Em novo recorde, desemprego chega a 14 milhões de brasileiros, diz IBGE
Desde maio, o número de brasileiros desempregados aumentou em 4 milhões, o equivalente a 40%.
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Publicado em:23/12/2020 às 11:05
Atualizado em:23/12/2020 às 11:05
O desemprego bateu um novo recorde em novembro e chegou a 14,2%, atingindo 14 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 23. Esse é o maior percentual da série histórica da Pnad Covid, iniciada em maio para mensurar os efeitos da pandemia no país.
Desde o início da pesquisa, o número de brasileiros desempregados aumentou em 4 milhões - aproximadamente 40%. No entanto, apesar da taxa recorde, houve estabilidade em comparação com outubro, quando o percentual foi de 14,1%.
É esperado que, com o fim do auxílio emergencial e a flexibilização das medidas de isolamento social, aumente o número de desempregados. Para a pesquisa, só é considerado desempregado quem está em busca de emprego.
Ainda segundo o IBGE, houve uma queda no número de pessoas que estão em isolamento social rigoroso. Em novembro, 10,2 milhões (4,8% dos residentes) não fizeram nenhum tipo de medida de restrição. Em maio, esse grupo representava 4,1 milhões de pessoas.
Novembro também registrou que 97,9 milhões de brasileiros (46,2%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa, enquanto 79,3 milhões (37,5%) ficaram em casa e só saíram por necessidade básica e 23,5 milhões (11,1%) ficaram rigorosamente isolados.
Com relaxamento das medidas restritivas, população ocupada cresceu
A flexibilização das medidas de isolamento fizeram com que a população ocupada registrasse aumento, pela primeira vez, na comparação com maio. Em números absolutos, são 84,7 milhões em novembro frente 84,4 milhões no início da pandemia.
Com o crescimento do número de empregados e desempregados, a força de trabalho chegou a 98,7 milhões em novembro e registrou um crescimento de 4,4% na comparação com maio. Em relação a outubro, a alta foi de 0,8%.
A maior proporção de pessoas afastadas do trabalho por conta do distanciamento social foi registrada no Amapá (6,9%). Em 11 estados, esse percentual teve queda em comparação com outubro, enquanto nos demais houve estabilidade.
Norte e Nordeste foram, novamente, as regiões com os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio emergencial: 57,0% e 55,3%, respectivamente. Os cinco estados com os maiores percentuais foram Amapá (70,1%), Pará (61,1%), Maranhão (60,2%), Alagoas (58,4%) e Piauí (57,5%).
Por uma diferença de metodologia, os dados da Pnad Covid não podem ser comparados aos da Pnad Contínua.