Ministro da Economia também anuncia criação de programa de renda mínima
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Publicado em:09/06/2020 às 10:30
Atualizado em:09/06/2020 às 10:30
Em reunião do Conselho de Governo, no Palácio do Alvorada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 9, que irá criar um programa para estimular a geração de empregos formais no país. Segundo ele, o projeto terá como base a retomada da Carteira Verde e Amarela.
“Aprendemos durante toda essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho”, disse Guedes durante reunião ministerial coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro.
O Contrato Verde e Amarelo foi criado em novembro de 2019 através da Medida Provisória 905. E, tinha como objetivo fortalecer o acesso de jovens, com idade entre 18 e 29 anos, ao mercado de trabalho. Por não ter sido aprovado pelo Congresso antes de perder a validade, a MP foi extinta.
“Há regimes onde têm muitos direitos e pouquíssimos empregos e há 40 milhões de brasileiros andando pelas ruas sem carteira assinada. Só que agora nós sabemos quem eles são e vamos formalizar esse pessoal todo”, ressaltou o ministro.
Conforme dados do Ministério da Economia, divulgados nesta terça-feira, os pedidos de seguro-desemprego cresceram 53% em maio, comparado ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 960.258 solicitações, o que já é considerada uma marca histórica.
Entre os principais solicitantes, estão os homens (58,7%), pessoas de idade de 30 a 39 anos (32,3%) e com ensino médio completo (61,4%). Este quase 1 milhão de pedidos nada mais é que um dos impactos da crise econômica provocada pela pandemia do novo Coronavírus.
Já entre os meses de janeiro e maio, foram 3.297.396 pedidos de seguro-desemprego, representando alta de 12,4% em relação a 2019.
Em maio, houve quase 1 milhão de pedidos de seguro-desemprego
(Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
Ministro anuncia programa de renda mínima
Na ocasião, o ministro anunciou ainda, que, após pandemia do novo Coronavírus, o governo federal criará um programa de renda mínima permanente já batizado de Renda Brasil, que consistirá na unificação de vários programas sociais.
Os 38 milhões de beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600, pago em três parcelas aos trabalhadores informais, MEIs, desempregados, mães solteiras e profissionais autônomos, que perderam renda em razão da pandemia, deverão ser incluídos.
Ministro reafirma novas parcelas do auxilio emergencial
Paulo Guedes confirmou ainda que o auxílio emergencial será prorrogado por mais dois meses, conforme já havia sido anunciado por Bolsonaro e que, durante esse tempo, o setor produtivo pode se preparar para retomar as atividades, com a adoção de protocolos de segurança.
“E depois [a economia] entra em fase de decolar novamente, atravessando as duas ondas [da pandemia e do desemprego]”, disse.