Atentado à sede da OAB completa 40 anos e entidade marca dia de luto

Há 40 anos, um atentado terrorista à sede da OAB, no Rio de Janeiro, tirou a vida da secretária presidencial Lyda Monteiro.

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Publicado em:27/08/2020 às 16:15
Atualizado em:27/08/2020 às 16:15

No dia 27 de agosto de 1980, uma carta-bomba foi deixada na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Rio de Janeiro. O atentado tirou a vida de Lyda Monteiro, secretária do então presidente da entidade, Eduardo Seabra Fagundes.

Nesta quinta-feira, 27, em que se completam 40 anos do ocorrido, a OAB alterou o seu calendário e definiu a data como dia de luto. Segundo a instituição, a homenagem à Lyda "continua pertinente hoje" por conta das "investidas antidemocráticas" que acontecem no país.

"Talvez hoje mais do que nunca, diante da atuação incansável da Ordem para conter as investidas antidemocráticas em curso no país. O trauma ainda ressoa e, por isso, o Conselho Federal alterou este ano seu calendário oficial para tornar a data o 'Dia Nacional de Luto da Advocacia Brasileira'",

Em sua conta no Instagram, a Ordem dos Advogados declarou que o luto também se estende a todos os profissionais que morreram lutando por direitos, pela defesa da democracia e da Constituição. 

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"A advocacia brasileira está de luto pela vida de Lyda Monteiro e pelas vidas de tantos outros brasileiros e brasileiras, advogados e advogadas, que morreram na mesma batalha: pela defesa dos Direitos Humanos, pela defesa dos direitos e garantias fundamentais, pela defesa da nossa democracia e da Constituição".

 

Há 40 anos, atentado à OAB tirou a vida de
Lyda Monteiro (Foto: OAB/RJ)

 

Atentado foi feito por agentes do Exército, aponta comissão

Em 2015, a Comissão Estadual da Verdade (CEV) revelou os nomes dos envolvidos no atentado, com base em depoimentos de testemunhas, fotos e retratos falados. Ação, que aconteceu durante a ditadura militar, foi comandada pelo coronel Freddie Perdigão Pereira.

Já a bomba, foi confeccionada pelo sargento “Wagner” (Guilherme Pereira do Rosário, morto no atentado do Riocentro) e foi entregue pelo sargento “Guarani” (Magno Cantarino Motta), agente do DOI-Codi (órgão de repressão do regime).

Em artigo escrito para o Conselho Federal da OAB - intitulado 'Quarenta anos de D. Lyda: Presente!' -, o advogado Luiz Felippe Monteiro Dias, filho de Lyda, afirma não guardar ódio ou rancor em relação ao episódio. Ele conta que superou o desafio que não tentar revidar pelos mesmos meios.

“Jamais me tornei um deles pois sempre acreditei no Direito e na solução pacífica dos conflitos. Por isso, apelo a todos os democratas que nunca desistam dessa luta”, afirma.

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