Como mentir no currículo pode afetar sua carreira? Descubra!
Especialista destacou principais mentiras encontradas em currículos por recrutadores
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Publicado em:02/07/2020 às 13:30
Atualizado em:02/07/2020 às 13:30
Um currículo atraente pode ser a porta de entrada para aquele emprego dos sonhos. Mas, será que vale a pena dar aquela inventada nas informações para deixar o currículo mais chamativo? Ao que tudo indica, a resposta é não. Especialistas alertam que os candidatos devem tomar cuidado ao colocar informações inverídicas no documento.
Lucas Oggiam, diretor da Page Personnel — empresa global de recrutamento especializado em profissionais de nível técnico e suporte à gestão —, revelou quais são as principais mentiras encontradas em currículos e como elas podem prejudicar a carreira do profissional. Entenda!
Segundo Oggiam, mentiras detectadas em currículos por recrutadores e empregadores podem abalar a reputação e imagem de um candidato. Além disso, esse fato pode comprometer a participação do profissional em futuros processos seletivos.
"Mentir no currículo é a pior escolha que um profissional pode fazer em sua carreira. Não há nada pior do que esse tipo de atitude. Ao escolher esse caminho, o profissional tem de estar ciente de que esse risco pode arruinar sua carreira e muitas vezes pode ser um caminho sem volta”, alertou o especialista.
Para ele, todo o trabalho realizado para construir uma carreira pode ser arruinado pela escolha de fraudar informações no currículo. O candidato ainda corre o risco de ficar conhecido no mercado por ter uma credibilidade duvidosa.
"A reputação desse profissional fica seriamente abalada e colocada em dúvida pelos recrutadores.”
Mentiras no currículo podem manchar reputação dos candidatos
(Foto: Pixabay)
Mentir no currículo traz prejuízos imediatos e de longo prazo
O consultor ainda destacou que esse tipo de atitude traz reflexos imediatos e futuros na carreia de um profissional:
"Quando um profissional participa de um processo seletivo e é descoberta uma mentira em seu currículo, esse candidato é eliminado automaticamente da seleção. E não é apenas desse processo que ele é eliminado. Ele acaba ficando com seu "nome sujo", incluído em uma espécie de lista negra. Isso é muito ruim para um profissional porque compromete sua participação em novos processos de seleção", explicou.
Mesmo que a informação falsa passe despercebida no processo seletivo, o funcionário ainda pode ser demitido se a mentira for descoberta posteriormente.
“É comum um empregador exigir de um funcionário as qualificações declaradas no currículo e reforçadas durante a entrevista. Agora se esse funcionário não foi sincero e notadamente não terá condições de desenvolver as atividades a que se propôs, certamente será demitido. Além de passar pelo constrangimento da situação, seu nome será deletado do banco de dados da companhia", disse Oggiam.
Saiba quais são as 3 mentiras mais encontradas em currículos
Lucas Oggiam aproveitou para listar quais são as três principais mentiras encontradas nos currículos analisados pela Page Personnel e que podem se repetir em outras empresas. Confira:
1 - Nível de idioma
Ter um segundo idioma faz diferença na hora de se candidatar a uma vaga, dependendo da função pretendida. Por isso, alguns candidatos consideram uma boa ideia forjar a fluência em outra língua.
"Os candidatos costumam inflar a fluência e domínio de uma língua. Isso é muito ruim porque conseguimos descobrir durante a entrevista. Não adianta dizer que é fluente num idioma porque as empresas precisam de profissionais capacitados e qualificados para essa tarefa. Quem não tiver essa aptidão, não passará no processo seletivo", orientou.
2 - Formação não concluída
Outro erro comum é citar no currículo cursos que foram iniciados, mas não concluídos. Muitos usam essa artimanha para fazer seu currículo parecer mais atraente aos olhos dos recrutadores. No entanto, há meios para detectar a veracidade dessas informações.
“Muitos fazem isso porque acham que é uma forma de dar um upgrade na sua formação. O que não sabem é que fazemos uma varredura em todas as informações declaradas no currículo e isso inclui a conclusão de cursos, sejam eles de graduação, extensão ou de qualificação", contou o diretor.
Outra prática mal vista entre os empregadores é a adulteração nas datas de admissão e desligamento nas empresas pelas quais o candidato passou anteriormente.
Oggiam explicou que muitos candidatos mentem nesse campo porque temem que sua passagem por uma empresa tenha sido muito rápida e essa informação pode comprometer sua candidatura.
Também é comum o caso de candidatos que manipulam o tempo de permanência entre uma empresa e outra, abreviando ao máximo esse intervalo. Nesse segundo caso, o intuito é mostrar que os profissionais não estão muito tempo afastados do mercado de trabalho.
“Não faça isto. O melhor é explicar durante a entrevista os reais motivos desse intervalo. A sinceridade é a competência mais valorizada que um candidato pode ter.”