Sercom abre 300 vagas de emprego para setor de teleatendimento
Entre as habilidades que passaram a ser importantes para um profissional de teleatendimento estão: escuta, argumentação, resiliência e empatia calibrada.
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Publicado em:07/09/2020 às 13:00
Atualizado em:07/09/2020 às 13:00
Durante a pandemia do Coronavírus, muitas áreas apresentaram grande demanda por profissionais. O segmento de teleatendimento, por exemplo, foi um dos que mais registrou novas contratações.
Levantamento feito pela Catho mostra que, de março a maio de 2020, o número de vagas abertas para operador de call center cresceu 218% na comparação com o mesmo período de 2019.
Para quem está à procura de uma vaga nesse setor, a Sercom, contact center e desenvolvedor de tecnologias de atendimento ao consumidor, está com inscrições abertas para 300 oportunidades. Do total de vagas, 15 destinam-se a pessoas com deficiência (PcD). Os empregos são para São Paulo, mas a empresa garante a possibilidade de atuação remota, ou seja, home office.
As oportunidades estão divididas para os cargos de operador de telemarketing, analista de relacionamento, gestores e supervisores. Para participar, não há critérios como idade ou cursos específicos. No entanto, é preciso ter ensino médio completo e realizar todas as etapas de seleção online, iniciando com o cadastro e provas.
"Estamos contratando pessoas de regiões mais diversas, descentralizando a renda no país, abrindo novas perspectivas em relação a competências e diversidade, como oportunidades aos PCDs", informa John Anthony von Christian, vice-presidente da Sercom.
O processo de seleção é o mesmo para todos os candidatos. Há possibilidade de atuação em home office, o que, segundo a empresa, aumenta as oportunidades para todos exercerem seu potencial mais produtivo, destacando as capacidades individuais e não as limitações físicas.
A Sercom não divulgou salários, nem benefícios. De acordo com dados divulgados pela Catho, a média salarial de um operador de call center é de R$1.372,95.
Os interessados podem se inscrever por meio da página de recrutamento da empresa. É importante ressaltar que as oportunidades não possuem prazo definido para candidatura, por isso, podem ser encerradas sem aviso prévio.
Sercom também tem vagas exclusivas para pessoas com deficiência
(Foto: Divulgação)
Sercom utiliza inteligência artificial no processo de seleção dos candidatos
Entre as habilidades que passaram a ser mais ou tão importantes quanto o conhecimento técnico de um profissional de teleatendimento estão: escuta, argumentação, resiliência, e empatia calibrada. E, no processo seletivo da Sercom, elas estão sendo identificadas com a ajuda da inteligência artificial, para que o perfil do candidato seja compatível com os atuais requisitos para o trabalho home office.
"Além de cruzar os dados demográficos, cursos, experiências, a inteligência artificial nos ajuda a entender, logo nas primeiras etapas e dinâmicas do processo, se o candidato tem o perfil mais voltado para venda, para SAC ou até cargo de liderança, e se faz match com nossos indicadores de performance. Se o perfil não se encaixar de primeira, mas for bem avaliado, ele seguirá para um banco de talentos e poderá ser convocado quando a vaga adequada surgir", explica Ana Dávalos, diretora de RH da Sercom.
Jeanine Santos, gerente de recrutamento e seleção da companhia conta que a ferramenta utilizada mais que dobrou a aderência dos perfis contratados à cultura e valores da companhia. Antes, de cada dez candidatos, três apresentavam boa aderência. Agora, sete em cada dez candidatos apresentam perfis que atingem a nota de corte ou score estabelecido. A profissional também treina novas habilidades nos recrutadores que irão, em uma segunda etapa, entrevistar os candidatos em sala virtual.
"As vagas são para diversos setores da economia. Para atendimento na área da Saúde, para citar um exemplo, contratamos estudantes do 3ª ano de farmácia, e buscamos, além de conhecimento técnico, pistas sutis de comportamento empático e não invasivo, requisitos necessários para lidar com situações que envolvem uso de medicamentos por exemplo."
Segundo Dávalos, a capacidade de se relacionar mesmo não sendo presencialmente é outro requisito-alvo. "O supervisor que estava acostumado a 'ver de perto' a produtividade, hoje tem que ter um perfil muito mais analítico para avaliar os indicadores, a resolutividade do atendimento. O operador, por sua vez, tem que saber falar e escrever muito bem, porque as dúvidas não serão sanadas levantando o braço e indo na mesa do chefe. Muitas vezes ele vai se relacionar com a operação e atender os consumidores via chat", alerta.
O desenvolvimento de competências faz parte de um programa estruturado - chamado UP - que oferece formação permanente aos colaboradores, preparando-os para o plano de carreira da companhia. Em 2019, o índice de promoção de cargos atingiu 30% entre os próprios funcionários, antes de abertura para o mercado.
A tecnologia não é atualizada apenas no momento da contratação. Com as mudanças sistêmicas para permitir o trabalho dos operadores em casa, a plataforma de gerenciamento remoto está se mostrando bastante eficiente. Em maio, o desempenho de qualidade do atendimento no regime home office foi 6,5 maior do que na operação física e, em junho, o mesmo índice no home office foi 3,2 maior do que no presencial.
Os planos de incorporar a jornada híbrida de trabalho foram acelerados pela pandemia. "Estamos com 50% das operações em home office e 50% em nossas instalações. E vamos continuar contratando, apesar de o país estar ainda sensível a oscilações. Essa adaptação abriu uma perspectiva maior de empregabilidade", conclui Christian.