Martha Rocha defende propostas para turismo e economia criativa

Candidata à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PDT, Martha Rocha fala sobre suas propostas acerca do tema empregabilidade. Confira!

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Publicado em:13/10/2020 às 12:00
Atualizado em:13/10/2020 às 12:00

O primeiro turno das Eleições 2020, que elegerá os prefeitos e vereadores que assumirão a gestão dos municípios brasileiros pelos próximos quatro anos, está marcado para o dia 15 de novembro. Caso haja necessidade de um segundo turno, esse ocorrerá no dia 29 do mesmo mês. 

Martha Rocha
Candidata Martha Rocha
(Foto: Divulgação)

Folha+ conversou com os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, que falaram sobre suas propostas acerca do tema empregabilidade. A primeira entrevista do Especial Eleições 2020 foi com a deputada estadual Martha Rocha, candidata pelo PDT. 

Martha Rocha construiu toda sua carreira no setor público. A candidata já atuou como professora, delegada da Polícia Civil — foi a primeira mulher a assumir um cargo de chefia no órgão — e atualmente está no seu segundo mandato como deputada estadual.

De acordo com Martha, sua experiência em gestão contribuirá para sua atuação na política. Moradora do bairro da Tijuca há 19 anos, a deputada revelou que percebe o quanto a população do Rio de Janeiro está entristecida com a cidade.

Um dos seus objetivos é traçar planos para que o Rio de Janeiro volte a ser considerada uma cidade boa para morar, estudar e fazer negócios. No entanto, a candidata entende que o grande desafio do futuro gestor será a adequação das finanças do município.

“Em 2019 terminamos o ano com R$4 bilhões de reais sem cobertura. Eu diria com um rombo de R$4 bilhões. O desafio que está colocado aí é um desafio grande e que vai precisar do gestor não só a capacidade de gestão, mas também de articulação, de trazer a sociedade para participar das decisões e de trazer formas de controle e transparência para essa decisão. Não será uma tarefa fácil para quem estiver sentado na cadeira de prefeito em 2021.”

Martha também pontuou que articular estratégias com os governos federal e estadual para ajudar o município a se recuperar da crise que enfrenta não será um problema.  

“Eu quero que a população da cidade perceba que o Rio de Janeiro é uma referência no nosso país. Se é bom para o Rio, é bom para o Brasil; se não é bom para o Rio, não pode ser bom para o Brasil. Nesse sentido, não tenho a menor dificuldade de me dirigir ao Governo do Estado e à Presidência da República, porque eu acho que a vida é feita de construções de pontes.”

Candidata pretende implementar um plano de desenvolvimento para a cidade

Se o Rio de Janeiro já enfrentava grandes desafios para o mercado de trabalho antes da pandemia do novo Coronavírus, após esse período, o problema se agravou ainda mais. Os trabalhadores do município foram um dos mais afetados com crise.

Martha Rocha destacou que sua primeira solução para esse problema será o estabelecimento de um plano de desenvolvimento para a cidade. Um dos seus principais projetos é a construção de Polo Industrial da Saúde.

“Hoje nós temos nessa cidade diversos institutos de pesquisa. Temos a Fundação Oswaldo Cruz, temos ali no Polo Industrial de Santa Cruz o início da discussão do polo com o Famanguinhos. Então, precisamos trabalhar com esse polo industrial da saúde, que é algo factível.”

Outro viés a ser trabalhado é a questão da economia criativa. A candidata defende que o Rio de Janeiro pode ser uma cidade boa para a instalação de startups.

enlightened Economia criativa: setor econômico formado por indústrias criativas. Ou seja, as que utilizam a criatividade como destaque para a criação de seus produtos/serviço. Incluem-se nesse grupo atividades relacionadas à moda, cultura, arquitetura, entre outras.

“Podemos trabalhar com a isenção fiscal, se assim for o caso, mas desde que ela reverta para postos de trabalhos. Se você vai autorizar a instalação de uma planta industrial, por exemplo, na Zona Oeste, é preciso que os empregos que possam surgir dessa planta industrial se revertam em postos de trabalho para aquela região”, exemplificou.

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Martha Rocha já pensa alternativas para fomentar o turismo

O fomento ao turismo ecológico também está nos planos da deputada. “Nós temos dois ativos indispensáveis na nossa cidade. Primeiro, a alegria do seu povo que é alegre, acolhedor e trabalhador. Depois são as belezas naturais.”

Segundo Martha, a pandemia obrigará a cidade a investir em um turismo mais reduzido. 

“Eu acho que o turismo vai ser diferente. Vai ser o turismo curto, voltado para a população nacional. O nosso grande desafio não é buscar o turista estrangeiro, claro que o turista estrangeiro é importante, mas é trazer de volta o brasileiro que ama a cidade do Rio de Janeiro”, opinou.

Por isso, também será importante fortalecer as cooperativas e os pequenos empreendimentos para atender a essa demanda. Além da industrialização da cidade.

 “Acho que a prefeitura tem que construir esse ambiente para que essas empresas retornem e outras empresas cheguem à nossa cidade”, defendeu.

Ainda em relação ao turismo, Martha ressaltou que é importante criar um calendário que mantenha as atividades turísticas na cidade de janeiro a janeiro.

“Essa cidade, depois do carioca, o que mais tem é o nosso querido povo nordestino. Por que não temos um evento de festa junina, que um dia possa competir com Campina Grande?”

Nesse sentido, também faz parte dos planos desburocratizar a realização de eventos no município. “Aquele que está trazendo investimentos para a cidade, não pode ser submetido a uma peregrinação de carimbos e protocolos de entrada.”

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Deputada defende projetos que envolvam inovação para jovens

Outra questão enfatizada durante a pandemia é a desigualdade social entre jovens de diferentes classes sociais, que se refletem no mercado de trabalho. 

Martha relembrou os dados de uma pesquisa do Conselho Nacional de Juventude, que afirmou que 30% dos jovens que estavam inscritos no Enem, provavelmente não fariam o exame quando for realizado.

"Porque o jovem tem a convicção de que não está preparado. E não passar no exame é um desgaste emocional tão grande, que talvez seja melhor tentar no ano seguinte”, pontuou.

Para alterar esse cenário e promover condições mais igualitárias, Martha Rocha pretende trabalhar com iniciativas que promovam modernidade e inovação. Um dos possíveis caminhos é fazer da cidade do Rio de Janeiro uma célula de investimento em games.

“Isso tem a cara do jovem. Hoje a televisão é o Youtube, o jornal é o Facebook, então nós temos que jogar para essa modernidade. Inserir o jovem em atividades de cultura na fotografia, na coreografia, na edição e fazer o fortalecimento do polo audiovisual.”