E eu costumo dizer que nós tínhamos os piores governos para enfrentar uma pandemia como essa. Porque é um Governo Federal: à frente um genocida, negacionista, que minimizou o tempo todo a questão da pandemia, que desaparelhou o Ministério da Saúde colocando general, em vez de colocar técnicos, em vez de colocar médicos à frente do Ministério da Saúde.
Aqui no Rio de Janeiro, um Governo Estadual envolvido em corrupção, haja vista que o próprio governador está afastado e também não temos nenhuma confiança no seu vice, que também está sendo investigado. E na Assembleia Legislativa, cujo o presidente é fruto de uma investigação. E nós sabemos uma Assembleia Legislativa que deu posse para pessoas ainda na cadeia e que não saíra da cadeia, que tomaram posse lá, alguns de seus membros.
E chegando ao Crivella, que abandonou completamente a cidade, que preparou o caminho para a pandemia antes mesmo do Coronavírus chegar aqui no Rio de Janeiro a nossa Saúde Pública já estava desmantelada, através do desmonta das Clínicas da Família, demissão de profissionais da Saúde, por uma série de coisas.
Então, por conta disso tudo é importante a gente apresentar um projeto de candidatura que enfrente essas consequências dessa crise que nós estamos vivendo. E um projeto de ruptura com essa situação que está aí. Com esse sistema capitalista que tem demonstrado nessa pandemia que só tem a barbárie a oferecer para os trabalhadores.
E aí, Diego, tem uma questão que é central: existem 14 candidatos nessas eleições aqui no Rio de Janeiro, mas eu costumo dizer que só existem dois projetos. Um projeto representado por nós do PSTU, que é um projeto de ruptura com o capitalismo e apresentando para a cidade uma alternativa socialista.
Uma alternativa que rompa com o capitalismo e que aponte questões centrais, a partir da suspensão do pagamento da dívida pública, a municipalização do transporte público, estatização dos hospitais privados colocando todos a serviço do Sistema Único de Saúde (SUS). Toda uma série de coisas que mostram categoricamente que é uma candidatura de ruptura com tudo isso que está aí.
E o outros 13 candidatos é o que costumo dizer que são os 50 tons de administração do capitalismo, que vai desde a ultra direita daqueles que disputam o voto do Bolsonaro, caso do Crivella e do Luiz Lima, e também o Eduardo Paes tentando entrar nessa onda aí, sem falar nos envolvimento em corrupção do Crivella e Eduardo Paes, vem pro centro chegando até a esquerda com o PT, que já foi governo nesse país durante vários mandatos implementando uma política de conciliação de classe que aliada com a burguesia e governando para a burguesia.
Governando para os grande empresários. E o PSOL tentando mostrar a gestão responsável do capitalismo. Ou seja, por isso que eu digo: são 13 candidaturas que representam o 50 tons de gestão do capitalismo. A nossa é a única candidatura de ruptura com o sistema capitalista, de apontar uma saída alternativa socialista para os trabalhadores e trabalhadoras do Rio de Janeiro.
Por isso que eu digo que a nossa candidatura se faz urgente e necessária aqui na nossa cidade. Lamento que, apesar de a gente estar em 5° lugar nas pesquisas, nas intenções de voto, eu seja barrado nos debates. Como aconteceu agora no debate da Rede Bandeirantes e eu não estava porque o PSTU não atingiu a cláusula de barreiras.
Nós não fomos os únicos que não atingiu a cláusula de barreiras, vários outros não conseguiram. Mas, por exemplo, a REDE estava no debate porque tem Senador, tem Deputado e o PSTU não tem parlamentar. Mas é um absurdo que em uma eleição com 14 candidatos, o candidato que está em 5° lugar nas intenções de voto esteja fora do debate.
Por isso, eu quero, inclusive, aproveitar esse momento aqui na Folha Dirigida para fazer a campanha, que estou fazendo de exigência da minha presença nos debates pela democracia no pleito eleitoral aqui na cidade do Rio de Janeiro
Manter uma relação de harmonia com os governos federal e estadual é de suma importância para os municípios, sobretudo para captar investimentos para a cidade. Caso eleito, como pretende relacionar-se com o governador em exercício, Cláudio Castro, e o presidente Jair Bolsonaro?
Não tem como você ter boas relações com um governante como o Bolsonaro, por exemplo, que é um cara que implementa um projeto de destruição do nosso país Destruição dos Direitos trabalhistas, destruição do meio ambiente, destruição dos Direitos sociais, destruição de todas as questões que dizem respeito aos Direitos dos setores oprimidos como mulheres, negros, LGBTs, indígenas.
Um cara que só tem um projeto ancorado no Paulo Guedes de governar para os grandes empresários. Para o ricos e poderosos que mesmo com a pandemia, aquele 1%, aumentaram enormemente a sua fortuna. Então é complicado você manter boas relações com esse governo porque a nossa visão de gestão é completamente oposta dele. Nós queremos governar para os trabalhadores e trabalhadoras. Nós queremos governar para os setores mais humildes, para os setores mais desvalidos da sociedade.
Em relação ao governo estadual a mesma coisa. Se o Witzel está afastado por denúncias de corrupção, o Cláudio Castro também está sendo investigado por denúncia de corrupção. E mais. Aquela Assembleia Legislativa que está dando andamento ao processo de impeachment do Witzel está cheio de de pessoas ali que deviam estar na cadeia e não na Assembleia Legislativa.
Então, como não tem ainda dois anos de mandato, nós temos um dispositivo constitucional que permite a exigência de eleições gerais. Aqui no Rio tem que ser fora Witzel, fora Cláudio, fora Alerj, eleições gerais aqui no Rio de Janeiro. Essa é a questão que está colocada porque não tem condições de isso permanecer.
Em relação ao Bolsonaro é óbvio que também nós não podemos esperar até 2022 para fazer um acerto de contas com esse governo. Nós temos que botar na rua a campanha fora Bolsonaro e Mourão já! Porque cada dia de Bolsonaro no palácio do Planalto é mais um dia de ataques como esses que eu já me referi.
Então diante disso o que nos cabe em enquanto relação, em relação tanto o governo federal quanto o governo estadual, é a relação institucional. É claro que eu como mandatário da cidade do Rio de Janeiro tenho que me relacionar tanto com o governo federal quanto com o governo estadual, mas serão relações institucionais.
Não poderão ser, de maneira nenhuma ser relações de cordialidade, de boa vizinhança, de tapinha nas costas, de abraços porque esses senhores, além do conjunto de denúncias que cada um deles carrega. A família Bolsonaro com as suas "rachadinhas", os "Queiroz" e as "Michques" e tantas outras coisas mais.
Aqui o Witzel e o Cláudio Castro. Então não me cabe, de maneira nenhuma a aproximação com esses senhores. Porque esses senhores estão voltados para um outro tipo de interesse que é preservar os interesses dos ricos e poderosos. Nós queremos governar para os setores explorados e oprimidos da nossa cidade.
Em particular para a população negra, a juventude negra, que vive nas nossas favelas, nas nossas periferias. Mas os trabalhadores e trabalhadores em conjunto, que são aqueles que constroem da riqueza da cidade e que precisam se apropriar da riqueza que eles constroem.
Essa cidade tem que ser maravilhosa não para os ricos e poderosos, ela tem que ser maravilhosa para a sua esmagadora maioria que é a classe trabalhadora que trabalhar e que constroem as suas riqueza no dia a dia.
A pandemia fez com que milhares de brasileiros perdessem o trabalho, e os trabalhadores do Rio de Janeiro foram um dos mais afetados em todo o país. Caso eleito, quais ações pretende desenvolver para gerar renda para a população e contribuir para a criação de novos postos de trabalho na cidade do Rio de Janeiro?
Independentemente da situação da Prefeitura do Rio de Janeiro, nós do PSTU defendemos um programa para fazer frente a essa pandemia porque nós ainda estamos em meio à pandemia. Por mais que haja uma tentativa do empresariado em tentar forçar uma barra como se fosse uma normalidade, o que está acontecendo é que nós ainda estamos em meio à pandemia e com milhares de mortes acontecendo que poderiam ser evitadas, porque é isso que está acontecendo.
Então nós continuamos defendendo que haja, de fato, uma quarentena radical para que a gente possa parar a circulação do vírus e realmente baixar as taxas de contágio e de mortalidade. Mas para isso você tem que garantir renda para a população mais vulnerável. Nós defendemos, não só a extensão em valor de R$600, porque uma cesta básica, em uma cidade como Rio e São Paulo, são dois salários mínimos e meio para você frente a ela.
Mas como mínimo essa que está aí não aceitamos essa redução para R$300 e não só manter para aquelas pessoas que foram contempladas e estender porque várias pessoas ficaram sem o seu emprego. A outra questão que é a licença remunerada sem redução do salário de todos os trabalhadores e medidas que possam garantir como, por exemplo, uma quarentena, de fato, que seria as pessoas poderem ter acesso a questões como sanitárias.
Casas insalubres, por exemplo. Nós teremos que ocupar os hotéis, os imóveis que estão fechados pela cidade para a especulação imobiliária, que poderiam ser desapropriados para essa finalidade. Isso é uma questão que está sendo colocada para agora, em defesa da vida. Independentemente da questão eleitoral. Agora, como prefeito, que tem haver com a pergunta que você fez entram outras questões.
Primeiro, na questão do desemprego, nós pensamos em adotar um plano de obras públicas aqui na cidade do Rio de Janeiro aonde a gente realize as obras realmente necessárias para a cidade e que possa a partir disso gerar uma série de empregos. Então o que seria esse plano de obras públicas?
Reequipar as redes da Saúde tanto do ponto de vista da construção de hospitais onde se fizerem necessários, reequipamento dos hospitais aonde eles existem, contratação de profissionais, que é uma outra questão que também, através de concurso, que amplia a oferta de emprego.
Saneamento básico que é uma questão importantíssima na nossa cidade, dragagem e limpeza de rios, contenção de encostas retirada de moradores da área de risco, mas fazendo com que eles permaneçam na sua mesma comunidade para que as pessoas não percam seus laços culturais, seus laços familiares, local de estudo, local de trabalho, seus amigos.
Então, fazer um plano de obras públicas nessas mesmas comunidades, mas tirar essas pessoas da área de risco. Tudo isso. Reequipar a área de Educação. Por exemplo, existe uma demanda enorme de creches na nossa cidade. Então construção de creches com contratação de profissionais. Todas essas questões vão no sentido de combater a questão do desemprego. Além disso, lutar por outras.
Nós não podemos também aceitar que a vocação do Rio é o Turismo e o setor dos serviços, não. Nós temos uma indústria naval que já foi poderosíssima aqui nessa cidade e que lamentavelmente foi debelada e que nós temos que tomar iniciativa no sentido de reerguê-la porque ela abriga milhares de pessoas também e nós temos as condições aqui por conta da própria Geofísica da nossa cidade de se erguer essa indústria naval.
E além disso, para fazer tudo isso que nós acabamos de falar tem que saber de onde vai sair o dinheiro porque se não fica parecendo papo de charlatão e nós temos condições de ter esses recursos através de quê? Suspensão do pagamento da divida pública, acabar com as isenções fiscais para os grandes empresários, estabelecer o IPTU progressivo, onde os bairros nobres sejam cobradas taxas mais altas para que inclusive os bairros aonde habita a população de baixa renda ser isentado de IPTU.
Ou seja, de posse desses recursos você pode implementar esse plano de obras públicas que eu me referi. E além de tudo umas medidas até na própria prefeitura. A prefeitura pode também estabelecer uma escala móvel de horário de trabalho, a redução de horas de trabalho sem redução do salário.
E nesses claros que forem abertos a gente abrir concursos para reposição dessa mão-de-obra. Tudo isso vai no sentido de atacar a questão do desemprego aqui na nossa cidade e que é uma questão central.
Como recuperar o Turismo no Rio, um dos setores que mais gera emprego e que está sendo extremamente afetado pela pandemia?
O Rio de Janeiro, por si só, pelas suas belezas naturais, o seu potencial turístico ele é imenso. E não só pela Zona Sul. Eu sou mineiro. Cheguei aqui com 6 anos de idade, sou "mineroca", aquele mineiro carioca, e cresci no subúrbio. Eu cresci em Vista Alegre.
Mas eu sou de um tempo. Eu sou grupo de risco. Estou com 65 anos. Então, eu sou de um tempo em que eu tomava banho na praia de Ramos porque ela era própria para banho. As praias da Ilha do Governador todas eram próprias para banho.
A praia de Sepetiba era própria para banho. Sepetiba tinha até uma lama medicinal. A galera ia pra lá e ficava cheio de lama o dia inteiro, que segundo informações daquela época curava uma série de coisas. E isso tudo está destruído hoje.
A gente quando fala em turismo parece que fala só da Zona Sul, os cartões postais, o Pão de Açúcar, o Corcovado. Um dos passeios que eu mais gostava de fazer com os meus familiares, quando eles vinham do interior de Minas para cá, era ir à Igreja da Penha, que tem uma vista linda da Baia de Guanabara, da Ilha do Governador, de tudo isso.
O Rio de Janeiro inteiro é um potencial turístico, não é só a Zona Sul. Agora, para isso você tem que ter algumas medidas tem que ser tomadas. Uma delas é de revitalização da Baia de Sepetiba, do ecossistema de Sepetiba.
Não só do ponto de vista turístico, mas do ponto vista econômico. Porque muitas famílias cresceram se alimentando dos peixes, das colônias de pescadores que tinham naquela região. Então você tem que revitalizar a Baia de Sepetiba.
Tem que em uma parceira com o governo estadual, federal, com as instituições como a UFRJ e outras, que tem essa preocupação, despoluir, de fato, a Baia de Guanabara, que é uma das coisas mais lindas que nós temos e que hoje não pode ser utilizado o potencial turístico dela plenamente por conta da poluição. Essa é uma outra questão.
Temos que fazer obras que, já me referi aqui a alguma delas, as limpezas dos nossos rios. A questão do saneamento básico. Acabar com essa história de despejo de esgoto in natura nos rios aqui do Rio de Janeiro. Então, tem que ser feito limpeza do rios, dragagem dos rios, obras de saneamento básico, a questão das encostas de qual eu já me referi.
Então, esse conjunto de coisas eles vão no sentido de revitalização do turismo não só daqueles polos que já são normalmente encarados como os polos, os pontos turísticos da cidade. Mas ampliar. Não falei das belezas, por exemplo, da Floresta da Tijuca e de todo o potencial que tem ali.
Então, acho que esse conjunto de medidas tem condições de revitalizar o turismo na cidade do Rio de Janeiro com um todo e não apenas um turismo capenga voltado apenas para a Zona Sul. Como se nós tivéssemos duas cidades: uma do Centro para lá e outra do Centro para cá. Não.
Nós temos um Rio de Janeiro que é uma cidade linda na sua plenitude, que tem um potencial turístico em sua plenitude e nós temos que fazer obras, dentro daquele plano de obras públicas que já me referi, no sentido de potencializar tudo isso que o Rio de Janeiro tem em todos os seus quadrantes.
É óbvio que a pandemia atinge não só o turismo, mas uma série de setores. Mas isso aí tem haver com a gente superar essa fase. E aí eu falo: não adianta a gente superar essa fase ignorando, forçando a barra como forçam a maioria dos empresários com o objetivo de colocar o lucro a cima de tudo e levando a classe trabalhadora para o matadouro.
Então, por exemplo, nós vimos na grande imprensa, mesmo quando tinha a quarentena "meia boca", do Witzel e do Crivella, por exemplo, que não tinha, o Bolsonaro negou a quarentena o tempo todo. Mas teve um momento em que os governos estaduais e municipais fizeram quarentena, mesmo nesses momentos os serviços industriais nunca foram parados e sempre geraram aglomeração no transporte público.
Isso nunca parou. Então nunca houve, de fato, uma paralisação do vírus aqui na nossa cidade porque nunca se fez uma quarentena de verdade. Por isso eu defendo e continuo defendendo que nós temos que fazer uma quarentena real, uma quarentena pra valer.
Se nós queremos, de fato, combater o vírus e acabar com essa fase da pandemia o quanto antes. Se não nós vamos ficar enxugando gelo e quanto mais tempo isso permanecer nós vamos continuar nesse novo normal que eu me recuso a aceitar.
Não existe novo normal. Não existe nada de normal nesse momento que estamos vivendo, aonde as pessoas todas nas ruas, a maioria, pelo menos, acatando isso de máscara. Mas nós sabemos que do ponto de vista da Ciência o remédio mais eficaz para o vírus é o isolamento social.
Então, continua na ordem do dia uma quarentena pra valer. Essa é uma das nossas principais propostas que nós vamos continuar defendendo nessa campanha.
Os jovens, sobretudo, de menor escolaridade e baixa renda, costumam ser os mais afetados quando se fala em boas oportunidades de emprego. O que o senhor (a) acredita que deve ser feito para alterar essa realidade? No seu plano de governo, há projetos voltados para ampliar a empregabilidade entre os jovens e, ainda, permitir que ele se desenvolva profissionalmente?
Quando a gente pensa nessa questão de ter um plano de obras públicas na nossa cidade, esse plano de obras públicas tem a função de revitalizar toda cadeia produtiva, toda economia, inclusive, com a oferta de oportunidades para a juventude.
Então, por exemplo, quando eu falo de reequipamento da Educação e da Saúde, eu estou falando da contratação de técnicos, contratação de enfermeiros, contratação de médicos, contratação de pessoas do asseio e da conservação.
Nós estamos falando, por exemplo, de aumento de oportunidades de emprego para uma juventude que muitas vezes está fadada, quando eu falo, por exemplo, da construção de creches, aumento de profissionais da educação infantil e também outros profissionais que dão suporte, que dão sustentação para esses profissionais, então, estamos falando aqui de uma série de medidas.
Quando eu falo, por exemplo, de procurar a iniciativa, no sentido de revitalizar a indústria naval, até porque nada mudou, as importações e exportações continuam sendo feitas, em sua maioria, por navios de carga. E eles precisam continuar sendo construídos, eles precisam continuar sofrendo reparos e o Rio de Janeiro tem uma série de estaleiros fechados.
Então isso é um absurdo. Tem toda uma série de medidas que nós temos que tomar para garantir essas oportunidades para a nossa juventude. Tanto aquela com uma escolarização maior, aqueles que conseguem, a extrema minoria que consegue fazer um curso superior, mas que também muitas veze se forma e ficam sem perspectivas.
Então nós temos que dar perspectiva para essa parcela. E a grande maioria, que muitas vezes devido a baixa escolaridade tem poucas oportunidades. Então com esse plano de obras públicas, a que me referi, e tendo, claro, que ele é horizontal, vai atingindo todos os setores de atuação da prefeitura.
As oportunidades vão surgindo em todos os lugares porque realmente é muito triste nós vivermos em uma sociedade que a primeira oportunidade de emprego, quando existe para a juventude é o telemarketing, que é um emprego precário, muitas vezes sem benefícios, onde as pessoas trabalham em condições insalubres, toda uma série de coisas e acaba sendo o primeiro emprego de muita gente.
Nós temos que mudar essa realidade urgentemente. E, por isso, eu insisto nessa questão: um plano de obras públicas. Uma outra questão que não falei que tem haver com a questão do transporte, nesse plano de obras públicas nós temos que contemplar, a questão, por exemplo, é um absurdo essas obras que ficaram paralisadas como a do BRT como a da Avenida Brasil, por exemplo.
Mas mudar o modal em uma cidade do tamanho da nossa do rodoviário para o rodoviário. Nós temos que construir VLTs. Nós temos que a partir da prefeitura fazer uma campanha pela reestatização do metrô, da supervia, das barcas porque os moradores do Rio de Janeiro são os principais usuários desses meios de transportes, mas eles estão privatizados hoje e são de péssima qualidade os serviços prestados e o preços são caríssimos.
E quando as pessoas falam "ah mas essa coisa da iniciativa privada". É só comparar com o metrô do Rio com o de São Paulo. O de São Paulo é um metrô estatal e funciona muito melhor do que do Rio de Janeiro. O do Rio de Janeiro parece que tem duas linhas paralelas.
Então nós temos que ampliar a malha ferroviária do metrô. E em uma cidade do tamanho da nossa, nós temos que utilizar a malha ferroviária, inclusive, através dos VLTs, no lugar de BRTs porque é um transporte mais eficiente, menos poluente e menos oneroso.
Então, tudo isso. Além da municipalização do transporte rodoviário, acabar com a farra da Fetranspor, sem indenização, já roubaram demais a cidade do Rio de Janeiro, legalmente ou através de corrupção. Já roubaram demais. Então tem que sair fora sem nada porque já tem demais do que roubaram, do que exploraram "legalmente".
E concretamente nós temos que municipalizar o transporte do Rio de Janeiro para atender as demandas, principalmente, dos locais mais distantes. Essa galera da Zona Oeste. Submetidas muitas vezes a área de milícias, onde as vans são dominadas pelos milicianos por conta da ausência do poder público.
Então, o poder público tem que estar lá e oferecer transporte público de qualidade com tarifa subsidiada para todo mundo na cidade inteira. Então, são medidas, todas essas medidas estão contempladas dentro do plano de obras públicas e que já me referi da onde tirar as receitas para realizar esse plano. Essas medidas todas abrirão possibilidades para a nossa juventude, independente do seu nível de escolaridade.
Quais ações o senhor pretende desenvolver para valorizar os servidores públicos da cidade do Rio de Janeiro? No seu governo, eles terão um papel de protagonista?
Para deixar aqui bem claro o meu repúdio a essa Reforma Administrativa que começam a quererem a tramitação dela no Congresso Nacional. Essa Reforma do Bolsonaro, do Paulo Guedes, do Rodrigo Maia, que na verdade é um grande ataque aos servidores públicos.
E quando você ataca os servidores públicos, você está atacando os serviços públicos e isso é uma questão elementar: quem precisa de serviço público é a população trabalhadora, principalmente, aquela parcela mais humilde da população que precisa de uma educação pública gratuita e de qualidade, que precisa de uma saúde pública gratuita e de qualidade, que precisa de atendimentos.
Então, essa Reforma Administrativa que está aí nada mais é do que uma tentativa de atacar e mais não só os servidores mas atacar os pobres a classe trabalhadora da nossa cidade do nosso país com o medidas que vão de fato deteriorar e muito os serviços públicos aqui do nosso país, em particular, nós estamos falando aqui do Rio de Janeiro, mas é uma situação geral e fazer aquela seleção quem pode pagar tudo bem e quem não pode morra. Isso é um absurdo.
Então os servidores, voltando aqui para pergunta, necessariamente tem que ser protagonistas, tem que ser protagonistas porque o serviço público é essencial. O serviço público ele está destinado a esmagadora maioria da população que não tem condições de ter um plano de saúde e também não precisa não pode ser um plano de Saúde qualquer porque se seu plano de Saúde não for uma Golden, Platinum ou outro nome em inglês qualquer, é um SUS melhorado.
Enquanto nós temos um SUS que do ponto de vista é Constitucional e do ponto da vista da realidade é um dos melhores Serviços de Saúde do mundo por conta da sua plenitude, de todo mundo que ele atende. Atende a todo mundo independente da sua condição financeira, sendo brasileiro, sendo estrangeiro.
Agora que está sucateado. Como eu falei, por exemplo, aqui no Rio de Janeiro, o Crivella detonou com a saúde primária. O Witzel em vez de nas licitações de para os hospitais de campanha para dar conta da pandemia foi à farra de corrupção que está levando, inclusive, o seu afastamento.
Então, essas coisas é que nós temos que modificar e isso não é responsabilidade do Servidor. Não é o servidor que escolhe, por exemplo, que a Saúde Pública seja gerida por Oss. E o que que são as Oss? Nada mais é do que a transferência de verba pública para a iniciativa privada, além de ser um centro, um antro de corrupção.
Então nós queremos romper imediatamente todos os contratos com as Oss. A Saúde é pública e tem que ser 100% pública e controlada pelos trabalhadores. Uma outra questão que nós defendemos é a estatização dos hospitais privados.
Porque o que nós estamos em meio a uma pandemia e é um absurdo que pessoas pobres morram porque falta vagas de leitos de UTI e sobram vagas de leito de UTI em hospitais privados. Então é isso? Quem pode pagar não morre e quem não pode pagar vai morrer nos hospitais públicos por falta de vaga em leito de UTI.
Então nós defendemos também a estatização dos leitos dos hospitais privados para dar conta dessa questão da pandemia. Então é tudo isso, se você está defendendo a estatização, eles também vão se transformar em servidores públicos.
E dentro daquele plano de obras públicas que eu falei, quando a gente fala de reequipamento da área de Educação, mais concursos públicos. Nós vamos estar fazendo mais concursos públicos e vamos está valorizando o servidor do ponto de visto salarial porque também são péssimos os salários, principalmente na Educação.
Nós temos os professores mais baratos do mundo. Então, nós temos que valorizar os profissionais da educação, valorizar os profissionais da saúde que são homenageados nas janelas, que estão na linha de frente um vários deles morreram inclusive dando a sua vida para combater essa questão da pandemia, mas que na hora da questão salarial são pessimamente des valorizados.
Inclusive, vários deles sendo demitidos em plena pandemia. Empresas que, OSs que deixaram profissionais de Saúde e em plena pandemia sem pagamento de salário. Isso tudo é uma vergonha, um absurdo que nós temos romper.
E passa pela estatização geral da Saúde sobre o controle dos trabalhadores e dando protagonismo na Saúde, na Educação, em todos os lugares. No transporte, aos servidores públicos que precisam ter seus serviços valorizados pelos ponto de vista tanto salarial quanto das condições de trabalho.
É certo que a pandemia que atinge o mundo afetará a economia do país, com a queda de arrecadação. É possível, no atual momento, já traçar um cenário para o Rio de Janeiro, pós-pandemia, sabendo que o município do Rio se encontra em um momento de dificuldades, operando há dois anos acima do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal?
Limite de responsabilidade fiscal que tem a ver com a questão da lei de responsabilidade fiscal, teto de gastos e toda essa discussão. Essa discussão do nosso ponto de vista é uma discussão falaciosa porque nós achamos que ao invés de termos uma lei de responsabilidade fiscal nós devíamos ter uma lei de responsabilidade social.
Porque o limite de teto de gastos e a lei de responsabilidade fiscal só tem um objetivo que é garantir o pagamento da dívida pública, divida esta que vai engordar os lucros dos banqueiros e dos grandes fornecedores dos governos em todas as suas esferas: federal, estadual, e municipal.
Aqui no Rio de Janeiro vários deles ainda é como herança dos megaeventos que aconteceram aqui na cidade na época inclusive que era prefeito Paes que é a copa do mundo, as Olimpíadas, apesar do trágico legado que ficou. Uma série de equipamentos abandonados um programa que é que tem que ser tratado também.
Então nós achamos que essa discussão da lei de responsabilidade fiscal, nós temos um entendimento, que nós temos que romper com a lei de responsabilidade fiscal e romper com a lei de responsabilidade fiscal significa a suspensão do pagamento da dívida pública.
Nós temos que suspender o pagamento da dívida pública porque só engorda lucros de banqueiros e dos grandes fornecedores da prefeitura. Nós temos que acabar com a isenção fiscal para os grandes empresários. Eles têm que pagar impostos e esses impostos têm que estar voltados para as questões necessárias aqui da cidade.
Principalmente da população trabalhadora mais humilde. Nós temos que estabeleceu o IPTU progressivo, defender a nível Federal ,que haja um imposto sobre grandes fortunas, coisa que não existe aqui no nosso país e taxação aos lucros dos bancos, das maiores empresas do agronegócio, etc.
Mas, aí termos de prefeitura nós temos que fazer isso naquilo que é possível que é o IPTU progressivo onde os bairros nobres da cidade pagam o IPTU mais alto para que nós possamos isentar os trabalhadores que moram em bairros de baixa renda. E os bairros que são habitados para Trabalhadores de baixa renda possa ser isentos de IPTU.
Nós entendemos que com esse conjunto de medidas nós vamos ter recursos, sem falar entrada aí dos royalties do petróleo que ainda é uma uma outra parcela de recursos que vêm se aportar a esse todos que eu estou colocando então na nossa forma de ver a economia, de gerir a economia nós vemos esse clima de catastrofismo que os outros candidatos, os Cinquenta Tons de gestão do capitalismo, veem ou até mesmo que os empresários veem porque eles constroem uma realidade está todo mundo dizendo que existe uma crise mas o 1% mais rico continua aumentando seus lucros de uma maneira exorbitante.
O número de bilionários aumentou durante a pandemia. O 1% mais rico está mais rico ainda. Então nós não queremos que quem pague a crise sejam aqueles que não são responsáveis por ela. Essa crise do capitalismo, que não é Brasileiro é Mundial, é de responsabilidade do sistema capitalista e daqueles que são os seus donos que são os grandes empresários, são as grandes multinacionais, os grandes países imperialistas.
Então eles têm que pagar pela crise e alguém tem que ter coragem de propor ruptura com isso que está aí. Porque se não é dizer, é querer fazer mágica. Dizer que vai fazer e acontecer. Apresentar o programa mais bonito do mundo, mas dizer que vai fazer isso dentro desses marcos que está colocado aí pelo sistema capitalista é mentindo para o eleitor.
Há uma década não é feito concurso para fiscal de rendas da Prefeitura do Rio. Sabe-se que há apenas 202 fiscais na ativa, quando a lei estabelece 400. Pior: 30% do atual quantitativo está para se aposentar. Na sua visão, contratar fiscais é um investimento e não uma despesa para os governos? Se for eleito vai abrir concurso público para fiscais? Sua meta é fazer isso ainda no seu primeiro ano de mandato?
Primeiro que eu vejo como investimento e não como como gasto. Então eu acho que tem que ter concurso para preencher inclusive o que a própria constituição e a Lei Orgânica do Município prevê.
Então é um absurdo a gente funciona essa situação você ainda aprontando aí que tem uma parcela grande que dá para se aposentar. Então nós temos que recompor esses claros significa a realização de concursos públicos sim e não só para essa área.
A ideia é a gente fazer concurso público para todas as áreas do município que se fizerem necessárias área de saúde, área de educação. Nós temos que acabar com a terceirização e para acabar com a terceirização nós temos inclusive que promover concurso público.
Mas nós temos que ver o seguinte existem determinadas pessoas terceirizadas em uma série de empresas que já estão há anos nessas empresas. Elas fazem parte do componente de trabalhadores que geram lucro para essas empresas.
Na Petrobras, por exemplo, no próprio Banco do Brasil e outras empresas estatais e no serviço público. Então essas pessoas que tem tempo de casa que muitas vezes tem já uma expertise que às vezes tem mais conhecimento até que funcionários novos concursados, que já estão há muitos anos ali, eu sou a favor da efetivação dessas pessoas, sem demérito da necessidade de abrir os concursos públicos. Não existe uma contraposição em relação a outra.
O que se trata é de respeitar aquele trabalhador que há anos tem dedicado a sua vida para determinadas empresas, para determinadas instituições, para determinar os órgãos do serviço público e que estão sempre nessa condição precária, muitas vezes ficam sem salário, muitas vezes tem a substituição de uma empresa pela outra e eles ficam tem que ir para a justiça, ficam sem receber.
Nós temos que acabar com essa questão da terceirização, acabar porque isso é interposição fraudulenta de mão de obra. Temos que realizar sim concursos públicos, valorizar os servidores públicos através da contratação por concurso público.
Mas temos que ter a sensibilidade de que aqueles profissionais que dedicaram a sua vida, anos da sua vida nessas circunstâncias que eu falei, que sejam efetivadas.
Quais os principais projetos que pretende implementar na área de Educação?
Primeiramente a educação tem que ser extremamente valorizada. Nós temos uma educação que aqui no nosso país não é valorizada. Hoje em particularnós temos um governo federal que odeia a educação.
A educação tem que ser valorizada. Então essa é a primeira questão: valorizada. Não só o professor, mas todos os profissionais da educação que vai do professor, são os técnicos administrativos, os profissionais de educação infantil, as merendeiras, as cozinheiras.
As pessoas que trabalham, inclusive, pedagogas, é um conjunto. A educação tem que ser valorizada. Ela tem que ser estatizada, tem que ser estatal, tem que ser de boa qualidade. A educação tem que ser pública, gratuita e de qualidade.
A nossa proposta é por uma educação pública, gratuita e qualidade com valorização do profissional da educação, todos eles como eu já me referi. E reequipamento das escolas com Laboratórios, com áreas de esporte e lazer, com toda uma série de coisas que vão demandar obras, que aquele planos de obras públicas que eu já me referi pode ter condições de dar conta plenamente.
Pretende imprimir uma política de concursos públicos períodos para a área de Educação, tanto para o magistério como para carreiras da área de apoio, tais como agente educador e secretário escolar?
O concurso público tem que estar subordinado uma necessidade. E agora é óbvio que a gente tem que estabelecer uma dinâmica que as vagas que surjam, elas têm que ser imediatamente cobertas por profissionais concursados.
É claro que você também tem essa coisa de você fazer um concurso e ele tem uma determinada validade para que você possa ir suprindo as vagas que vão surgindo ao longo daquele período.
Mas o determinante é dizer que o concurso público é um instrumento de trabalho que nós encaramos a sugestão como de extrema necessidade.
Então a gente entende que todas as vagas não só na área de educação que nós estamos nos referindo agora mas também na área de saúde, em todas os setores que se fizerem necessários ser cobertas vamos fazer o concurso público.
Então concurso público é um compromisso e para nós um instrumento de uma gestão eficaz.
Para agente de preparo de alimentos da Comlurb, não é feito concurso desde 2011, já para merendeira da SME, há quase duas décadas. Considera fundamental abrir concursos para essas duas carreiras?
Nós temos que fazer um estudo horizontal em todas as repartições, todas as esferas, é a educação, é a saúde e limpeza urbana. Essa questão, por exemplo, quando eu falo da municipalização dos transportes nós vamos ter que abrir vagas também.
Com a municipalização dos transportes rodoviários nós vamos aumentar a oferta de empregos. E também a questão dos VLTs que eu me referi.
Então a gente vai ter um montão de demandas e óbvio que essas demandas todas nós vamos procura fazê-las através do recurso, que é o recurso, que foi legado, através de muita luta pela constituição de 88, que é o recurso do concurso público.
Ainda em relação à Comlurb, desde 2014 não se abre concurso para gari. E o pior é que entre 3 e 4 mil garis já reúnem condições de se aposentar. Esse é um dos concursos que ganharão prioridade em sua gestão?
Primeiro eu tenho um carinho enorme pelos garis. É uma categoria que além de uma categoria essencial quando você fala dentro da cadeia produtiva da saúde muita gente valoriza um médico, enfermeiro, o técnico de enfermagem, mas o Asseio e Conservação é de fundamental importância.
E a questão da limpeza urbana é onde começa a questão da Saúde. Então é você ter esse trabalho realizado pelos nossos garis que uma categoria de profissionais competentes, que demonstraram capacidade de luta como a greve que eles fizeram 2014, que foi uma coisa linda, parou essa cidade, peitando o Eduardo Paes, peitando a Rede Globo, peitando todos mundo parando em pleno Carnaval.
Então essa é uma categoria que tem que ser muito valorizada. Então é óbvio que esses concursos públicos têm que ser feitos e nós temos que preparar inclusive concursos para demanda de aposentadorias que vão acontecer como você tá apontando.
Sem dúvida alguma, o gari é um setor assim de muita importância. O setor de limpeza urbana é fundamental para a saúde pública e tem que ter essa valorização.
Na área de Saúde, sai governo e entra governo, e a população do Rio continua a sofrer com um atendimento deficitário, ocasionado sobretudo pelo déficit de pessoal, falta de estrutura nos hospitais? (Em algum momento, perguntar se pretende desenvolver uma política de concursos periódicos para a Secretaria Municipal de Saúde e para a RioSaúde)?
Rompendo o contrato nos contratos com essa Oss e promover concursos públicos para reposição de mão de obra e óbvio combinado com aquela questão da efetivação que eu já me referi anteriormente, daqueles servidores que têm um tempo de casa, expertise, tudo isso.
Mas é óbvio que o grosso vai passar pela contratação de servidores através do serviço público. Agora, a saúde tem que ser 100% pública, sob controle dos trabalhadores. Fora OSs, fora esse centro de corrupções da gestão Pública aqui no Rio de Janeiro.
A PreviRio vem sendo esquecida pelos governos. Há quase duas décadas (desde 2002), a instituição não abre concurso e, atualmente, segundo os conselheiros do órgão, depende de servidores cedidos para funcionar. Reoxigenar o quadro de pessoal da PreviRio, por meio de concurso, está nos seus planos? Como enxerga o fato de um órgão tão importante para a prefeitura estar sofrendo esse esvaziamento de seu quadro de pessoal?
Que a PreviRio tenha a condição de dar um atendimento adequado para os servidores. E isso passa óbvio pela recomposição dos seus quadros e para isso a gente pode e deve contratar as pessoas através do mecanismo do concurso público.
Há muito tempo a Prefeitura do Rio de Janeiro não abre concursos para fiscal de obras, fiscal de posturas e agente da defesa civil. (Lembrar da tragédia da Muzema, onde prédio caíram, e das ruas ocupadas por cadeiras de bares e ambulantes) Na sua visão, essas são carreiras que precisam ser contratados novos servidores públicos por meio de concursos?
Quando eu falo do plano de obras públicas, nós estamos falando: nós vamos ter que fazer contratação para que esses planos possam ser implementados. E como eu já repeti aqui várias vezes através de concurso público é óbvio que o edital de cada concurso vai ser adequado para cada função.
Uma coisa é o edital para engenheiro de obra, outra coisa é um edital para os trabalhadores manuais: os pedreiros, os mestres (de obra), e todas as profissões que advém daí, mas todas através do mecanismo do concurso.
A fiscalização é necessária. O concurso público para a área é necessário para que nós tenhamos uma cidade organizada. E de fato que funciona para sua imensa maioria que são os trabalhadores e trabalhadoras que habitam nela.
Em quais outras áreas o senhor considera indispensável a abertura de concursos, a curto ou médio prazos, para a Prefeitura do Rio de Janeiro?
Uma das nossas principais atividades, uma das mais emergenciais é o plano de obras públicas. Quando a gente fala de plano de obras públicas, nós estamos falando de muita coisa. Nós estamos falando da área da Saúde, estamos falando da área da Educação, estamos falando da área de Transporte, nós estamos falando da área de obras, de infraestrutura, saneamento, urbanização.
Estamos falando de tudo. Então se nós queremos adotar um plano de obras públicas no município do Rio de Janeiro, a partir de estudos subsidiados pelos diversos segmentos profissionais que atuam na cidade, que colaborem conosco, com a sua especialização, o seu conhecimento de causa e a partir daí nós vamos estabelecer todas as demandas, os concursos públicos vão se dá em todas as áreas e vão ser emergenciais.
Então é todo um conjunto de coisas que abre perspectivas de contratação, de realização de concurso público, desde as profissões de nível superior como engenheiro, como médico, enfermeira. Técnicos e também as profissões que implicam um grande conhecimento de trabalho e menos escolaridade, mas nem por isso menos qualificação.
Em campanha eleitoral, os políticos candidatos a chefe do Poder Executivo fazem mil e uma promessas. No entanto, ao tomarem posse, via de regra alegam que o cenário econômico financeiro era muito pior do que se imaginava e que, em virtude disso, muitas de suas promessas de campanha e ações de investimento não poderão ser realizadas a curto e/ou médio espaço de tempo. Qual garantia o senhor pode dar que não usará desse expediente caso seja eleito?
Então como garantir que isso não vai acontecer em um governo como o nosso. Primeiro o nosso governo é um governo de ruptura com o status quo. É um governo de ruptura com tudo isso que tá aí de verdade.
Então quando a gente está falando aqui de romper com o tudo isso que está aí, é romper com o sistema capitalista, com as propostas do sistema capitalista de gestão da crise.
Eu já coloquei aqui que nós queremos a suspensão do pagamento da dívida pública, nós queremos é um IPTU progressivo, onde os ricos paguem mais e a gente possa isentar o pessoal de baixa renda, nós queremos acabar com as isenções fiscais para os grandes empresários. Então, tem toda uma série de medidas que nós estamos dizendo de onde nós vamos tirar os recursos.
O que vai dar garantia de que o nosso governo não vai cair no mesmo erro que todos os governos anteriores caíram é a forma nova de gestão da própria prefeitura que invés de está apoiado em uma Câmara Municipal completamente viciada e voltada para os interesses dos ricos e poderosos da cidade, será voltada para os conselhos populares formado pelos trabalhadores e trabalhadoras que constroem as riquezas dessa cidade cidade e que tem todo direito de gerir essas riquezas e usufruir dessas riquezas.