Governo prorroga auxílio emergencial de R$600 por dois meses
Beneficiários receberão os recursos referentes aos meses de julho e agosto
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Publicado em:01/07/2020 às 06:12
Atualizado em:01/07/2020 às 06:12
O auxílio emergencial do governo federal foi prorrogado por dois meses. Com a prorrogação, os beneficiários inscritos até o dia 2 julho, data limite para solicitar o auxílio, receberão R$600 no mês de julho e R$600 no mês de agosto.
O decreto foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em cerimônia realizada na tarde da última terça-feira, 30, no Palácio do Planalto. Para o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, ao estender o auxílio, o Governo Federal reafirma seu compromisso com os mais vulneráveis.
"O presidente está garantindo a continuidade, por mais dois meses, de um programa que foi essa grande rede de proteção e permitiu, junto com o BEm, que é o benefício emergencial para aqueles que têm contrato de trabalho, que nós preservássemos mais de 10 milhões de empregos formais e, ao mesmo tempo, estendêssemos essa rede de proteção a 65 milhões de brasileiros."
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o auxílio emergencial não foi criado apenas para deixar a economia funcionando, mas também para dar sustento aos mais vulneráveis.
"Nós sabemos que R$600 é muito pouco, mas para quem não tem nada isso é muito. Esse trabalho, essa maneira de buscar recursos no momento em que a Pátria precisava para atender os mais necessitados é o que faz com que nós nos orgulhemos de poder ajudar esses necessitados."
De acordo com o Ministério da Cidadania, até o final de junho o auxílio emergencial já havia alcançado o número de 65 milhões de pessoas beneficiadas, o que representa mais de R$100 bilhões de créditos transferidos. A estimativa é que, com as novas parcelas, o valor total repassado diretamente à população seja de mais de R$200 bilhões.
Governo prorroga auxílio emergencial por dois meses
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Em maio, desemprego sobe e atinge 12,7 milhões de pessoas
O IBGE divulgou nesta terça-feira, 30, novos dados sobre o desemprego no Brasil, por meio da PNAD Contínua - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. De acordo com o levantamento, a taxa de desocupação cresceu 1,2 ponto percentual.
Os números são do trimestre móvel encerrado em maio de 2020, em comparação ao mesmo trimestre de 2019. A população desocupada atingiu o número de 12,7 milhões de pessoas.
Ainda de acordo com o IBGE, o percentual de pessoas ocupadas na população com idade de trabalhar chegou a 49,5%. Pela primeira vez, desde o início da PNAD Contínua, em 2012, menos da metade dos jovens nesse grupo está ocupada.
Na prática, são 368 mil pessoas a mais procurando trabalho, em relação ao trimestre anterior. De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, os trabalhadores informais são os mais atingidos.
“É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais.”
Os trabalhadores informais somam os profissionais sem carteira assinada (empregados do setor privado e trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e sem remuneração.
O número de empregados no setor privado sem carteira assinada, informa o IBGE, caiu 20,8%. Já os trabalhadores por conta própria diminuíram em 8,4%, ou seja, 2,1 milhões de pessoas.
Com isso, a taxa de informalidade caiu de 40,6% para 37,6%, sendo a menor desde 2016, quando o indicador passou a ser produzido. Mas essa queda não é exatamente positiva, explica a pesquisadora:
“Numericamente nós temos uma queda da informalidade, mas isso não necessariamente é um bom sinal. Significa que essas pessoas estão perdendo ocupação e não estão se inserindo em outro emprego. Estão ficando fora da força de trabalho.”