Regulamentação da Polícia Penal Federal é enviada ao Congresso
Governo Federal envia ao Congresso Nacional o Projeto de Lei (PL), para regulamentação da Polícia Penal Federal. Entenda!
Autor:Bruna Somma
Publicado em:11/04/2024 às 17:25
Atualizado em:12/04/2024 às 08:54
A Presidência da República encaminhou ao Congresso Nacional na quarta-feira, 10, o Projeto de Lei (PL), que cria e regulamenta a Polícia Penal Federal. Agora, o texto será analisado pelos parlamentares.
O acordo garante a recomposição salarial, o reconhecimento do nível superior para ingresso na carreira e a transformação do cargo de agente federal de execução penal em policial penal federal.
Para que o acordo entre em vigor, é necessário que o Congresso Nacional delibere os pontos por meio do projeto de lei.
Projeto prevê regulamentação da Polícia Penal Federal
(Foto: SENAPPEN)
A regulamentação vinha sendo cobrada, incisivamente, pela Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (FENAPPF), sobretudo após a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal terem garantido suas respectivas reestruturações.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) também intermediou as negociações.
A Polícia Penal foi criada em 2019, mas ainda precisava de uma regulamentação da carreira em nível nacional.
Carreira exigirá nível superior e terá reajuste salarial
O acordo fechado com o Governo Federal prevê que a carreira de policial penal federal tenha o nível superior como requisito para futuros concursos públicos.
No último concurso para os então agentes federais de execução penal, realizado em 2020, foi exigido o nível médio.
Apesar da mudança de escolaridade, ficou mantida a exigência da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), categoria B ou superior, para ingresso na carreira.
Outra conquista assegurada é a recomposição salarial. A categoria terá uma média de aumento de salários de mais de 60%.
De acordo com o MGI, o salário final passará de cerca de R$13 mil para R$20 mil.
Os valores do reajuste serão divididos em três parcelas, em 2024, 2025 e 2026, a depender da classe que o servidor estiver.
Governo autoriza nomeação de 90 excedentes no último concurso
No dia 5 de abril, o Governo Federal autorizou a nomeação de 76 excedentes do último concurso para o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), atualmente chamado de Senappen.
A autorização foi concedida pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Ao todo, foram autorizadas as seguintes nomeações adicionais:
73 aprovados para o cargo de agente federal de execução penal (atual policial penal federal); e
três para especialista federal em assistência à execução penal.
A nomeação dos excedentes foi solicitada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, após a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, também reconheceu a necessidade e evidenciou a possibilidade de convocar policiais penais federais aprovados no último concurso.
Último concurso foi prorrogado até 2026
Em março, foi publicada a portaria que prorrogou a validade do concurso por mais dois anos. Desta forma, a seleção segue vigente até 2026.
A portaria foi publicada e assinada pelo secretário nacional de Políticas Penais, André de Albuquerque Garcia.
A oferta do último concurso foi de 309 vagas imediatas, sendo 294 para a antiga carreira de agente federal de execução penal (atual policial penal federal) e 15 para especialista.
Os candidatos foram avaliados pelas seguintes etapas: prova objetiva; discursiva; exame de aptidão física; avaliação médica; avaliação psicológica; e investigação social.
Todas as fases foram aplicadas nas 26 capitais brasileiras e nos municípios de Catanduvas PR e Mossoró RN.
Para os agentes, foram cobrados:
30 itens de Conhecimentos Básicos (Língua Portuguesa, Ética no Serviço Público, Raciocínio Lógico, Informática);
50 de Conhecimentos Específicos (Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Penal, Noções de Direito Processual Penal, Noções de Humanos e Participação Social, Legislação Especial); e
40 de Conhecimentos Complementares (Execução Penal e Departamento Penitenciário Nacional).
Já para especialistas, os exames contaram com:
40 questões de Conhecimentos Básicos (Língua Portuguesa, Ética no Serviço Público, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direitos Humanos e Participação Social);
50 de Conhecimentos Específicos (variáveis em cada especialidade); e
30 de Conhecimentos Complementares (Execução Penal e Departamento Penitenciário Nacional).
A prova discursiva, por sua vez, foi um texto dissertativo de até 30 linhas sobre Atualidades.
No vídeo abaixo, tire dúvidas sobre os concursos policiais: