Pronampe ou FGI: qual a melhor opção de crédito para empreendedores?
Donos de micro e pequenas empresas precisam estar atentos às melhores condições de crédito para seu negócio
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Publicado em:25/08/2020 às 10:05
Atualizado em:25/08/2020 às 10:05
Na última semana, o governo federal aprovou um novo aporte de R$12 bilhões para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). No entanto, muitas empresas ainda encontram dificuldades na hora da contratação e também não sabem se esta é a solução ideal para seus negócios.
Para Adilson Seixas, sócio e fundador da Loara, especializada em crédito para empresas, a tomada de crédito é um decisão muito relevante, sendo necessário informações para essa opção e acompanhamento dos movimentos do governo e do mercado bancário.
"Monitoramos diariamente o mercado financeiro para entender a política comercial e o calendário de cada uma das instituições. O tipo de negócio pelo qual cada banco tem interesse também é relevante para oferecer a melhor solução em crédito ao cliente", explica.
Segundo Carlos Ponce, sócio da Loara, muitas vezes o empresário acredita que o Pronampe é a saída. No entanto, outras soluções que se encaixam melhor no negócio e estejam dentro das garantias que ele poderá oferecer podem ser identificadas. "Podemos mostrar para o cliente mais de 150 soluções de crédito nos mais variados bancos", ressalta Ponce.
Um exemplo disso é o Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), outra linha de crédito para empresas disponibilizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja taxa de juros é menos atraente, porém com prazo mais longo, redução de garantias e sem ECG. A Loara prevê captar, em 2020, R$240 milhões em crédito para empresas.
"Como conhecemos as políticas comerciais dos bancos e suas exigências, analisamos a necessidade de cada empresa, estudamos as opções do mercado, agilizamos e facilitamos o relacionamento entre o banco e o cliente, decisivos para reduzir custos da empresa neste período de crise. Usamos a inteligência do crédito a favor do cliente.", acrescenta Seixas.
Diferentemente do trabalho das fintechs, a Loara desenvolve soluções customizadas e busca a instituições financeiras mais adequada para cada negócio. A empresa, conclui Seixas, "não tem exclusividade com nenhum banco, o que faz com que os especialistas busquem as melhores condições, baseados no conhecimento sobre as linhas de crédito liberadas, bem como os bancos que as negociam".
A tomada de crédito é um decisão muito relevante para qualquer empresa
(Foto: Pixabay)
Depois do Pronampe, Banco Itaú foca em outras linhas de crédito
Apesar de ter feito da primeira remessa do Pronampe, o Banco Itaú não entrou na segunda onda do programa. De acordo com a Assessoria de Imprensa da instituição financeira, o banco está focado em outras linhas como o FGI e o Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE).
"Estamos analisando todas as linhas de governo aprovadas e já estamos em fase final de implementação para concessão de mais R$16 bilhões entre linhas dos programas FGI e CGPE, triplicando o montante já desembolsado pelo banco em programas de governo até o momento."
É importante ressaltar que, desde o começo da crise, o Itaú já concedeu cerca de R$97 bilhões a pessoas físicas e empresas em novos créditos com recursos próprios, além de flexibilizar condições de pagamento de cerca de R$52 bilhões dentro do Programa Travessia, beneficiando já mais de 2 milhões de clientes.
"Especificamente sobre o Pronampe, o Itaú foi o pioneiro dentre os bancos privados a disponibilizar a linha, concedendo R$3,6 bilhões a 36 mil empresas. Este volume representou 19% dos recursos disponibilizados como um todo pelo programa e 65% do valor liberado de todas as instituições privadas. O Itaú foi o único banco a oferecer uma jornada de contratação 100% remota, permitindo que os clientes contratassem os empréstimos sem ter que se deslocar às agências."