Concursos Federais: ministra espera dobrar vagas já autorizadas

Ministra Esther Dweck espera dobrar o número de vagas já autorizadas em concursos federais para 2023. Podem ser 10 mil oportunidades a mais!

Política e Concursos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:24/07/2023 às 14:29
Atualizado em:31/07/2023 às 04:30

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, busca orçamento para, pelo menos, dobrar o número de vagas já autorizadas para concursos federais em 2023.


Em entrevista à Folha de São Paulo nesta segunda-feira, 24, a ministra revelou a intenção de abrir de 8 mil a 10 mil vagas a mais ainda este ano.


Nesse quantitativo, não estariam incluídos os institutos federais, universidades e concursos militares, que têm uma lógica diferente.


Esther está dialogando com o Ministério do Planejamento para antecipar o orçamento que seria de 2024 para este ano. De forma que mais servidores ingressem ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

"Se o concurso for no ano que vem, a pessoa poderá entrar só lá em 2025, faltando apenas dois anos para o fim dessa gestão. Não está certo ainda, porque não sentei com a ministra (do Planejamento) Simone Tebet, mas tento antecipar uma parte", disse a ministra Esther Dweck.

No último dia 18 de julho, após entrevista coletiva para anunciar concursos federais, Esther adiantou com exclusividade à Folha Dirigida por Qconcursos, sobre a conversa com o Ministério do Planejamento para novas autorizações, mediante verba disponível.


"A gente vai discutir isso com o Planejamento porque depende de autorização orçamentária deles", frisou Esther Dweck, responsável, no governo Lula, pela análise e aval dos concursos do Executivo Federal.


O Governo já autorizou 8.146 vagas em novos concursos para 2023. O próprio presidente Lula tem uma preocupação latente por repor o quadro funcional em sua maior parte.


"Ele sente a falta quando pede as coisas e dizem para ele que não conseguem fazer porque falta gente. É por isso que ele fala que os ministérios estão vazios", explicou Esther Dweck.


Segundo a ministra, estão em análise projetos de lei para mudança nos concursos e também na política de cotas.


Um manual para os concursos federais já autorizados deve sair em breve para orientar os órgãos quanto à publicação dos editais e demais trâmites para abertura das vagas.


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Mais de 2 mil vagas foram autorizadas em julho

No dia 18 de julho, a ministra Esther Dweck convocou uma entrevista coletiva para anunciar novos concursos federais. Na ocasião, foram autorizadas 2.480 vagas para diferentes órgãos. Veja na tabela abaixo:

Tabela com a distribuição das vagas por cargos

(Foto: Governo Federal)


O detalhamento das vagas e cargos por órgão só foi divulgado no Diário Oficial da União de 19 de julho. Veja as portarias aqui!


Com exceção do IBGE, que apresenta vagas para nível médio, as chances são para preenchimento em carreiras de nível superior.


Conforme as portarias que autorizam os concursos, os órgãos e ministérios têm 180 dias para publicação dos editais. Ou seja, os documentos devem ser disponibilizados até 15 de janeiro de 2024.


Porém, em resposta à reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos, a ministra Esther revelou a intenção de ter os editais divulgados ainda em 2023. Já as nomeações devem ocorrer apenas no próximo ano.


O prazo entre a publicação do edital e aplicação das provas será de dois meses. A ministra também confirmou a nomeação de 524 aprovados em concursos já realizados, incluindo os da área Ambiental, como Ibama e ICMBio.


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Concursos federais já têm milhares de vagas autorizadas para 2023

No dia 16 de junho, a ministra Esther Dweck já tinha feito uma primeira entrevista coletiva para anunciar a autorização de 4.202 vagas em concursos federais para diferentes órgãos e ministérios.


Confira a distribuição:

  • Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): agente de atividades agropecuárias (100); agente de inspeção (100); auditor-fiscal federal agropecuário (200); e técnico de laboratório (40);
  • Inmet: analista em ciência e tecnologia (40) e tecnologista (40);
  • Incra: analista administrativo (137); analista em reforma e desenvolvimento (446); e engenheiro agrônomo (159);
  • MEC: técnico em assuntos educacionais (220);
  • Inep: pesquisador-tecnologista em informações e avaliações educacionais (50);
  • Capes: analista em ciência e tecnologia (50);
  • FNDE: especialista em financiamento (100);
  • MRE: oficial de chancelaria (50);
  • INPI: analista (40); pesquisador (40); e tecnologista (40);
  • Inmetro: analista executivo (40); e pesquisador (60);
  • DNIT: analista administrativo (50); e analista em infraestrutura (50);
  • MME/PGPE: administrador (30);
  • Carreiras Transversais ATE: analista de infraestrutura (300) - aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
  • Carreiras Transversais ATI: analista em tecnologia (300) - aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
  • Ministério do Trabalho e Emprego: auditor-fiscal do trabalho (900);
  • CNPq: analista em ciência e tecnologia (50);
  • Censipam: analista em ciência e tecnologia (50);
  • Ministério da Saúde - CPST e C&T: tecnologista (220);
  • Fiocruz: analista de gestão em saúde (100); pesquisador em saúde pública (100); e tecnologista em saúde pública (100).

De acordo com a autorização, os órgãos e ministérios têm até seis meses para publicar os editais dos concursos, ou seja, até dezembro.


O intervalo entre edital e provas foi reduzido de quatro para dois meses. A intenção do governo, segundo a ministra Esther, é ter editais e provas dos concursos ainda este ano.

Mais 1,4 mil vagas já tinham recebido aval no início do ano

O Governo Federal já tinha autorizado, nos primeiros meses do ano, 1.464 vagas efetivas para diferentes órgãos. 


O primeiro concurso federal a ser anunciado em 2023 foi o de Diplomata, em março. A carreira exige o nível superior em qualquer área e oferece ganhos a partir dos R$20 mil. Esse edital já foi divulgado com 50 vagas.


O Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação, por sua vez, tem aval para preencher 814 vagas para os cargos de analista, pesquisador e tecnologista. Todos requerem nível superior e oferecem ganhos de R$13.718,81 a R$16.798,48.


O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) também recebeu autorização para 98 vagas. Nesse caso, a oferta será apenas para um cargo: analista ambiental, que exige o nível superior em qualquer área. As remunerações serão a partir de R$10 mil.


Outro concurso autorizado é para Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Serão abertas 502 vagas, distribuídas por:

  • nível médio: agente em indigenismo - 152 vagas
  • nível superior: diversos cargos - 350 vagas.

As remunerações serão a partir de R$5.349,07 para o cargo de nível médio e de R$6.420,87 para nível superior. 


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