Auxílio emergencial: 8,8 milhões recebem nesta terça, 30
Caixa realiza quatro pagamentos diferentes
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Publicado em:30/06/2020 às 07:56
Atualizado em:30/06/2020 às 07:56
Enquanto alguns trabalhadores começam a receber a primeira parcela do auxílio emergencial, outros já estão com a terceira disponibilizada. Retomando o calendário, após dois dias paralisados, a Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira, 30, o auxílio para 8,8 milhões de pessoas.
O crédito sai hoje tanto para beneficiários do Bolsa Família quanto para os cadastrados via site, app e CadÚnico, além de novos lotes. Confira nesta matéria quem vai ter os R$600, ou os R$1,2 mil para mães solteiras chefes de família, liberados a partir de hoje.
Entre os pagamentos, estão os 5, 2 milhões nascidos em março e abril, aprovados no primeiro lote, que recebem o pagamento da terceira parcela. Já os 1,5 milhão de trabalhadores do segundo lote, que tiveram a 1ª parcela creditada entre os dias 16 e 29 de maio, nascidos em março e abril, recebem a segunda parcela.
Além desses, a Caixa paga a primeira parcela do benefício para os 200 mil novos aprovados, nascidos em março e abril. Os cadastrados do Bolsa Família com NIS final 0, que somam 1,9 milhão de pessoas, também terão a terceira parcela do auxílio emergencial creditada nesta terça.
É importante lembrar que, com exceção do Bolsa Família, o pagamento ocorrerá através da poupança social digital, sendo permitido apenas o pagamento de contas e boletos. Sendo assim, saques e transferências serão permitidas em datas posteriores, conforme calendário já divulgado.
Governo e Congresso divergem sobre valor das parcelas adicionais do auxílio emergencial
Com o pagamento das três parcelas, previstas em lei, se aproximando do fim, governo e Congresso debatem sobre a prorrogação do benefício e respectivo valor. Na última quinta-feira, 25, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram que haverá um adicional de R$1.200, dividido em mais três parcelas decrescentes.
Na sexta-feira, 26, senadores criticaram a notícia, e defenderam a prorrogação até o final do ano sem alterar a quantia original de R$600. "Qual o sentido de regatear com o desespero dos mais vulneráveis, com essa nova proposta de redução escalonada do auxílio emergencial em três parcelas?”, questionou Jean-Paul Prates (PT-RN).
Para o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), a não prorrogação no mesmo valor vai prejudicar ainda mais os trabalhadores e a economia.
“Não prorrogar o auxílio emergencial, e, em R$ 600, significa empurrar milhões de brasileiros para as ruas e para a doença. A economia certamente não se beneficiará com mais medo e mais mortes. Nunca é demais lembrar que o auxílio emergencial mantém aquecido o comércio de bens e serviços básicos, e que parte do gasto volta ao Estado na forma de arrecadação”, ressaltou.
A autora do PL 2.928/2020, que estende o prazo e amplia o benefício para outras categorias de trabalhadores, a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), também acredita na ampliação como forma de proteger os brasileiros.
“A prioridade é a gente salvar vidas. E não tem como salvar vidas sem um isolamento social. E as pessoas mais carentes e vulneráveis desse país não vão fazer o isolamento social se não houver uma proteção a essa população por parte do Estado brasileiro", defendeu.