Pandemia trouxe novo olhar para o ensino a distância no país

Antes questionado pelo seu modelo de ensino, o EAD ganhou novos olhos na pandemia e virou destaque. Veja!

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Publicado em:04/12/2020 às 09:00
Atualizado em:04/12/2020 às 09:00

Já é de conhecimento de todos o quanto o ensino a distância tem crescido no país. Tudo isso muito por conta dos avanços das novas tecnologias.

Mas, em 2020, um novo fator foi determinante para que a imagem do ensino a distância fosse transformada - e readaptada: a pandemia do novo Coronavírus.

E o que será que tem gerado essa grande transformação e crescimento da modalidade? Todos os envolvidos neste novo processo são, de fato, beneficiados?

A pergunta que não quer calar: essa é uma proposta inclusiva e que abrange a todos os indivíduos? A Folha+ te responde a essas e algumas outras perguntas a seguir. Vem com a gente!

 

Ensino a distância cresce no país e traz reflexo positivo
(Foto: Pixabay)

 

Ensino a distância trouxe um reflexo positivo para as novas mudanças

Para muitos, o ensino a distância era visto, anteriormente, como uma opção bem menos eficiente do que presencial. Mas, aos poucos, o seu reflexo se tornou bem mais positivo.

Isso se dá, também, muito em função da flexibilidade que o ensino remoto tem, quanto a horário disponível para estudar, além de materiais mais acessíveis e custo benefício.

E este foi um dos principais motivos de questionamento ao longo dos anos, já que o ensino a distância dispensa a presença do aluno no campus. Com isso, questionavam a sua eficácia também.

No entanto, muitas dúvidas em relação ao modelo de ensino remoto acabam surgindo:

  • por falta de conhecimento;
  • falta de experimentação; e
  • resistência à inovação.

E, foi a partir da pandemia, que começou-se a perceber todos os benefícios desse modelo e como eram precipitadas as avaliações feitas em cima deste cenário. Permitindo, portanto, um novo olhar sobre o ensino EaD ao perceber a sua eficiência.

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Diretor da Facens diz que recursos ajudaram experiência EAD na pandemia

Para Luciano Freire, diretor de pós-graduação e Educação a Distância do Centro Universitário Facens, no cenário da pandemia, as instituições que tiveram sucesso foram aquelas que repensaram o modelo de ensino para além do modelo "tradicional" de EaD.

E, segundo ele, estas puderam contar com a ajuda de recursos e diversas metodologias para que a experiência EaD na pandemia fosse a melhor possível.

Entre eles, cita o uso de metodologias ativas, simuladores, vídeos de experimentos, jogos, entre outros recursos, visando prover no ambiente virtual uma experiência tão próxima ou até melhor que a vivenciada no modelo presencial.

"Isto abriu para os alunos, e também aos professores, um universo repleto de novas possibilidades, no qual a interação com o colega e com o professor ocorre de forma diferente, mas é complementada por uma série de ferramentas que tornam a experiência mais rica, como no caso o uso de Simuladores Virtuais para discussão sobre casos práticos. Durante este processo de adaptação e experimentação, o aluno percebeu que o ensino na modalidade EaD pode ser muito interessante e eficaz", diz Luciano.

Ingresso de alunos no EAD tem crescido nos últimos anos

E o que ajuda ainda mais a evolução do ensino a distância é o seu crescimento. Os alunos têm aderido cada vez mais a essa modalidade, tornando ela mais buscada e intensa.

Com isso, é possível que seja vista cada vez mais com bons olhos e haja uma adaptação maior para todos os públicos. Até porque, ainda não é possível contemplar todas as classes em função da necessidade da tecnologia.

Inclusive, esse foi um fator muito discutido durante a pandemia: como alunos de baixa renda teriam acesso às aulas sem um computador em casa? Ainda sim é preciso ajuda das autoridades para que o ensino a distância possa ser uma prioridade de incentivo e inclusão.

De acordo com o INEP/MEC, o número de ingressantes nestes cursos dobrou no período de 2008 a 2018, atingindo cerca de 1.3 milhão de alunos no EaD. Este número representa 40% do total de estudantes em cursos de graduação em 2018. A expectativa é que a quantidade de matrículas nesta modalidade continue crescendo nos próximos anos.
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