Concursos Militares: professor dá dicas para reta final dos estudos
Professor orienta sobre as melhores estratégias de estudo na reta final dos estudos para provas de concursos militares. Confira!
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Publicado em:01/09/2020 às 07:00
Atualizado em:01/09/2020 às 07:00
Mesmo com a pandemia do novo Coronavírus, os concursos militares seguem mantidos, com oferta de vagas para o Exército e Aeronáutica. Entre os meses de setembro e dezembro, já estão confirmadas seleções para EsPCEX, AFA, IME e ITA.
Para ajudar os concorrentes, o coordenador das turmas militares do Colégio Pensi, Lucas Scheffer, analisou as particularidades de cada prova e listou algumas dicas. Confira:
⇒ Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEX)
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As provas escritas do concurso da EsPCEx estão marcadas para os dias 26 e 27 de setembro. As avaliações, chamadas de exame intelectual, terão caráter eliminatório e classificatório.
Para o primeiro dia, os candidatos responderão a 44 questões, divididas pelas disciplinas de Português (20), Física (12) e Química (12), além de uma Redação. No segundo dia, serão cobradas 56 perguntas, sendo 20 de Matemática, 12 de Geografia, 12 de História e 12 de Inglês.
Segundo Scheffer, todas as disciplinas do exame intelectual contam com uma abordagem mais clássica. Normalmente, as questões de História e Geografia são as mais difíceis.
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As provas objetivas do concurso estão marcadas para o dia 11 de outubro. Haverá aplicação de provas nas seguintes cidades:
Brasília-DF;
Canoas-RS;
Campo Grande-MS;
Porto Velho-RO;
Boa Vista-RR;
Manaus-AM;
Belém-PA;
Parnamirim-RN;
Salvador-BA;
Curitiba-PR;
Recife-PE;
Rio de Janeiro-RJ;
São Paulo-SP;
Pirassununga-SP;
Barbacena-MG; e
Belo Horizonte-MG.
Os candidatos deverão responder 64 questões, distribuídas pelas disciplinas de Língua Portuguesa (16), Língua Inglesa (16), Matemática (16) e Física (16). No mesmo dia, será feita uma prova de Redação, que consistirá em um texto sobre tema a ser conhecido no momento do exame.
Neste caso, o coordenador das turmas militares do Colégio Pensi, aponta que as questões mais difíceis costumam ser as de Português e Física.
A primeira por exigir interpretrações complexas e a segunda por ter uma abordagem não tão tradicional. Além disso, as questões de Física podem apresentar conceitos pouco familiares para alunos de ensino médio.
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A primeira prova do concurso IME será aplicada no dia 11 de outubro. Durante quatro horas, os candidatos terão que responder a 40 questões, sendo 15 de Matemática, 15 de Física e dez de Química.
Os aprovados nesta etapa serão encaminhados para a segunda fase, que contará com provas discursivas de matérias específicas, mais uma Redação. A segunda etapa ocorrerá nas seguintes datas:
Discursiva de Matemática (26 de outubro);
Discursiva de Física (27 de outubro);
Discursiva de Química (28 de outubro);
Discursiva de Português e Inglês (29 de outubro).
Serão aplicadas provas nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Juiz de Fora, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Campos, São Paulo, Teresina e Vila Velha.
O exame do IME apresenta a prova de Matemática considerada uma das mais difíceis do Brasil, com um alto grau de complexidade. Scheffer alertou que além do conhecimento técnico, a avaliação exige muita resiliência, visto que os candidatos devem realizar provas discursivas por quatro dias consecutivos. [tag_teads]
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O exame objetivo do concurso ITA, que será composto por 70 questões, está marcado para o 1º de dezembro. Serão cobrados 15 itens de Matemática, 15 de Física, 15 de Química, 15 de Português e 10 de Inglês.
Haverá, ainda, um segundo exame, composto por provas dissertativas de Matemática, Física e Química, com dez questões de cada matéria, e uma Redação. A avaliação será dividida em dois dias de aplicação.
No primeiro, marcado para o dia 12 de dezembro, os candidatos responderão questões de Química e Matemática. As demais serão aplicadas no dia 13 do mesmo mês.
Nesse caso, as provas mais difíceis são as de Física e Química. O especialista ainda destacou que a primeira fase também exige muito dos alunos, considerando que estes têm cinco horas para responder 70 questões.
Qual é a melhor estratégia de estudo nesta reta final?
Uma das principais dúvidas entre os concorrentes é sobre quais são as melhores estratégias de estudo nesta reta final até a prova. De acordo com Lucas Scheffer, estudar as edições anteriores das provas pode ajudar muito.
"Com isso, o aluno pode treinar estratégias e entender melhor a dinâmica da prova, além de ganhar segurança", destacou.
O especialista recomendou, especialmente para quem está na segunda tentativa, participar dos simulados e treinar questões inéditas. Além disso, é importante se manter atualizado quanto ao conteúdo e à estratégia a ser adotada na hora da prova:
"Refletir sobre sua conduta e aprimorar a estratégia são medidas muito importantes também. além disso é preciso focar nos pontos fracos."
Scheffer ressaltou que concursos militares têm a tradição de exigirem notas mínimas por matéria. Por isso, mesmo um aluno com média muito alta pode ser eliminado por um desempenho inferior em uma única disciplina.
"A sugestão é reduzir os pontos fracos, estudando mais os assuntos que o candidato domina menos. Usar o matrial didático e os simulados para diagnosticar e saber onde focar ajuda a garantir a tão sonhada aprovação", recomendou.
Para quem ainda ficou na dúvida sobre os melhores métodos de estudo a serem utilizados neste fase, Scheffer separou mais algumas dicas:
Intercalar horários de descanso com os de estudo aumenta a produtividade no momento de maior cansaço. Exemplo: a cada 1h30 de estudo , procure ter um intervalo de 15 minutos para beber água e se distrair;
Criar um ambiente competitivo consigo mesmo pode ajudar alguns candidatos. Por isso, defina metas, anote os parâmetros e confira sua evolução;
Reserve um tempo na semana para a prática de atividades físicas. Além dos benefícios relacionados ao aprendizado, o especialista destacou que os concursos militares valorizam essa prática.
Lucas Scheffer ainda destacou que estudar em grupo também pode ser uma boa alternativa. Em tempos de pandemia, uma solução é criar vídeos chamada para estudar com os colegas.
"Na reta final, o cansaço é maior e estar estudando junto de pessoas que compartilham o mesmo sonho ajuda a motivar e elevar o nível dos estudos", ressaltou.