A publicação das autorizações de concursos federais que serão realizados ainda em 2023 deve acontecer até o mês de junho.
O prazo final foi informado na segunda-feira, 29, pelo próprio Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável por conceder os avais.
Após a autorização, os órgãos têm até seis meses para a divulgação dos editais. Por isso, os concursos que receberem aval em junho deverão ser abertos até dezembro deste ano.
A realização de concursos federais faz parte dos objetivos de profissionalização da administração, para qualificar e recompor a força de trabalho, fortalecer órgãos públicos e melhorar o atendimento à população.
“Nos últimos sete anos, a administração pública teve uma perda de cerca de quase cem mil servidores, que por vários motivos saíram. Então efetivamente há uma necessidade clara do fortalecimento da capacidade estatal através da ampliação da sua força de trabalho”, afirmou a secretária interina de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Meri Lucas.
O governo tem investido na ampliação dos serviços digitais. Mas, segundo a secretária, isso não é suficiente para dar conta da execução de todas as demandas e desafios que vêm pela frente.
“Só as áreas de educação, saúde e previdência representam cerca de 68% da nossa força de trabalho, então não é possível a gente ampliar universidades e institutos federais sem dar condições para que eles funcionem”, pontuou a secretária.
Novos concursos federais deverão ser autorizados ainda em 2023
(Foto: Agência Senado)
Na área da previdência, por exemplo, o MGI prepara para os próximos dias a autorização para o provimento do concurso do INSS, que está em fase de nomeação, para mil aprovados.
“O nosso esforço é, para dentro dos limites orçamentários apresentados para esse ano, atender a maior quantidade de órgãos possíveis. Olhar a administração como um todo e identificar onde há maior fragilidade, embora saibamos que todas as áreas hoje necessitam de um reforço da força de trabalho e, obviamente, de desenvolvimento tecnológico, que aprimore o trabalho dos servidores e possibilite o acesso da sociedade como um todo aos serviços públicos”, concluiu Meri.
Inicialmente, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, tinha informado que todas as autorizações para concursos deste ano seriam concedidas até o final de maio. O governo federal já aprovou 9.585 vagas para diferentes órgãos.
O primeiro concurso federal a ser autorizado em 2023 foi o de Diplomata, em março. A carreira exige o nível superior em qualquer área e oferece ganhos a partir dos R$21 mil.
O Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação, por sua vez, tem aval para abrir novo concurso com 814 vagas para os cargos de analista, pesquisador e tecnologista. Todos requerem nível superior e oferecem ganhos de R$13.718,81 a R$16.798,48.
O concurso para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) também recebeu autorização para preenchimento de 98 vagas. A oferta será apenas para um cargo: analista ambiental, que exige o nível superior em qualquer área. As remunerações serão a partir de R$10 mil.
Outro concurso autorizado é para Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas). Serão abertas 502 vagas, distribuídas por:
As remunerações são a partir de R$5.349,07 para o cargo de nível médio e de R$6.420,87 para nível superior.
O IBGE também recebeu aval, em maio, para fazer um processo seletivo para mais de 8 mil vagas. Nesse caso, a contratação será temporária. As oportunidades estão distribuídas por:
268 vagas - nível médio para os cargos de:
7.873 vagas para os cargos de:
O governo federal ainda deve autorizar mais concursos este ano. Estão no radar autorizações para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), os ministérios da Educação, do Planejamento e do Trabalho.
“Fora isso, tem carreiras transversais. Estamos muito focados nas três primeiras: analista de infraestrutura, analista de tecnologia da informação (ATI) e analista técnico de Políticas Sociais (ATPS). O governo perdeu muita gente dessas carreiras, em todas as áreas, e queremos dar um peso maior nelas para preencher cargos nos ministérios recém-criados”, disse a ministra Esther Dweck, em entrevista ao Correio Braziliense, no final de abril.
Carreiras de nível superior devem ser priorizadas. “Achamos que algumas carreiras precisam ser de nível médio, como é o caso da Funai, mas temos uma tendência a priorizar mais as demandas por nível superior”.
Na área ambiental, em órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), devem ser autorizadas as nomeações de excedentes dos últimos concursos.
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