Não pensou no concurseiro, TSE?

Depois de ter anunciado FGV, Tribunal Superior Eleitoral muda banca de concurso unificado. Veja opinião da Folha por Qconcursos.

Opinião
Autor:Redação Folha Dirigida
Publicado em:02/01/2024 às 19:10
Atualizado em:03/01/2024 às 16:48

Não é natural um órgão anunciar uma banca organizadora de um concurso público e assinar contrato com outra. Não é natural mesmo, ainda mais quando isso acontece exatos 26 dias depois.


Tudo mudou em 26 dias? A Fundação Getulio Vargas (FGV), banca anunciada em 7 de dezembro, não é mais capaz de organizar o concurso unificado da Justiça Eleitoral? Ou é o Cebraspe que apareceu com uma proposta - técnica ou de preço - melhor neste curto espaço de tempo?


O TSE informa que a mudança aconteceu porque a FGV não atendeu ao requisito da reserva de vagas a Pessoas com Deficiência. Mas isso só foi observado 26 dias após a escolha?


Nome de banca à parte, quem, mais uma vez, é desrespeitado nesse mundo dos concursos é a peça mais importante dele: o concurseiro.


O TSE não pensou que, ao anunciar a sua banca há menos de um mês, milhares de estudantes, que sonham com uma vaga, iriam guiar os seus estudos focando no perfil da FGV - então anunciada.


Não pensou que, agora, esses mesmos estudantes terão que mudar a rota, novamente. Afinal de contas o Cebraspe é a instituição contratada e a prova pode vir no formato tradicional da banca de Brasília, onde uma resposta errada anula outra correta.


Muda tudo. Muda o estilo de prova. Muda a forma de cobrança de questões. Só não muda a rotina de não pensar no concurseiro. Definitivamente, o TSE seguiu esse padrão, não pensou na parte mais importante no processo de seleção de novos servidores: os candidatos.


Notícias como a de hoje não devem ser encaradas com naturalidade. Ao se deparar com ela questione. Foi o que fizemos por aqui!