CNU 2025: 'pode ser menos', diz Esther sobre oferta de vagas
Ministra Esther Dweck diz que o CNU 2025 poderá ser realizado com menos vagas e que a decisão deverá ser tomada até o final do ano. Confira!
Concursos Previstos
Autor:Mateus Carvalho
Publicado em:28/08/2024 às 09:26
Atualizado em:28/08/2024 às 10:29
Menos de um mês após as provas, um novo Concurso Nacional Unificado (CNU) já está no radar do governo. Para a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, a oferta de vagas poderá ser menor do que as 6.640 oportunidades trazidas na 1ª edição.
Segundo a chefe da pasta, o ministério tem feito uma análise e quer avaliar todos os efeitos positivos e o custo-benefício deste novo formato, que é inédito. Esse acompanhamento está sendo conduzido junto ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Após esse estudo, de acordo com a ministra Esther, será possível avaliar o que deu certo e se valerá a pena fazer um novo CNU em 2025.
Sobre a oferta de vagas, ela destacou que ainda não há um quantitativo fechado.
"Essa é uma variável relevante, mas a gente não fechou esse número. Claro que tem uma questão de custo-benefício. Não precisa ser 6 mil, pode ser menos. Mas o mais importante para a gente tomar a decisão final é fazer uma boa análise de tudo o que deu certo, do que precisa aprimorar."
A decisão sobre um novo CNU deve ficar para o final do ano, de acordo com a responsável pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A fala de Esther Dweck foi registrada durante entrevista ao JOTA, publicada na manhã desta quarta-feira, 28.
Vale lembrar que, recentemente, Dweck chegou a informar que um novo CNU poderá ser abertoaté março de 2025. A expectativa da ministra é que a 2ª edição possa ter as provas novamente aplicadas em agosto.
"A nossa análise é de que o ideal, se houver uma prova no ano que vem, seja em agosto. Por vários motivos, até por ser um ano depois da primeira edição. Achávamos que maio seria um mês tranquilo do ponto de vista climático, mas descobrimos que agosto é o melhor mês para o Brasil inteiro nesse aspecto", disse.
As informações foram repassadas no dia 15 de agosto, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra.
Embora haja uma expectativa dos candidatos para o próximo CNU, a ministra revela que, inicialmente, o objetivo do governo é avaliar a aplicação das provas e os conteúdos.
"A gente está fazendo agora uma análise da prova propriamente, do conteúdo da prova. Até a prova estar sendo aplicada, a gente não conhecia a prova. Ninguém do governo teve acesso à prova, porque a gente tinha um malote trancado numa sala segura", disse a ministra ao JOTA.
Para Esther Dweck, o governo entende que a aplicação das provas foi bem sucedida, porém isso não significa que não tenha o que aprimorar.
Um dos pontos que está em avaliação pelo ministério é justamente a estrutura de provas em dois turnos. Muitos candidatos questionaram a falta de tempo para concluir questões objetivas e discursivas dentro do previsto no edital.
"Teve uma coisa que as pessoas falaram que a gente já pensou. De manhã, redação mais uma prova objetiva e, à tarde, só provas objetivas. Muita gente questionou isso. Isso é uma coisa que a gente vai avaliar. Então, por exemplo, esse balanceamento entre uma prova discursiva mais a objetiva de manhã... Isso é uma coisa que a gente vai avaliar. Mas, lembrando, isso é uma questão isonômica. Foi para todo mundo igual. Então, se o tempo estava mal balanceado entre a manhã e à tarde, foi para todo mundo. Todo mundo vai ser afetado por isso e tende a não afetar o resultado final do concurso", finaliza.
Nesta 1ª edição, mais de 2 milhões de pessoas se inscreveram e eram esperados para as provas. No entanto, o CNU apresentou 54% de abstenção e contou com apenas 970.037 candidatos presentes.
Na parte da manhã, os inscritos nos blocos de nível superior (1 a 7) responderam a 20 questões objetivas de Conhecimentos Gerais e a uma questão dissertativa de Conhecimento Específico.
Já nobloco de nível médio (8), os participantes fizeram 20 questões de múltipla escolha e uma redação.
No turno da tarde, para os blocos de nível superior (1 a 7), foram cobradas 50 questões objetivas de Conhecimentos Específicos.
Os candidatos no bloco de nível médio (8), por sua vez, tiveram que responder a mais 40 questões objetivas.