Censo 2025: candidatos elegem bancas mais difíceis e fáceis

O Censo dos Concursos de 2025 traz o nível de cobrança das bancas organizadoras no ano, elegendo as mais fáceis e difíceis. Confira!

Censo dos Concursos
Autor:Mateus Carvalho
Publicado em:30/12/2025 às 09:30
Atualizado em:15/12/2025 às 15:55

O Censo dos Concursos 2025, produzido pelo Qconcursos, revela como os concurseiros percebem o nível de dificuldade das principais bancas organizadoras do país — um fator decisivo na estratégia de estudo e no desempenho nas provas.


Com base nas respostas de mais de 13 mil candidatos e na análise de desempenho médio por banca, o levantamento mostra quais instituições são vistas como as mais exigentes e quais apresentam provas consideradas mais acessíveis.


O cenário de 2025 aponta para um mercado mais pulverizado, com estilos de prova variados e exigências cada vez mais específicas, o que reforça a importância de uma preparação direcionada.


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FGV lidera ranking das bancas mais difíceis em 2025

O ranking de dificuldade das bancas organizadoras em 2025 revela uma mudança significativa em relação ao ano anterior. A Fundação Getulio Vargas (FGV) assume o topo da lista como a banca mais desafiadora do país.


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Segundo o Censo 2025, a FGV alcançou desempenho médio de 61,83%, subindo do 4º lugar em 2024 para a liderança absoluta este ano.


A percepção dos candidatos está diretamente ligada ao perfil das provas aplicadas pela banca, que se caracterizam por:

  • enunciados longos e interpretativos;
  • alto nível de análise e raciocínio;
  • cobrança interdisciplinar; e
  • menor previsibilidade de questões.

O crescimento da presença da FGV nos principais concursos nacionais e estaduais reforçou essa imagem de alta exigência.

Nível geral de dificuldade permanece elevado

Mesmo entre bancas distintas, o Censo dos Concursos 2025 mostra que o nível de dificuldade das provas segue alto de forma geral.


O desempenho médio dos candidatos nas principais bancas ficou concentrado entre 61% e 67%, o que indica provas cada vez mais técnicas, seletivas e menos conteudistas.


Esse cenário exige do concurseiro uma preparação mais estratégica, com foco em:

  • análise de perfil da banca;
  • resolução massiva de questões;
  • leitura cuidadosa de enunciados; e
  • adaptação ao estilo específico de cada organizadora.

Quais bancas os concurseiros consideram mais "fáceis"?

Além das mais difíceis, o Censo 2025 também identificou as bancas percebidas como mais acessíveis pelos candidatos.


Em geral, essas instituições são associadas a provas com:

  • linguagem mais direta;
  • menor nível de subjetividade;
  • cobrança mais literal do conteúdo programático; e
  • previsibilidade maior dos temas.

Pontos mais alinhados ao estudo tradicional, o que favorece candidatos bem treinados pelo edital.


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Cebraspe lidera entre as bancas consideradas mais acessíveis

De acordo com os dados do Censo 2025, o Cebraspe aparece como a banca mais citada pelos concurseiros, quando o assunto é previsibilidade e familiaridade com o modelo de prova.


A instituição reúne 26,59% das preferências, consolidando-se como a banca número 1 nesse recorte.


O resultado chama atenção, já que o Cebraspe também é conhecido por um modelo exigente. Ainda assim, muitos candidatos consideram que:

  • o formato de "certo ou errado" reduz ambiguidades;
  • o estilo das questões é amplamente conhecido;
  • grande volume de provas anteriores para treino; e
  • o padrão se repete em concursos de grande porte.

Esse perfil atrai especialmente candidatos das áreas Policial, Fiscal e Jurídica, que já se preparam há anos focados nesse modelo de avaliação.


Ou seja, o Cebraspe não é visto como "fácil", mas como previsível, sendo essa uma característica que pesa bastante na estratégia de estudo do concurseiro.

Ranking das bancas consideradas mais acessíveis pelos concurseiros

Além do Cebraspe, que lidera com 26,59%, o Censo dos Concursos 2025 mostra que outras bancas tradicionais também aparecem com força entre as preferidas dos candidatos:


FGV – 20,81%

Apesar de ser frequentemente associada a provas difíceis e extensas, a FGV aparece bem posicionada. O dado indica que muitos candidatos já compreendem o estilo da banca e conseguem adaptar a preparação ao seu padrão mais analítico.


Outras bancas – 13,01%

O grupo reúne instituições regionais e organizadoras de menor porte, geralmente associadas a concursos locais ou específicos. A diversidade reforça a pulverização do mercado em 2025.


Fundação Vunesp – 11,99%

Tradicional em concursos estaduais e municipais, a Vunesp é vista como uma banca de linguagem clara e cobrança mais objetiva, especialmente em provas administrativas e educacionais.


Fundação Carlos Chagas (FCC) – 10,77%

Conhecida por enunciados diretos e provas bem estruturadas, a FCC mantém um público fiel, sobretudo em concursos de tribunais e áreas Administrativas.


Instituto AOCP – 8,89%

Presente em seleções de médio e grande porte, o Instituto AOCP aparece associado a provas previsíveis e bem alinhadas ao conteúdo do edital.


Fundação Cesgranrio – 7,94%

Apesar de ter perdido espaço em grandes concursos nacionais, em 2025, a Cesgranrio ainda é lembrada por provas tradicionais, especialmente em seleções Bancárias e Federais.

FGV é eleita a "banca do ano" em 2025

Além dos dados quantitativos, os jornalistas do Qconcursos Folha Dirigida elegeram a FGV como a banca do ano 2025.


A escolha reflete o protagonismo absoluto da instituição ao longo do ano, marcado por:

  • substituição da Cesgranrio no comando do Concurso Nacional Unificado (CNU);
  • liderança em grandes concursos federais e estaduais (MPU, MP RJ, TJ RJ, TJ RS, TRF6);
  • forte atuação no Legislativo, como a Alerj;
  • expansão em exames nacionais, como Enam e Enac.

O volume, a complexidade e o alcance dos concursos consolidaram a FGV como a banca mais influente do ano.

Disciplinas ajudam a explicar a percepção de dificuldade das bancas

Os dados do Censo 2025 indicam que a avaliação dos candidatos sobre o grau de dificuldade das bancas está diretamente ligada às disciplinas cobradas e à forma como esses conteúdos são explorados nas provas.


Em geral, as bancas consideradas mais difíceis concentram maior peso em matérias técnicas, jurídicas e analíticas — justamente aquelas que apresentam menor desempenho médio entre os concurseiros.


Segundo o levantamento, as disciplinas com pior aproveitamento médio foram:

  • Direito Empresarial;
  • Direito Tributário;
  • Direito do Consumidor; e
  • Inglês;

Além de áreas técnicas específicas, como Biologia e conteúdos da área da Saúde.


Essas matérias exigem interpretação aprofundada, domínio conceitual e capacidade de articulação entre temas, características frequentemente associadas às provas da FGV, líder do ranking das bancas mais difíceis em 2025.

Disciplinas tradicionais reforçam a percepção de bancas mais previsíveis

Por outro lado, o Censo 2025 mostra que as bancas percebidas como mais acessíveis tendem a concentrar a cobrança em disciplinas clássicas e recorrentes nos editais, como:

  • Língua Portuguesa;
  • Direito Constitucional e Administrativo;
  • Raciocínio Lógico;
  • Noções de Informática.

Essas matérias aparecem com alta frequência nos concursos organizados por bancas como o Cebraspe, líder entre as mais citadas como previsíveis, e favorecem candidatos que seguem uma preparação tradicional, baseada em edital, teoria consolidada e resolução sistemática de questões.


Nesse contexto, a noção de "banca fácil" não está ligada à facilidade da prova, mas à previsibilidade do conteúdo e do modelo de cobrança, o que permite ao concurseiro direcionar melhor seus estudos.

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