Secretário descarta privatizar Petrobras, Caixa e Banco do Brasil
O secretário especial de Desestatização da Economia, Salim Mattar, voltou a negar a privatização da Petrobras, Caixa e Banco do Brasil.
Autor:
Publicado em:18/02/2020 às 14:00
Atualizado em:18/02/2020 às 14:00
O secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, voltou a falar nesta terça-feira, 18, sobre as estatais que serão privatizadas pelo Governo Federal. Segundo ele, Petrobras, Caixa Econômica e Banco do Brasil não estão nos planos de privatização.
"Temos um universo de empresas. No site do Ministério da Fazenda, há 698 ativos empresariais listados. Com certeza, a Caixa, o Banco do Brasil e a Petrobras não estão nos planos de privatização neste governo. Não está dentro do nosso mandato. Vamos vender tudo o que é possível e deixar essas três para o final, talvez o próximo governo", afirmou.
A declaração foi dada nesta terça-feira, 18, durante o evento CEO Conference Brasil 2020 promovido pelo banco BTG Pactual. Ainda em relação à privatização, o secretário falou sobre a Casa da Moeda e os Correios.
"Há mais interessados estrangeiros que brasileiros", disse Mattar, afirmando ainda que o termômetro será melhor quando a privatização dessas empresas começar.
Ainda durante o evento, Mattar afirmou que a Eletrobras será privatizada ainda este ano. Neste caso, o governo estaria prestes a decidir qual será o modelo de capitalização. Segundo o secretário, há aliados no Senado e na Câmara dos Deputados.
Ainda na ocasião, o secretário afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro buscava alternativas para acelerar os processos de privatização. Ele explicou que estava em estudo a aplicação do "fast track", rito acelerado para promover muitas vendas até 2021.
De acordo com O Globo desta terça-feira, 18, a tendência, segundo técnicos que participam das discussões, é que esse sistema seja oficializado por meio de um decreto. Portanto, não seria necessário propor um Projeto de Lei (PL) ao Congresso Nacional, com prazo de tramitação imprevisível, como já chegou a ser anunciado pelo governo.
Em entrevista ao Globo, publicada em dezembro, Paulo Guedes disse que uma privatização particularmente poderia render R$250 bilhões. No entanto, o ministro não especificou a estatal que se referia.
Por outro lado, segundo O Globo, duas empresas públicas, com ações negociadas na Bolsa de Valores, teriam potencial para superar o valor citado pelo ministro, sendo elas: Banco do Brasil e Petrobras. O desafio da equipe de Paulo Guedes, no entanto, seria convencer o presidente de vender a estatal.
Como a venda da Petrobras e da Caixa Econômica não seria bem aceita pelo Congresso, o ministro estaria estudando uma forma de privatizar o Banco do Brasil, por ter um menor apelo pela estatização. No entanto, o presidente falou sobre as especulações.
"Servidor de terceiro escalão fala aquilo, eu não tenho nada a ver com isso. Eu não tenho como controlar centenas de milhares de servidores no Brasil. Da minha parte, não existe qualquer intenção de pensar em privatizar Banco do Brasil ou Caixa Econômica. Zero", afirmou o presidente aos jornalistas.
Ainda em dezembro, o Ministério da Economia adiantou à FOLHA DIRIGIDA que a privatização do BB e da Caixa, além da Petrobras, não estava nos planos do governo.
"O governo do presidente Jair Bolsonaro não pretende privatizar o Banco do Brasil, Caixa e Petrobras", disse o Ministério da Economia.
Perguntado sobre a possibilidade de privatização, o Banco do Brasil preferiu não se manifestar.
Concurso Banco do Brasil está previsto
Das três estatais fora dos planos de privatização do governo, apenas o Banco do Brasil tem concurso confirmado. No último dia 2 de fevereiro, em resposta à FOLHA DIRIGIDA, a instituição voltou a confirmar que o próximo edital será para escriturário, com foco na área de Tecnologia da Informação (TI).
Segundo informações obtidas por FOLHA DIRIGIDA, junto a uma fonte da instituição, os preparativos já estão bastante adiantados e a organizadora, inclusive, já está definida. O edital está previsto para março.
Apesar do foco ser a área de TI, é possível sim que o banco também inclua vagas para o escriturário tradicional, aquele com atividades administrativas. No entanto, independentemente do perfil, o cargo tem como requisito apenas onível médio.
O escriturário do Banco do Brasil atua com jornada de 30 horas e contrato conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Além disso, recebe uma remuneração inicial de R$4.036,56, que já inclui os auxílios-refeição e alimentação. Há ainda benefícios como:
Participação nos lucros (geralmente paga duas vezes ao ano);