"Já no primeiro ano, conseguimos fazer duas coisas que todo mundo estava reclamando por recomposição salarial das perdas anteriores e também voltar a ter concurso público. Uma das coisas que ajudam muito o servidor é a chegada de novos para dividir o trabalho que está muito pesado", disse Dweck.
Segundo a ministra mais de 70 mil servidores saíram desde 2016 até o início do ano passado, e isso causou uma grande defasagem no setor público.
Esther comenta que os órgãos federais ficaram bastante envelhecidos devido ao longo tempo sem concursos públicos.
Mesmo com o déficit de 70 mil servidores no início do governo, a ministra reforçou que foram abertas diversas novas vagas durante o ano de 2023, mas o governo sabe que não é necessário repor todo esse quantitativo - tendo em vista a transformação tecnológica.
No entanto, sabe-se que as vagas abertas, ainda sim, não serão suficientes.
A ministra relembrou que os órgãos federais solicitaram 84 mil vagas no ano passado, mas não teve como autorizar esse total em novos concursos públicos.
Para 2024, segundo a ministra, ainda não há um número cravado de quantas vagas serão autorizadas.
A previsão é dobrar o número de vagas autorizadas, durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A expectativa, portanto, é autorizar de 9 mil a 10 mil novas vagas até 2026.
"Podemos chamar gente desse novo concurso e em áreas que ainda não tiveram concursos e que vamos abrir. Neste ano, estamos com pouco dinheiro para novos concursos."
Concursos Ibama e ICMBio são prioridades
A ministra comentou que os concursos do Ibama e do ICMBio não puderam ser contemplados com novas autorizações, pois estavam com editais vigentes.
No entanto, ressaltou que que deve ser autorizado um novo provimento adicional, além de um novo concurso no futuro.
"O Ibama e o ICMBio, por exemplo, já estavam com concurso aberto, no ano passado, e não pudemos autorizar neste ano. Mas não tenho dúvida que poderá haver. Já autorizamos um provimento adicional para as vagas e, provavelmente, vamos chamar mais no ano que vem. Fizemos um remanejamento interno, mas, se não for neste ano, no ano que vem, sem dúvida nenhuma, será uma área que será contemplada. Eu diria que vamos dobrar esse número este ano e ainda não será totalmente suficiente, mas dará uma alento muito grande."
Ao todo, o Ministério da Gestão e Inovação autorizou o provimento de 417 excedentes, sendo 257 no Ibama e 160 no ICMBio.
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Ministra prevê novo Concurso Unificado
Na mesma entrevista, a ministra Esther Dweck também reforçou a iniciativa do Concurso Unificado e disse que essa é uma das etapas do processo de Reforma Administrativa que, segundo ela, está em curso desde a criação do ministério e será um processo permanente.
"Estamos trabalhando na capacidade de avaliação para darmos consequência para a avaliação. E o concurso unificado é uma super etapa da nossa reforma administrativa. Esse concurso está focado nos princípios que eu falei, de um Estado mais democrático, mais diverso, com mais equidade, para evitar essa briga de remuneração entre os servidores."
Segundo ela, uma 2ª edição do Concurso Unificado já é estudada pelo Governo Federal.
"A nossa ideia é que a gente consiga fazer de novo, juntando áreas e fazendo novo concurso nacional unificado", disse a ministra.
No entanto, Esther explicou que isso deverá ocorrer de dois em dois anos, já que o prazo de validade é de um ano e pode ser prorrogado por mais um, além de demandar um grande esforço entre os ministérios.
Ao programa "Bom Dia, Ministra" na última quarta-feira, 17, Esther Dweck respondeu perguntas e falou sobre o provimento de vagas no Executivo Federal.
Segundo a ministra, o presidente Lula decidiu fazer seleções, neste primeiro momento, para áreas estratégicas.
As áreas que estavam mais desfalcadas, além também daquelas que não tinham tido concurso há mais tempo, foram as priorizadas. Dessa forma, indica que mais concursos deverão ser autorizados.
No primeiro dia de inscrição, a 1ª edição do Concurso Unificado recebeu mais de 217 mil inscritos.
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Esther Dweck dá panorama dos concursos federais em 2024 e fala sobre reestruturação dos quadros
(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
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Concurso Unificado oferece 6,6 mil vagas
Os editais do Concurso Público Nacional Unificado foram divulgados oficialmente. A oferta contempla 6.640 vagas efetivas e imediatas em vários cargos.
Além disso, será formado um cadastro com o dobro de vagas em cada bloco temático. Falando em bloco temático, são oito nesta 1ª edição do CPNU.
O candidato pode escolher um bloco e concorrer para todas as vagas que ele oferece. A seleção é destinada ao provimento de cargos de níveis médio e superior, cujos salários podem chegar a R$22,9 mil, que é o caso do AFT.
A seguir, veja a lista dos órgãos que aderiram ao CPNU e as vagas de cada um:
Cronograma do Concurso Nacional Unificado
Quer ficar por dentro do CPNU e não perder nenhum detalhe? Confira a seguir as principais datas do Concurso Público Nacional Unificado para garantir presença na seleção:
- 19 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024 – inscrições;
- 29 de fevereiro de 2024 – divulgação dos dados finais de inscrições;
- 29 de abril de 2024 – divulgação dos cartões de confirmação;
- 5 de maio de 2024 – aplicação das provas;
- 3 de junho de 2024 – divulgação dos resultados; das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e de redação;
- 30 de julho de 2024 – divulgação final dos resultados; e
- 5 de agosto de 2024 – início da convocação para posse e cursos de formação
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