluem as gratificações e R$982,28 de auxílio-alimentação. Os aprovados terão direito a R$147,83 de auxílio-transporte, R$676 de assistência médica e odontológica, R$831,95 de assistência pré-escolar, exames periódicos, além de capacitações. 

O último concurso do Senado foi realizado em 2012. O edital ofereceu 246 vagas para os níveis médio (93), médio/técnico (11) e superior (142).

Os ganhos chegaram a R$13.833 para técnico legislativo, R$18.440 para analista e R$23.826 para consultor. Os candidatos foram avaliados por provas objetivas e discursivas. 

 
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