Antes do storytelling, existe o storymaking

Você sabe o que é storytelling no marketing corporativo e pessoal e a arte de contar a sua própria história? Confira no artigo de Flávia Montes!

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Publicado em:04/11/2020 às 08:50
Atualizado em:04/11/2020 às 08:50

Sempre que surge uma nova buzzword, muita gente se adianta, pega o bonde andando e embarca nele sem parar para pensar muito. Agora, vamos combinar: será que tudo é realmente storytelling? Aliás, o que é storytelling? 

Vamos por partes: storytelling é algo que nós fazemos desde os tempos das cavernas. Contar histórias faz parte da nossa natureza. São elas que transmitem nossos ensinamentos, doutrinas, religiões e culturas de geração em geração. 

Recentemente, o storytelling passou a ocupar um lugar de destaque nas estratégias de marketing corporativo e pessoal. 

Ao contar sua história, a primeira dica é: não invente histórias (Foto: Unsplash)
Ao contar sua história, a primeira dica é: não invente
histórias que não são reais (Foto: Unsplash)

A verdade, nada mais que a verdade

Então é só inventar uma história para chamar a atenção das pessoas? Não! Nem pense nisso! 

Tanto para empresas, quanto para pessoas, inventar histórias não tem se mostrado uma boa opção. Primeiro, por uma questão ética, de integridade, de verdade. Depois, porque, se antigamente a mentira tinha pernas curtas, hoje ela sequer consegue sair do lugar.

Com milhões de "olheiros" na internet, hoje é muito difícil uma narrativa passar por verdadeira se de fato não for. 

Storymaking

Então, o que fazer? Ao invés de inventar, que tal interpretar, traduzir e universalizar a sua história? 

Pense em todas as suas experiências - não só as positivas - e como elas ajudam a definir quem você é e o que tem a oferecer. 

Traduzir e universalizar é o mesmo que olhar para a sua história na perspectiva do outro, daquele ser humano com quem você quer se conectar. Eu sei o que eu fiz, quem eu sou… Mas o que isso importa para quem importa para mim? Esta é a pergunta!  

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As respostas estão nas perguntas

Perguntas costumam ser ótimos pontos de partida para a criação das narrativas. Que perguntas? Boa pergunta! :) 

Perguntas que podem ajudar outras pessoas (seu público) a entender quem você é, o que faz, o que o torna especial ou único. Perguntas que ajudem a reduzir objeções e quebrar resistências. 

Atenção: assim como em qualquer conversa, online ou offline, resista à tentação de contar tudo de uma vez. Pense mais como o produtor de uma série do Netflix do que como o diretor de um longa-metragem.

Em resumo, você precisa saber que...

Na arte de contar sua própria história:

  1. Você não deve inventar histórias!
  2. Pense nas suas experiências e como elas definem quem você é.
  3. Traduza essas experiências, se perguntando porque elas importariam para o outro.
  4. Construa sua história baseando-se em perguntas.
  5. Pergunte-se quem você é, o que você faz e o que te torna único.
  6. Agora resuma isso em como você pode ajudar as pessoas.
  7. Não revele tudo de uma vez.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Folha Dirigida.

Flávia Montes

Sobre a autora

Flávia Montes atua na Comunicação Estratégica para cúpulas e presidentes, orientando profissionais e organizando as oportunidades, de forma estruturada, em um plano de ação, que envolve posicionamento/ comunicação e networking estratégico. Flávia também é especialista em Marca Pessoal e professora no MBA Private Banking InfoMoney by XPEED.

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