Distanciamento social é critério na busca por emprego em 2021

Pesquisa encomendada pelo Indeed também revelou que empregadores estão otimistas quanto a novas contratações este ano. Confira!

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Publicado em:21/01/2021 às 15:00
Atualizado em:21/01/2021 às 15:00

Trabalho remoto, videochamadas e recrutamento online. Essas são apenas algumas mudanças provocadas no mercado de trabalho em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, e que devem continuar em alta em 2021. 

Para entender os desafios e as perspectivas para o mercado de trabalho neste ano, o site de empregos Indeed encomendou uma pesquisa ao Censuswide com 1.067 funcionários e 251 empregadores no Brasil, em novembro de 2020. 

De acordo com o levantamento, embora o trabalho remoto tenha crescido entre empresas e funcionários, e seja essencial para alguns, apenas 10% dos trabalhadores entrevistados escolheram o home office como um critério para mudar de emprego em 2021. 

No entanto, isso não significa que as pessoas não estejam pensando nos cuidados para se proteger da Covid-19. 

Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed Brasil, destaca que as empresas precisam ter em mente a segurança dos funcionários em primeiro lugar. Para os que já estão planejando um retorno ao escritório, é preciso adotar medidas essenciais para os novos tempos.

"A pesquisa mostrou que um local de trabalho seguro que permita o distanciamento social é um dos principais critérios para mudança de emprego para 15% dos entrevistados. As empresas tiveram e continuam tendo que se adaptar ao novo normal e agora essas adaptações, que demonstram o cuidado com o funcionário, podem ser cruciais para atrair novos talentos", afirma.

Ainda de acordo com a pesquisa, o aspecto de que o ambiente de trabalho deva ser seguro e permitir o distanciamento social é mais importante para as mulheres (17%) do que para os homens (13%).

O salário continua sendo o primeiro critério procurado em um novo emprego: 64% dos entrevistados destacaram a opção ao serem entrevistados. Logo em seguida se destaca a escolha de maior segurança no emprego, ou seja, a tão sonhada estabilidade, com 48% da preferência dos trabalhadores entrevistados.

Na opinião dos entrevistados, esses são os cinco critérios que um novo trabalho deve preencher: 

  • Maior salário: 64%
  • Maior segurança no emprego: 48%;
  • Melhor pacote de benefícios: 41%;
  • Deve ser a próxima etapa na carreira: 23%; e
  • Perspectiva comercial positiva do empregador: 18.19%.
Home Office
Home office é um dos critérios para mudar de emprego em 2021
(Foto: Divulgação)


O que + você precisa saber:


Empregadores se mostram otimistas com a retomada das atividades econômicas

Quando os empregadores foram perguntados quais razões acham que serão as mais comuns para que novos talentos se juntem à sua empresa em 2021, o salário não foi o mais votado, mas sim uma maior segurança no trabalho, na opinião de 45% dos empregadores entrevistados. 

A opção "maior salário" foi apontada por 30,68% dos entrevistados, ficando atrás de: 

  • Melhor pacote de benefícios: 38,65%;
  • Um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo: 32,67;  e 
  • Uma perspectiva comercial positiva do empregador: 32,27%.

A pesquisa também revela que os empregadores estão otimistas com o clima de recuperação econômica e retomada das contratações. 

  • 27,71% disse que planeja contratar em volumes maiores do que antes da pandemia; 
  • 9% afirmou que, provavelmente, estará em um congelamento de contratações; e
  • 2,79% disse que não provavelmente irá dispensar funcionários. 

Alguns dos setores que foram mais afetados ainda permanecem mais receosos. Como é o caso do setor de Varejo, Catering e Lazer, onde 37% dos empregadores afirmaram que ainda permanecem muito incertos quanto ao recrutamento em 2021. 

Entretanto, de maneira geral, 33,86% dos entrevistados disse que não terá problemas para atrair talentos se (ou quando) precisarem.

"Também notamos que mesmo com um número alto de desempregados, a falta de mão de obra especializada ainda é um entrave para os empregadores: 17% deles afirmou que a escassez de mão de obra e competências ainda será um grande obstáculo para atrair novos talentos em 2021", diz Calbucci. 

 

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