Governo estuda medidas para atender demandas do setor de serviços

Para atender a pedidos de empresários do setor de serviços, principalmente de bares e restaurantes, o Governo Federal já estuda alternativas para renovação do programa de redução de jornada e salário ou suspensão de contratos no setor. De acordo com o governo esse foi um dos fatores que ajudarão a preservar empregos durante a pandemia do novo Coronavírus.

Nos últimos meses, o setor de serviços vinha reestabelecendo suas atividades. Mas, com o aumento dos casos em todo o país e a nova variante, alguns estados já estão trabalhando com políticas restritivas para frear os avanços da Covid-19. Como no caso de São Paulo, em que bares e restaurantes só podem funcionar até as 20h.

O programa de redução de jornada e salário foi anunciado em abril do ano passado. O objetivo era, justamente, evitar um aumento na taxa de desemprego por conta da pandemia de Covid-19. Para garantir a manutenção dos empregos, o governo arcou com uma parte do pagamento dos trabalhadores, nos casos em que houve redução de salário.

Já os funcionários que tiveram os contratos suspensos receberam o seguro-desempego. A validade do programa foi encerrada no dia 31 de dezembro.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, o governo avalia que não há orçamento disponível para repetir o mesmo modelo. Desta vez, a ideia é que a redução de jornada e salário seja feita sem a complementação de renda por parte do governo.

Agora, se houver suspensão temporária do contrato de trabalho, pelo prazo máximo de cinco meses, os empregados poderão receber como pagamento parcelas do seguro-desemprego, no valor máximo de R$ 1.900. Os recursos para o pagamento seriam oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Leia também: Brasil gera mais de 142 mil empregos formais em 2020, diz Caged

Presidente criticou medidas adotas contra a Covid-19 em SP e MG

O presidente Jair Bolsonaro esteve presente no Ministério da Economia para reunião com o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, e membros da equipe econômica, liderada por Paulo Guedes, para discutir o assunto. O encontro ocorreu na última quarta-feira, dia 27.

De acordo com a nota publicada no site da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), nos próximos 15 dias, o governo apresentará uma solução para a demanda.

“São medidas que vão ser estudadas nos próximos dias, que com toda certeza daqui no máximo 15 dias isso se concretizará para atender o setor”, disse Bolsonaro.

► Fique por dentro de todas as novidades sobre o mercado de trabalho

Na ocasião, o presidente ainda criticou as medidas adotadas pelos estados de São Paulo e Minas Gerais para o enfrentamento da pandemia:

“Tem um Estado que ao fechar tudo a partir das 20h e sábado e domingo, também, atinge diretamente atinge o coração de garçons, donos de bares e de eventos, bem como o mesmo problema está acontecendo na capital BH (Belo Horizonte). Não podemos botar na ruas 6 milhões de pessoas que ficariam prejudicadas com as medidas ora adotadas pelo Estado de São Paulo e pela capital de Minas Gerais”, reforçou.