Notícias que inspiram: de catador de latinha a grande empreendedor
Empresário Geraldo Rufino foi catador de latinha quando criança para ajudar a mãe, mas mudou de vida ao começar investir no próprio negócio.
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Publicado em:18/09/2020 às 18:00
Atualizado em:18/09/2020 às 18:00
Histórias que inspiram são excelentes conteúdos de valor, mas também motivacionais. Isso porque elas sempre trazem ensinamentos e exemplos de superação, de várias formas na vida.
Nesta semana, o 'Notícias que inspiram' da Folha+ trouxe a história do ex-catador de latinhas e atual empresário, Geraldo Rufino, que superou todas as principais dificuldades da vida.
Garaldo sempre foi apaixonado com empreendedorismo e tinha o sonho de um dia poder ter o próprio negócio. E diferente de como muitas pessoas agem, ele não enxergou nas dificuldades um motivo para desistir, mas fez delas sua força.
O atual dono da JR Diesel ainda conta e explica como deve funcionar a relação de empresa e cliente, trazendo a importância de, primeiramente, conquistá-lo como pessoa. Depois, ele vira cliente.
Ficou curioso para saber mais sobre a história de Geraldo? Então continue lendo!
Após perder a mãe, Geraldo destaca que é rico de valores
Geraldo Rufino contou a sua história ao Sebrae no dia do cliente e destacou as grandes superações de vida. Todavia, ele não gosta de dizer que era pobre, pois ele garante que sempre foi muito rico de valores, e isso muita das vezes bastava.
Ele foi criado na favela do Sapé, em São Paulo, e perdeu a sua mãe aos 7 anos de idade. Geraldo tinha ela como grande mentora no empreendedorismo.
Catador de latinhas quando criança, revela que começou a empreender no 'CNPJ de outro', fazendo referência a trabalhar por outra pessoa em uma empresa que não era sua de fato.
"Cheguei em São Paulo com 4 anos de idade e como não tínhamos onde morar, fomos viver em um barraco na favela. Mesmo assim, eu costumo dizer que nasci rico, porque desde pequeno eu aprendi a ter valores com a minha mãe, que foi minha principal mentora e que considero uma empreendedora, pois foi com ela que desenvolvi minha base para ter um comportamento empreendedor e de ter um propósito de ser solidário e cuidar dos outros."
O empresário conta que quando sua mãe faleceu ele já tinha boas referências e sabia como poderia mudar a sua atual situação de pobreza. Mas, isso dependeria do quanto estava disposto a trabalhar:
"Mas não tinha dinheiro, eu só fui conseguir quando comecei a empreender no CNPJ do outro aos 13 anos; quando comecei a trabalhar em uma empresa onde fiquei até os 30 anos. Eu considero essa como minha primeira fase empreendedora", revela.
Geraldo Rufuno é ex catador de latinhas e atual dono da JR Diesel
(Foto: Divulgação)
'As pessoas nascem com dom para tudo', diz Geraldo
Apaixonado pela segunda-feira, ele revela que desenvolveu essa proximidade com o dia da semana desde criança. Ele conta que sempre foi estimulado a agradecer o privilégio de mais um dia.
Geraldo comenta que as pessoas nascem com dom para tudo e todo mundo consegue ser luz com o poder do aprendizado.
"Todos nós possuímos a mesma capacidade mental, embora tenhamos nossas diferenças. Então, eu acredito que a capacidade de um pode ser alçada pelo outro, dependendo apenas de você copiar."
Falando em capacidade mental é que ele revela a sua mudança de vida após anos de experiência: virou empresário. " Uma coisa que eu falo é que Deus não sacaneia a gente", brinca Geraldo.
Ele conta que toda vez que vê um degrau pensa que o mesmo é formado por pedras que ele elas farão com que ele suba mais alto na vida. Enquanto que a maioria das pessoas olham para um degrau com medo e insegurança.
A partir daí, ele revela que as dificuldades da vida nunca o intimidaram. Segundo ele, as pessoas sempre diziam que seu primeiro emprego no CNPJ do outro não era para ele, que seus patrões eram racistas e entre outras coisas. Mas, ele não levava isso como desmotivação.
"Consegui dinheiro para ajudar meus irmãos com a compra de dois caminhões. Mas depois de os dois tombarem em acidentes, só sobraram as peças. Então, pegamos as peças para vender e pagar as dívidas que ainda tínhamos da compra dos veículos. Isso se transformou na maior empresa em reciclagem de peças da América Latina. As pessoas precisam entender que os problemas vão acontecer na vida inteira e a crise é o que serve para nos motivar. A crise é apenas uma mudança e é preciso perceber os movimentos e ficar de olho no cavalo que são as oportunidades que vão surgir no país."
Geraldo ainda termina dizendo que não há falência que o preocupa, pois a riqueza de valores e a possibilidade de se fortalecer para um recomeço são sempre maiores.
"Quando chegou na fase da falência, é muito importante enxergar que você nunca fracassou, mas apenas ficou sem dinheiro. É preciso pegar essa base de valores e com humildade recomeçar com propósito."
Para ele, que começou a empreender após os 50 anos, conta que foi a mesma coisa se tivesse começado aos 10, sem diferença, apenas mais experiente.
"Empreender é você assumir a posição de locomotiva, de arrastar alguma coisa, compartilhando, impactando a vida de mais alguém, fazendo a diferença do meio que você vive. Então, você assume um papel de gerador de oportunidade em uma primeira fase. Depois defina qual é o seu propósito e faça o simples que é copiar algo que deu certo para alguém. Não existe idade para começar ou recomeçar. É preciso atitude, vontade de fazer e saber onde você quer chegar."
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E aí, o que achou da história de Geraldo? Você conhece alguma outra que merece destaque e possa ser contada aqui na Folha+?
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