Avanço tecnológico traz desafios para jovens no mercado de trabalho
Com o avanço tecnológico, homens e máquinas devem dividir cada vez mais tarefas no mercado de trabalho, cenário desafiador para jovens. Entenda!
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Publicado em:30/12/2020 às 08:00
Atualizado em:30/12/2020 às 08:00
A ideia futurista de homens e máquinas dividindo tarefas em diferentes áreas da vida se faz cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. No mercado de trabalho não é diferente.
De acordo com a última pesquisa feita pelo Fórum Econômico Mundial sobre o Futuro do Trabalho até 2025, em cinco anos, funções consideradas redundantes diminuirão, de 15,4% para 9%.
Ou seja, profissões que podem ser facilmente substituídas pela tecnologia, como serviços de contabilidade, folha de pagamento, auditores, trabalhadores de fábricas e secretários administrativos e executivos.
“Os trabalhos mais processuais, como contabilidade e administração, irão continuar sofrendo com a competitividade entre as pessoas e a tecnologia. Por isso, é preciso mostrar que além da teoria e prática aprendida nas universidades, o profissional também sabe adequar seu trabalho ao meio tecnológico, podendo, por exemplo, trabalhar remotamente com contato limitado com clientes ou sua equipe”, destacou a headhunter internacional e CEO da Soul Factor, Erica Castelo.
Em contrapartida, as profissões emergentes apresentarão um crescimento de 5,7%, passando de 7,8% da força de trabalho para 13,5%. Com base nesses dados, a expectativa é que até 2025, 85 milhões de empregos sejam alterados por uma mudança na divisão de trabalho entre pessoas e tecnologia.
Estima-se, ainda, que novas profissões surjam, já adaptadas a essa divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos. Cerca de 97 milhões de novas funções podem surgir, em cerca de 15 setores estudados pelo relatório.
Profissões que exigem interação entre humanos continuarão em alta
Considerando o aumento da competitividade no mercado de trabalho, provocado pelas mudanças que estão por vir, é importante que os jovens entendam a necessidade de mudar a forma como encaram o mercado de trabalho.
"Por causa da queda da força de trabalho tradicional, é preciso que nos próximos anos as gerações se adequem logo no começo da sua graduação a condições mais tecnológicas e comportamentais esperadas pela era digital. Alguns cursos podem demorar para implementar a tecnologia em sua grade de estudo e, por isso, o próprio aluno deve ir atrás de atualizações por meio de cursos rápidos e complementares”, explicou Erica.
Para a próxima década, a expectativa é de que os jovens estejam atuando em ocupações totalmente novas. O estudo do Fórum Econômico Mundial apresentou, pela primeira vez, uma forma de medir e acompanhar o surgimento de um conjunto de novas profissões em toda a economia usando trabalho em tempo real e dados de mercado.
De acordo com os dados, cerca de 99 empregos que estão crescendo consistentemente em demanda. “Estes conjuntos de novos empregos serão voltados para funções novas de engenharia, computação em nuvem, desenvolvimento de produtos e IA”, comentou a headhunter.
Apesar dos avanços no setor de Tecnologia, muitas atividades ainda mostram a importância contínua da interação humana na nova economia.
“Marketing, vendas e produção de conteúdo. Além de ocupações que precisam de aptidão para compreender, pensar criticamente e estar confortável trabalhar com diferentes tipos de pessoas de diferentes tipos”, ressaltou Erica.