Em suas redes sociais, nesta quarta-feira, 21, o diretor de Comunicação Social e Tecnologia da Informação do Sindicato dos Servidores do MPU, CNMP e ESMPU (SindMPU), Adriel Gael, falou sobre a comissão e os prazos do novo concurso.
De acordo com ele, o procurador-geral da República, Augusto Aras, valoriza a função dos policiais e quer realizar o concurso o quanto antes.
A gestão de Aras termina este ano. Mas, existem chances dele ser reconduzido ao cargo.
“Se o doutor Aras for reconduzido ao cargo, no médio a longo prazo o concurso deve sair, porque ele sempre valorizou a carreira”, disse o diretor do SindMPU.
Novo concurso MPU está em análise interna
(Foto: Divulgação)
Em resposta à Folha Dirigida por Qconcursos, a Assessoria de Imprensa da Procuradoria-Geral da República não confirmou, oficialmente, a formação da comissão e o concurso.
O setor disse que "a recomposição do quadro de servidores é uma preocupação constante do Ministério Público Federal. Neste momento, no entanto, não há definição acerca da realização do próximo certame".
Concurso Polícia do MPU está em pauta para este ano
Em 2022, o procurador-geral da República, Augusto Aras, publicou uma portaria que criou a Polícia do MPU. Ele anunciou, inclusive, que um concurso para ingresso de policiais no órgão deveria ser realizado em 2023.
Conforme a portaria 202/2022, os atuais servidores que exercem funções de segurança no órgão e que estão lotados em unidades de segurança passam a ser denominados agentes e/ou inspetores da polícia do MPU.
Com uma força de segurança própria, a proposta é reduzir a necessidade do apoio de policiais militares, civis e federais, além de soldados das Forças Armadas, para proteção de membros e servidores.
Os requisitos dos policiais devem ser confirmados em breve pelo órgão, com a regulamentação da carreira.
Para o coordenador-geral da Associação Nacional dos Agentes de Segurança Institucional do MPU e CNMP (AGEMPU), Laercio Bernardes dos Reis, a abertura do concurso é urgente e necessária, em função das mortes, aposentadorias e exonerações.
"Desde 2015 não acontecem concursos públicos no nosso segmento (Segurança Institucional). Últimas administrações do MPF optaram pela não realização de concurso público, enfraquecendo a carreira e causando a precarização de nossas atividades", disse.
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Presidente Lula veta nível superior para técnicos do MPU
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou, parcialmente, o Projeto de Lei (PL) 2.969/2022, em maio.
Um dos vetos foi quanto à mudança de escolaridade dos cargos de técnico do MPU e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), para nível superior.
Assim, a princípio, os cargos permanecem com o requisito de nível médio completo. No entanto, vale destacar que o Congresso Nacional ainda pode derrubar o veto presidencial.
Em sua justificativa, o presidente Lula alegou que a proposição caracteriza-se por vício de inconstitucionalidade.
De acordo com Lula, a mudança de escolaridade não tem pertinência temática com a norma proposta originalmente pelo projeto de lei:
- transformação de 23 cargos vagos de analista do MPU em quatro cargos de procurador, dois de promotor de Justiça Militar e em 17 cargos em comissão no âmbito do Ministério Público Militar.
“(...) em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa incorre em vício de inconstitucionalidade, pois os dispositivos não possuem estreita pertinência temática com a norma proposta originalmente, que decorre da cláusula de reserva de iniciativa, e usurparia, assim, competência privativa do Procurador-Geral da República, em ofensa ao disposto na alínea "d" do inciso II do § 1º do art. 61, no § 2º do art. 127 e no § 5º do art. 128 da Constituição”, consta na justificativa do presidente Lula.
Para o presidente, a alteração nos requisitos dos cargos seria competência privativa do procurador-geral da República.
Porém, a mudança do nível médio para o nível superior foi proposta pela deputada federal Erika Kokay (PT DF), por meio de uma emenda, durante a tramitação do PL na Câmara. O que, segundo Lula, configurou um vício de iniciativa.
O PL ainda previa que os atuais técnicos do MPU e do CNMP com direito ao adicional de qualificação de 5% do salário base por já serem terem diploma de curso superior teriam essa parcela automaticamente incorporada ao salário. Entretanto, o presidente também vetou esse trecho.
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