Um novo Concurso Unificado será realizado, mas desta vez para professores. A confirmação foi feita nesta quarta-feira, 30, pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
Os detalhes do concurso devem ser apresentados em novembro, com um conjunto de ações para valorizar os professores brasileiros da Educação Básica.
O ministro já adiantou que o concurso seguirá o formato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas para a contratação de professores nas escolas. A declaração foi dada em entrevista coletiva no G20 Educação, em Fortaleza CE.
De acordo com a Agência Brasil, o concurso será por adesão das redes, tanto municipais como estaduais.
“Estou adiantando aqui como é que vai ser, em primeira mão. Mas um dos pontos que acho importante é a sociedade compreender a importância do reconhecimento e da valorização dos professores no nosso país. Isso é uma discussão no mundo inteiro”, disse o ministro.
Ainda não há informações sobre como será o formato da seleção, a adesão, o número de vagas e as áreas contempladas.
Também não foi esclarecido se a seleção seguirá os moldes do Concurso Nacional Unificado (CNU), com a possibilidade da pessoa concorrer a diversas vagas e cargos realizando apenas uma inscrição.
Outro ponto que precisa ser explicado é sobre a adesão de estados e municípios, considerando que cada ente federativo tem planos de cargos e carreiras diferentes do Governo Federal.
Ministro Camilo Santana confirma Concurso Unificado para servidores
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Tais questionamentos devem ser esclarecidos no anúncio oficial do concurso, que está previsto para novembro.
O ministro falou que as ações estavam programadas para outubro, aproveitando o Dia do Professor (15), mas precisaram ser adiadas por "problemas do ponto de vista orçamentário".
"Em relação ao Enem dos professores nós gostaríamos de agora, no dia 15 de outubro, ter apresentado o conjunto de ações de valorização do magistério dos professores brasileiros da Educação Básica. E aí houve alguns problemas do ponto de vista orçamentário e precisava mexer. Mas nós estamos fechando isso e vamos apresentar. Queríamos agora ainda em outubro, mas agora em novembro o presidente deverá lançar".
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Este ano, o Governo Federal inovou no modelo de seleção dos servidores com a abertura do primeiro Concurso Nacional Unificado (CNU), também chamado de Enem dos Concursos.
Foram abertas 6.640 vagas em mais de 20 órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal. Nesse modelo, o candidato realiza uma inscrição e uma única prova para disputar vagas em diversas carreiras e órgãos.
O Concurso Unificado também foi pioneiro ao ser realizado em 228 cidades de todo o país. Antes, os concursos federais eram feitos apenas em Brasília DF ou se restringiam às capitais dos estados.
As provas da primeira edição do CNU foram aplicadas em agosto e tiveram os resultados preliminares divulgados em outubro. A estimativa é de que os aprovados possam ingressar nos cargos a partir do início do ano que vem.
Por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Governo Federal já começou a planejar uma segunda edição do CNU.
Os órgãos com autorização de vagas já estão sendo contatados para manifestar interesse em aderir à seleção unificada, prevista para 2025.
Leia também: Veja concursos federais que podem não aderir ao CNU 2025
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, em junho, investimentos para a construção de dez novos campi de universidades no Brasil. A medida, segundo ele, irá gerar 3.880 vagas em concursos da Educação para professores e técnico-administrativos.
Os novos campi serão construídos nas cidades de:
De acordo com o Governo Federal, as localidades foram escolhidas com o objetivo de aumentar a oferta de vagas da Educação Superior em regiões com baixa cobertura de matrículas na rede pública.
Para atender a essa demanda, serão contratados 388 servidores por unidade. De forma a totalizar 3.880 vagas em concursos públicos. O ministro da Educação, Camilo Santana, falou sobre a medida.
"Faremos toda a ampliação de pessoal, de professores, técnico-administrativos, para garantir o funcionamento dessas universidades", afirmou Camilo Santana.
Ainda não há prazo para a finalização da construção dos novos campi das universidades e para a abertura destes concursos.
