Como evitar que as redes sociais atrapalhem os estudos para concurso?
Você costuma utilizar muito as redes sociais no seu estudo para concurso? Saiba como fazer com que elas não atrapalhem sua preparação.
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Publicado em:03/10/2020 às 09:00
Atualizado em:03/10/2020 às 09:00
Redes sociais podem atrapalhar os estudos para concurso?
Essa é uma pergunta que gera bastante discussão e acaba que a culpa ou responsabilidade por qualquer ato ficará com o próprio indivíduo, que precisa ter um autocontrole maior e capacidade de não se autosabotar.
Para o especialista, as redes sociais são ferramentas. E assim como toda ferramenta, precisam ser avaliadas pelo seu valor real, não somente pelo seu valor possível.
Ele explica que hoje há uma parcela muito capacitada de profissionais que trabalham em prol de tecnologias e que recebem para encontrar meios de manter as pessoas ainda mais conectadas. E isso até que ponto pode ser prejudicial?
Essa é uma avaliação pessoal que cada pessoa deve fazer dos impactos atuais das redes sociais no desempenho de estudos. Isso porque ao clicar em cada ícone de rede social você assume um risco de consumir uma energia que poderia estar voltada para outra atividade.
"Redes sociais podem ser um dreno importante de tempo e, mais importante que isso, de energia mental, apresentando-nos a conteúdos que viciam, mas que em sua maioria provavelmente não são de qualidade. Os riscos são de você ter menos tempo e um tempo de pior qualidade", destaca Mesquita.
O que fazer para não perder o foco com as redes sociais?
É notório para todos que as redes sociais chegaram para ser mais do que canais de comunicação e relacionamento, certo? Por muito tempo esse foi o conceito principal. Mas, atualmente não é apenas isso.
Muitos candidatos usam para estudo. São lives, videoaulas, apostilas, métodos de estudo, de forma paga ou gratuita, as redes sociais viraram aliadas. Mas, e se atrapalhar, o que fazer?
É claro que tudo em excesso ou sem controle pode fazer mal. E se não manter o foco, as redes sociais podem ser prejudiciais, mesmo que de forma leve.
Fernando Mesquita comenta que a capacidade de concentração tem a ver com dois elementos: o bloqueio de estímulos e o desenvolvimento de sua capacidade de foco.
"O bloqueio dos elementos vai recair sobre notificações, chat de lives, abas de navegador abertas. Feche tudo que puder potencialmente te distrair e a qualidade dos seus estudos vai disparar. Se você puder legalmente baixar esse material para acesso posterior, sem internet, tanto melhor. O seu nível de aprendizado está diretamente ligado ao seu nível de atenção. Se sua atenção for fragmentada, seu aprendizado será fragmentado. Você não deve navegar na internet em busca de conteúdo. Deve ter claramente atribuído o tempo no seu planejamento para saber o que e como vai estudar e, encontrando aquela informação, concentrar-se ali pelo tempo da sua sessão de estudos. O desenvolvimento do foco, por sua vez, dar-se-á principalmente por meio da prática de meditação."
Como driblar as famosas 'notificações do celular'?
Quem nunca esteve vendo uma videoaula ou lendo uma página do livro e chegou aquela notificação enigmática que terminava com os famosos três pontinhos e você era obrigado a clicar para ver?
Pois é, isso acontece de forma recorrente. Ainda mais na vida de quem vai lendo e estudando no transporte público.
E como fazer para driblar essas notificações? O especialista relembra mais uma vez que o celular é uma ferramenta e que não pode ser um dominados das nossas vidas.
"Notificações são especialmente perniciosas, porque nos desviam completamente do foco. Imagine estar na direção do aplicativo do curso e receber uma notificação de mensagem do/da paquera. Nosso cérebro não vai nem pensar duas vezes em para onde correr. Minha sugestão é criar o hábito de deixar o celular no silencioso, habilitar apenas as notificações que forem essenciais (e 99% delas não são) e, se possível, manter o telefone em modo avião (sem pacote de dados, sem wifi). Isso cria alguns inconvenientes, mas às vezes são necessárias soluções radicais para alcançar o que queremos."
'Internet deu dados, mas não deu competência", diz Mesquita
O especialista comenta, ainda, que a internet é um bom aliado. Mas que não dá 100% o que o candidato precisa. Isso porque nem sempre basta usar por usar, mas saber como usar. E é isso que falta na ferramenta: pessoas que saibam manusear.
O estudo digital trouxe alguns benefícios como, por exemplo, nas questões de armazenamento e para encontrar mais informações para estudo na Web. Isso é mais que um fato.
Mas, e a competência ao candidato? É isso que Fernando Mesquita comenta:
"A internet deu dados e algumas informações, mas não deu competência ao candidato, ao estudante ou ao cidadão comum. Antes havia menos fontes, mas exatamente por serem curadas, pela existência de uma espécie de gatekeeper editorial (ampliando as ideias de David Manning White), a qualidade da informação decorrente tendia a ser melhor. Ou seja, embora fosse mais difícil ter acesso à informação, ela em geral era mais apurada."
No entanto, ele complementa ainda que essa situação reflete muito a necessidade de termos que viver em uma sociedade e um mundo onde as informações são extremamente rápidas e mudam a todo momento.
"Costumo dizer que o aluno tem que entender se tem mais tempo ou mais dinheiro. Se tiver mais tempo, corre em busca de materiais gratuitos, responsabilizando-se pela avaliação e pela atualização deles, sempre que necessário, afinal um erro em um assunto desatualizado pode custar a aprovação. O aluno que tem mais dinheiro do que tempo, por sua vez, terceiriza esse trabalho de atualização e avaliação para o curso, que se responsabiliza em fornecer não só um material adequado, mas também suporte para dirimir as dúvidas que surgirem."
Confira o material de preparação da Folha Dirigida e comece já os estudos para o concurso!