CNU: curso de formação eliminará candidatos? Veja como será!

Saiba se é possível ser eliminado do curso de formação do Concurso Nacional Unificado (CNU) e quais são os critérios para isso.

Autor:Bruna Somma
Publicado em:17/02/2025 às 18:01
Atualizado em:18/02/2025 às 08:37

O Concurso Nacional Unificado (CNU) está no processo de convocação dos aprovados para os cursos de formação. Uma dúvida comum é se essa etapa será eliminatória.


Ou seja, se o curso de formação poderá eliminar os candidatos. A resposta é SIM.


Cada carreira tem suas próprias regras para formação, porém, em todos os casos será aplicada uma prova ou mais, após as aulas. Caso o candidato não atinja a pontuação mínima, ele estará eliminado.


Há também um percentual mínimo de presença nas aulas. Se o candidato não frequentar a quantidade determinada, ele será eliminado.


No caso do auditor-fiscal do trabalho (AFT), por exemplo, os critérios de eliminação do curso de formação são:

  • não efetuar a matrícula no curso de formação;
  • não obtiver frequência integral em todas as disciplinas, ressalvado 25% de faltas justificadas;
  • não atingir a nota mínima de 60% nas provas;
  • não satisfizer ou descumprir os demais requisitos legais, regulamentares e(ou) regimentais; ou, ainda,
  • obtiver nota final no curso de formação inferior a 60% dos pontos possíveis.

Por esse motivo, é importante ter assiduidade às aulas e dedicar-se aos estudos, durante o curso de formação.


As aulas dos cursos estão previstas a partir de março. As datas também serão variáveis conforme as carreiras.

Cursos de formação do CNU têm critérios para eliminação

(Foto: Agência Senado)


Na primeira edição do CNU, nove carreiras têm curso de formação como uma etapa obrigatória. Ao todo, 2.035 candidatos estão convocados e distribuídos da seguinte forma:

  • analista de comércio exterior: 50;
  • analista de infraestrutura: 300;
  • auditor-fiscal do trabalho: 900;
  • analista em Tecnologia da Informação (TI): 300;
  • analista técnico de políticas sociais: 500;
  • especialista em políticas públicas e gestão governamental: 150;
  • especialista em regulação de saúde suplementar: 35;
  • especialista em regulação de serviços públicos de energia: 40; e
  • especialista em regulação de serviços de transportes aquaviários: 30.

CNU terá 3ª chamada para os cursos de formação

Já foram realizadas duas chamadas para os cursos de formação. O Governo Federal planeja uma terceira convocação para terça-feira, 18 de fevereiro.


Os convocados terão dois dias, 18 e 19 de fevereiro, para confirmar a participação na página oficial do concurso.


Para os cargos dos blocos de 1 a 7, o resultado final somente será divulgado em 28 de fevereiro, após o período de convocação/confirmação para cursos de formação.


Confira o cronograma com as próximas datas do concurso:

  • divulgação da 3ª lista de classificação para todos os cargos dos Blocos 1 a 7 e 3ª convocação para cursos de formação: 18 de fevereiro;
  • prazo para confirmação de participação em curso de formação: 18 e 19 de fevereiro; e
  • divulgação da lista definitiva de classificação para todos os cargos dos Blocos 1 a 7 e convocação para matrícula nos cursos de formação: 28 de fevereiro.

Para os candidatos do bloco 8, de nível médio, como não há curso de formação, o resultado final já foi divulgado e está pendente de homologação. Confira a nota de corte dos cargos aqui!


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Saiba como serão os cursos de formação do CNU

Os cursos de formação serão realizados na cidade de Brasília, no Distrito Federal. A exceção será para o cargo de especialista em regulação de saúde complementar, da Agência Nacional de Saúde (ANS), cuja formação será na cidade do Rio de Janeiro.


Apenas para o auditor-fiscal do trabalho, o curso de formação será aplicado no formato híbrido, isto é, com aulas presenciais e também remotas. Para as demais carreiras, as aulas serão 100% presenciais.


A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Cebraspe serão as instituições responsáveis pela aplicação dos cursos, que terão duração de até 580 horas.


Ao frequentarem os cursos de formação, os candidatos receberão, mensalmente, um auxílio financeiro correspondente a 50% da remuneração inicial da carreira.

CNU bate recorde com mais de 2 milhões de inscritos

Com organização da Fundação Cesgranrio, a primeira edição do Concurso Nacional Unificado ofereceu 6.640 vagas imediatas em diversos órgãos do Poder Executivo Federal.


As vagas foram distribuídas por cargos de níveis médio e superior, em oito blocos temáticos, que representaram áreas de atuação do governo. Os salários iniciais serão de até R$20 mil.


O CNU quebrou recorde, com 2.144.435 inscritos, ficando em primeiro lugar no ranking dos concursos públicos mais concorridos da história. Veja:

  • 1º lugar: Concurso Nacional Unificado (2024) – 2.144.435 inscritos;
  • 2º lugar: Correios (2024) – 1.672.671;
  • 3º lugar: Banco do Brasil (2021) – 1.645.975 inscritos;
  • 4º lugar: Banco do Brasil (2023) – 1.500.000 inscritos;
  • 5º lugar: Caixa Econômica Federal (2024) – 1.201.097 inscritos;
  • 6º lugar: Caixa Econômica Federal (2014) – 1.176.614 inscritos;
  • 7º lugar: Correios (2011) – 1.120.393 inscritos; e
  • 8º lugar: INSS (2015) – 1.087.804 inscritos.

Todos os candidatos foram submetidos a provas objetivas e discursivas, no dia 18 de agosto.


O Concurso Nacional Unificado é uma iniciativa pioneira do Governo Federal para o recrutamento de novos servidores.


Neste modelo, uma pessoa pode se candidatar a diversos cargos dentro de um mesmo bloco temático, pagando apenas uma taxa e sinalizando uma ordem de preferência.


Outra inovação é a ampliação dos locais de prova. As provas do CNU foram aplicadas em mais de 200 cidades, em todas as regiões brasileiras.

Próxima edição do CNU já está em planejamento para 2025

O Governo Federal já iniciou os preparativos para um novo CNU em 2025 para outros órgãos e carreiras.


Segundo a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o edital deve ser publicado até março, com as provas sendo aplicadas em agosto.

"A gente espera o edital até o finalzinho do primeiro trimestre. A prova, a gente gostaria de repetir em agosto. A gente ainda não sabe se vai ser possível pelo prazo do edital. Agosto é o mês de menor incidência de chuvas no Brasil. A ideia é fazer a prova no início do segundo semestre, essa é a nossa lógica de calendário", afirmou Esther, durante participação no programa Bom dia, Ministra, no dia 5 de fevereiro.

Em entrevista exclusiva ao Qconcursos Folha Dirigida, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Júnior, também revelou que a oferta do novo CNU deve ser menor do que a da primeira edição.


De acordo com ele, devem ser abertas em torno de 3 mil a 3.500 vagas.

"Está em aberto um conjunto de vagas que estão previstas de serem autorizadas em 2025, no Orçamento que não foi aprovado ainda. Tudo somado, a gente acredita que pode conseguir reunir algo como 3 mil, 3.500 vagas para realizar uma segunda edição do concurso unificado". 

O próximo CNU deve reunir órgãos que já receberam aval em 2024, além daqueles que ainda terão autorização este ano.


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