Aos estudantes que sonham em se tornar um servidor público e dar o primeiro passo na carreira no Tribunal de Justiça de São Paulo, a redação é um ponto-chave na preparação.
A inclusão da prova de redação no concurso TJ SP para escrevente pode parecer um desafio, mas, na visão do professor João Bolognesi, do Qconcursos, é uma "novidade muito adequada".
Para ele, o ato de escrever deveria ser algo "rotineiro dos concursos".
A boa notícia para os concurseiros iniciantes é que a Vunesp, banca organizadora da seleção, segue um padrão em suas provas, incluindo as de vestibular. Isso significa que é possível se preparar com base em um vasto histórico de temas já cobrados.
Em sua análise, o professor identificou que a tecnologia é o tema mais recorrente nas propostas. Além disso, questões sobre problemas urbanos e meio ambiente também são frequentes.
Para ter sucesso na redação do TJ SP, a preparação deve focar não apenas na técnica, mas na construção de repertório.
É impossível produzir argumentação sem informação".
A prova de redação, que é eliminatória e não classificatória , exige um posicionamento claro e argumentos que o sustentem. A meta é alcançar, no mínimo, 20 dos 40 pontos possíveis.
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Para auxiliar na preparação, o professor orienta que os candidatos se baseiem em provas anteriores da Vunesp, banca organizadora. Isso porque, embora haja escassez de provas de concurso com redação, há uma grande proximidade entre as provas de vestibular e as de concurso, o que torna o material de vestibular uma fonte de estudo valiosa.
Ao analisar provas anteriores, o professor João Bolognesi identificou alguns eixos temáticos recorrentes. E conforme visão do professor, os temas da Vunesp são bastante atuais e "frescos".
Os candidatos devem ficar atentos às notícias do cotidiano, pois a banca "pega notícias que ocorrem ao nosso tempo e transformam numa proposta redacional".
A seguir, uma lista de temas de redação que já foram abordados em provas anteriores da banca, organizados por eixos temáticos:
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O professor enfatiza que "é impossível produzir argumentação sem informação". Por isso, a coleta de informações e a organização do repertório são essenciais.
As propostas de redação vêm com muitos textos motivadores. No entanto, a banca não quer que o candidato copie ou parafraseie esses textos, pois o texto deve ter autonomia.
A banca deixa claro que "redações compostas predominantemente por cópia desses textos receberão nota zero".
A redação do TJ SP é uma dissertação argumentativa de até 30 linhas, com foco em uma tese, que precisa ser defendida com argumentos.
A banca avalia como o candidato sustenta a sua tese e organiza sua argumentação. É "imprescindível que haja um posicionamento e defesa de um ponto de vista".
Além disso, a Vunesp não quer o uso da primeira pessoa do singular ("Eu penso") nem do plural majestático ("Nós acreditamos"). O título não é avaliado de maneira nenhuma.
O professor reforça que a redação no concurso do TJ SP é um elemento eliminatório, não classificatório. O candidato precisa ter uma nota igual ou superior a 20 pontos de um total de 40 para não ser eliminado.
Essa condição permite que os candidatos tenham mais "calma" e "controle", pois o foco principal deve ser a prova objetiva.
"A prova objetiva, ela tem que estar ali com toda a atenção do mundo". "Ela é o fator decisivo para que você tenha oportunidade de corrigir".
Portanto, a preparação para a redação deve ser "extremamente técnica naquilo que se deve fazer em relação ao estilo da banca".
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ SP) publicou o edital do aguardado concurso para escrevente técnico judiciário, uma das carreiras de nível médio mais concorridas do país.
O cargo oferece salário inicial de R$6.345,94, composto pelo vencimento básico e benefícios, como auxílio-alimentação e auxílio-saúde.
As inscrições já estão abertas e podem ser feitas entre 13 de agosto e 22 de setembro de 2025, exclusivamente no site da Fundação Vunesp, banca organizadora. A taxa custa R$81.
O prazo para quitação vai até o dia 23 de setembro de 2025, sendo o boleto bancário gerado automaticamente no sistema da Vunesp após o preenchimento da inscrição online.
Vale destacar que a inscrição só é confirmada após o registro do pagamento. Portanto, recomenda-se não deixar para a última hora, evitando contratempos com o sistema bancário.
Embora o edital não preveja vagas imediatas, o concurso servirá para a formação de um cadastro de reserva, que será utilizado pelo TJ SP durante sua validade de até dois anos, prorrogável por igual período.
Isso significa que os candidatos classificados poderão ser convocados de acordo com a necessidade do tribunal ao longo do tempo.
Desta forma, a possibilidade de pagar metade da taxa de inscrição é uma medida que amplia a participação e garante maior acessibilidade ao concurso.
Estudantes, trabalhadores de baixa renda e pessoas em situação de desemprego terão a oportunidade de disputar uma das carreiras mais desejadas do Judiciário paulista, conhecida pela estabilidade, remuneração atrativa e chances de crescimento profissional.
Para concorrer ao cargo de escrevente do Tribunal de Justiça de São Paulo, é necessário ter o nível médio completo, sem exigência de experiência ou outros requisitos adicionais.
O cargo de escrevente técnico judiciário oferece salário inicial de R$6.043,54, valor que já inclui vencimentos e gratificação judiciária.
Além disso, os servidores recebem auxílio-transporte e diversos benefícios, como auxílio-alimentação e saúde, o que pode elevar a remuneração final.
A jornada de trabalho é de 40 horas sob regime estatutário, que garante estabilidade após o estágio probatório.
No novo edital, o TJ SP não prevê vagas imediatas, formando apenas cadastro de reserva. As convocações de aprovados ocorrerão durante o prazo de validade do concurso, que será de um ano, prorrogável por igual período.
O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou que o concurso para escrevente técnico judiciário terá duas etapas, mas não contará mais com a tradicional prova prática de digitação.
A seleção será composta por:
As duas avaliações ocorrerão no mesmo dia, 7 de dezembro, no turno da manhã, com duração total de cinco horas.
Um detalhe que gerou comentários entre os candidatos é a coincidência de datas: a prova do TJ SP será aplicada no mesmo dia da etapa discursiva do Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2025, que nesta edição está dividido em duas fases.
O exame contará com 70 questões de múltipla escolha, cada uma com cinco alternativas, distribuídas em três blocos de disciplinas.
► Bloco I: Língua Portuguesa: 16 questões;
► Bloco II: Conhecimentos em Direito: 30 questões (Direito Penal, Processual Penal, Processual Civil, Constitucional, Administrativo e Legislação Interna)
► Bloco III: Conhecimentos Gerais: 24 questões, sendo:
Para ser habilitado na prova objetiva, o candidato deverá obter pelo menos 50% da pontuação total e alcançar o mínimo de acertos exigido nos blocos I e II (eliminatórios). O bloco III terá apenas caráter classificatório.
Na segunda etapa, será aplicada uma prova discursiva, que consistirá na produção de um texto dissertativo-argumentativo, com base em textos de apoio. A redação valerá 40 pontos.
