As 6.640 vagas do Concurso Nacional Unificado serão divididas por blocos temáticos. Uma dúvida de muitos candidatos é sobre a escolha do bloco e como funcionará esta concorrência.
Pensando em trazer mais clareza e ajuda a quem vai prestar o Enem dos Concursos, Folha Dirigida por Qconcursos resolveu explicar detalhadamente a dinâmica dos blocos temáticos.
Afinal, será a partir deles que você chegará ao órgão e vaga que tanto almeja dentro do CNU.
A escolha do bloco temático ocorrerá no ato da inscrição. Cada candidato poderá optar por somente um bloco temático entre os disponíveis, ou seja, não é possível que um candidato concorra a mais de um bloco.
Após escolher um dos blocos temáticos, o candidato deverá indicar o seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha.
Dessa forma, o candidato do Concurso Nacional Unificado poderá concorrer a mais de um cargo, desde que esteja no mesmo bloco temático — sendo o mesmo escolhido no momento da inscrição.
As inscrições do Concurso Nacional Unificado serão feitas no site da banca organizadora a ser contratada. A instituição também ficará responsável pela aplicação das provas.
Segundo a diretora do MGI, Maria Aparecida, a estrutura de divisão das vagas do CNU em blocos temáticos não limitará as oportunidades aos candidatos, pelo contrário, esse modelo de concurso permitirá que uma mesma pessoa concorra a mais de um cargo, de órgãos diferentes, pagando apenas uma taxa de inscrição.
“A pessoa pode se inscrever para uma quantidade significativa de cargos, a pessoa terá uma chance maior de passar com o pagamento de uma mesma taxa de inscrição”, frisou.
O nome da banca organizadora que ficará responsável pelo CNU ainda não foi definido e deve ser revelado este mês.
Inicialmente, o Ministério da Gestão e Inovação definiu uma lista de oito blocos temáticos, preliminarmente, sendo eles:
Essa lista, no entanto, foi divulgada lá em julho, quando o Concurso Nacional Unificado foi anunciado.
De acordo com o MGI, uma nova lista de blocos temáticos ainda será revelada pelo Governo Federal de maneira oficial. Portanto, é possível que os blocos sejam alterados, a pedido dos próprios órgãos que aderiram ao edital unificado.
O número de blocos está em revisão depois da adesão dos órgãos ao Concurso Unificado.
"Vão ser seis, sete blocos ou um pouco mais talvez. A lógica é que esses blocos tenham afinidade temática", explicou Esther Dweck, no programa Bom dia, ministra.
O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Pereira Cardoso Júnior, também já adiantou que será publicado um edital por bloco temático.
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Concurso Nacional Unificado terá vagas divididas por blocos temáticos
(Foto: Ana Volpi/Agência Senado)
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O Concurso Nacional Unificado é uma nova proposta anunciada pelo governo que visa preencher as vagas autorizadas de órgãos federais de forma centralizada.
Dessa formal, o processo de seleção dos candidatos será feito em um mesmo momento para vários concursos autorizados.
O objetivo, segundo o MGI, é democratizar o acesso às vagas do serviço público federal e dar mais oportunidades para locais que não costumam receber aplicação de provas.
Vários fatores, segundo a pasta, fizeram o surgimento da proposta, um deles foi a dificuldade que muitos órgãos encontraram em organizar seus concursos autorizados por conta própria.
O MGI também argumenta a racionalização de custos, processos e resultados e a promoção de uma competição mais justa mais democrática e inclusiva.
Conforme já revelado pelo MGI, o CNU terá, como primeira etapa, provas objetivas (de Conhecimentos Gerais e Específicos) e provas discursivas (de Específicas).
As provas deverão ser aplicadas em um único dia. A previsão é para que ocorram até março de 2024, simultaneamente, em cerca de 180 municípios pelo país.
A operação será próxima a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os candidatos serão submetidos a:
De acordo com o MGI, as provas objetivas de aplicação geral deverão perpassar três dimensões:
O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Pereira Cardoso Júnior, explicou que o ethos público, por exemplo, se refere a vocação para servir e trabalhar como servidor público.
"Outra dimensão que precisa ser contemplada, não só na prova, mas na formação ao longo da vida, é a dimensão da realidade brasileira. A gente acha que as questões históricas e estruturais da realidade brasileira também precisam estar presentes no concurso. Em que as pessoas não apenas demonstrem conhecimento sobre a realidade brasileira, como o interesse em enfrentar os problemas", afirmou José Celso em entrevista ao podcast 'Podconcurseiro'.
Já a dimensão de relação das políticas públicas e o desenvolvimento nacional visa aferir se a pessoa está antenada com as necessidades de política e aperfeiçoamento do estado.
"Essas questões de competência são diferentes das questões típicas de conhecimento especializado que são cobradas também em Português, Matemática, Direito, que obviamente também vão estar presentes nesse concurso. Mas, essas questões gerais também precisam ser contempladas", disse o secretário de Gestão de Pessoas.
Disciplinas como Língua Portuguesa e Raciocínio-Lógico Quantitativo são recomendadas pelo Guia Referencial para concursos públicos, desenvolvido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), e devem ser cobradas.
As provas específicas e dissertativas, por sua vez, abordarão temas circunscritos aos blocos temáticos pré-estabelecidos, numa concepção em que se busque apreender dos candidatos aptidões e competências de aprendizagem contínua no ambiente de trabalho ao longo do ciclo laboral no setor público.
A lista de todas as disciplinas do concurso unificado só será divulgada com a publicação do edital.
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