Fake News: Ministério desmente suspensão de aposentaria devido à quarentena

Segundo o boato, idosos que não ficarem em casa, terão benefício suspenso

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Publicado em:20/03/2020 às 14:30
Atualizado em:20/03/2020 às 14:30

Circula um boato nas redes sociais dizendo que a Medida Provisória (MP) nº 922 vai suspender a aposentadoria de idosos que estiverem fora de casa durante período de quarentena do novo Coronavírus. A mensagem ainda diz que filhos e netos do infrator, que tenham mais de 18 anos, serão responsabilizados com multa de R$1.045.

O texto está em uma arte que simula a identidade visual do governo federal. A mensagem falsa diz que as medidas são para assegurar a saúde da população em meio à pandemia do novo coronavírus. 

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A primeira mentira está no fato de a MP 922 não ser de 18 de março de 2020, conforme diz a mensagem, mas de 28 de fevereiro. Outra questão é que a medida sobre a contratação temporária de servidores civis federais aposentado, e não faz nenhuma menção ao isolamento do Covid-19.

O boato foi desmentido pelo Ministério da Economia:

"está sendo divulgada nas redes sociais a informação FALSA de que idosos terão a aposentadoria suspensa se estiverem fora de casa. Recomendamos o isolamento, principalmente para pessoas em grupos de risco, mas não existe essa determinação", diz publicação no twitter.

O Ministério pede para que as pessoas busquem "fontes oficiais para se informar e verifique a veracidade antes de compartilhar qualquer conteúdo". As medidas tomadas pelo governo em relação ao Coronavírus estão disponíveis no portal da Economia.

 

Ministério da Economia desmente boato sobre suspensão da aposentadoria
(Foto: Divulgação)

 

Coronavírus: Paulo Guedes anuncia programa para socorrer a Economia

Em entrevista coletiva, realizada nesta segunda-feira, 16, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a injeção de R$ 147,3 bilhões na Economia para frear os efeitos catastróficos que a pandemia do Coronavírus (Covid-19) vem causando ao país, entre eles a desaceleração da economia.

Segundo o ministro, o programa emergencial, que terá duração de três meses, se baseia na preocupação com a saúde e o emprego

Desse valor anunciado, uma parte vai para os mais vulneráveis à doença - como os idosos; a segunda parte para a manutenção dos empregos; e a terceira, para a saúde, que será utilizada em políticas de combate à pandemia.

"A preocupação é saúde e emprego, os mais vulneráveis e a manutenção do emprego", disse o ministro em referência à fala do presidente Bolsonaro. Entre as medidas adotadas pelo Governo no plano emergencial estão:

  • O adiantamento do 13º para o meses de abril e maio para aposentados e pensionistas;
  • O não recolhimento do pagamento do FGTS pelas empresas durante três meses;
  • O não recolhimento do Simples, durante três meses, para as pequenas e micro empresas;
  • Suspensão de 50% dos impostos repassados ao 'Sistema S' por um trimestre; e
  • Abertura de linhas de créditos nos bancos públicos.

A expectativa é de que, após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, o programa seja ampliado para outras áreas afetadas. Confiante quanto à superação do momento que o país vive, Paulo Guedes ressaltou:

"Não podemos nos entregar ao pânico e à política de derrotismo", afirmando que a nossa economia tem uma dinâmica diferente dos países mais desenvolvidos.

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