Mondial compra a Sony e deve gerar mais de 400 empregos
A previsão é que sejam abertas mais de 200 vagas para o início da operação no novo endereço e mais 220 a partir do segundo semestre de 2021.
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Publicado em:07/12/2020 às 10:45
Atualizado em:07/12/2020 às 10:45
A Mondial, marca brasileira de eletrodomésticos portáteis, anunciou no último sábado, 5, a compra da unidade da Sony na Zona Franca de Manaus, no Amazonas. O comunicado de que a marca japonesa deixaria o Brasil já havia sido feito em setembro deste ano.
A aquisição inclui tanto o espaço quanto os equipamentos da Sony, que deixará o Brasil em março de 2021. As demais operações, que envolvem games, soluções profissionais, música e cinema, serão mantidas.
De acordo com matéria publicada na Folha de São Paulo, com a compra da planta, a Mondial pretende aumentar sua produção atual e também antecipar novas linhas e segmentos e produtos.
A fabricante brasileira assume o comando da fábrica da Zona Franca de Manaus a partir de 1º de fevereiro de 2021. Dentre os espaços que ficará sob gestão da Mondial estão:
estruturas produtivas;
laboratórios de análise;
salas de testes;
fabricação de moldes;
linhas de montagens;
warehouse; e demais instalações da Sony.
A aquisição inclui tanto o espaço quanto os equipamentos da Sony
na Zona Franca de Manaus, no Amazonas (Foto: Divulgação)
Nova aquisição da Mondial deve gerar mais de 400 empregos
A aquisição da Sony pela Mondial também deve gerar empregos para a região. Está prevista a abertura de mais de 200 vagas para o início da operação no novo endereço e mais 220 a partir do segundo semestre de 2021, época marcada para a produção das novas linhas.
Atualmente, a unidade da Mondial comporta 240 funcionários, que integram um total de 3.700 da empresa no Brasil. No pacote de expansão já foram investidos, desde o início do ano, R$60 milhões em inovação, além de ampliarem em 67% investimentos em marketing.
"A nova fábrica é só uma parte dos nossos planos, ainda em 2021, pretendemos complementar a linha de eletrodomésticos portáteis, aumentar o nosso market share em todos os segmentos de atuação e elevar a nacionalização de produção", afirma Giovanni Cardoso, co-fundador da Mondial, em entrevista ao Folha de São Paulo.
Sony está no Brasil há 48 anos
No Brasil há 48 anos, a Sony afirma que a saída do país se deve ao "recente ambiente do mercado" e que visa fortalecer a estrutura e a sustentabilidade de seus negócios para ter uma resposta mais rápida às mudanças no ambiente externo.
A planta da marca japonesa produzia aparelhos de som, som automotivo, reprodutores DVD e BluRay, TVs, câmeras digitais, filmadoras, sistemas de home theater, o console de Playstation 3 e projetores de vídeo.
Nos últimos anos, a empresa vinha perdendo espaço para as coreanas Samsung e LG por não conseguir adaptar seus produtos às tendências de mercado, principalmente voltados para conectividade, como aparelhos de som portátil com conexão via bluetooth e smart TVs.
De acordo com a Folha de São Paulo, outros fatores que contribuíram para a desaceleração da Sony foi a pandemia e a suspensão de eventos esportivos, que ajudam a alavancar as vendas de televisores.