Após concursos, Correios acumulam 10,6 mil cargos vagos
Apesar de dois concursos, Correios acumulam mais de 10,6 mil cargos vagos e situação da empresa evidencia necessidade de contratações. Veja!
Autor:Mateus Carvalho
Publicado em:27/02/2025 às 11:00
Atualizado em:27/02/2025 às 14:04
Nos próximos meses, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos receberá um número significativo de novos contratados, oriundos dos dois últimos concursos Correios. No entanto, a companhia seguirá com um expressivo déficit de pessoal.
Segundo dados apurados pelo Qconcursos Folha Dirigida, a vacância nos Correios já ultrapassa 10,6 mil cargos.
Esse número, no entanto, pode ser ainda maior, pois os dados são referentes ao mês de novembro de 2024, quando ocorreu a última atualização no sistema do governo.
Dessa forma, a reposição de pessoal na empresa se torna cada vez mais necessária.
Além disso, mesmo com a realização dos dois concursos, a demanda por servidores ainda não será totalmente suprida, tornando um novo edital ainda mais essencial para minimizar esse déficit.
Esse número inclui todos os empregados efetivos admitidos por concurso público, abrangendo também os cargos da área de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
No entanto, a empresa conta atualmente com apenas 83.970 cargos preenchidos, resultando em um déficit de 10.520 profissionais.
Além disso, cerca de 40% dos empregados têm mais de 50 anos, o que indica uma alta possibilidade de aposentadorias nos próximos anos, ampliando ainda mais a necessidade de novas contratações.
Em 2024, os Correios realizaram dois concursos públicos que, juntos, somam 3.544 vagas para provimento imediato. As oportunidades foram distribuídas da seguinte forma:
Embora o concurso para o SESMT já tenha sido homologado, a empresa ainda não iniciou as convocações. O mesmo ocorre com o concurso para carteiro e analista, que segue em fase de conclusão.
No caso do concurso para carteiro e cargos de nível superior, a classificação final já foi divulgada, mas a homologação ainda não ocorreu, impedindo o início das nomeações.
Mesmo que todas as 3.544 vagas sejam preenchidas de imediato, os Correios ainda enfrentarão um déficit de, aproximadamente, 6.976 empregados em seu quadro de pessoal.
Vale lembrar que, durante o anúncio do concurso para carteiro, na fase pré-edital, a empresa mencionou a possibilidade de um cadastro de reserva com 5.975 vagas, o que totalizaria 9.486 oportunidades.
No entanto, o edital contemplou apenas as vagas imediatas, sem garantia de que esse quantitativo adicional será convocado.
Concurso Correios teve destaque para carteiro
Publicados em outubro do ano passado, os editais do concurso dos Correios trouxeram 3.511 vagas imediatas, com destaque para o carteiro. A oferta foi distribuída da seguinte forma:
3.099 vagas para cargos de nível médio;
412 vagas para cargos de nível superior.
O concurso também contempla a reserva de 30% das vagas para candidatos negros (pretos e pardos) e indígenas, e 10% para pessoas com deficiência, promovendo maior inclusão e diversidade.
"Nós vamos abrir concurso público para atendente comercial nas agências".
Tal declaração foi passada pelo superintendente dos Correios em Brasília DF, Paulo Henrique Soares de Moura, no final de janeiro.
Vale lembrar que, na época em que o edital do concurso de carteiro foi divulgado, muitos candidatos criticaram a ausência do cargo de atendente comercial, que agora pode ser contemplado na próxima seleção.
"A ausência de vagas para cargos essenciais, como o de atendente comercial, é uma omissão inaceitável e prejudica diretamente a qualidade dos serviços prestados à população", disse a Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect).
É importante frisar que o cargo de agente de Correios, de nível médio, é composto por diferentes especialidades, como carteiro, atendente comercial e operador de triagem e transbordo.
A reportagem do Qconcursos Folha Dirigida entrou em contato com os Correios para confirmar, de forma oficial, a realização do novo concurso para atendente. A empresa, a princípio, negou a informação.