Outras bancas também estão encaminhando propostas. A instituição contratada ficará responsável por receber as inscrições do concurso, além de viabilizar e aplicar as etapas.
Os últimos concursos do MPU, por exemplo, foram organizados pelo Cebraspe (Cespe/UnB).
A comissão organizadora do novo concurso foi formada no último dia 27 de junho. O número de vagas ainda não foi revelado.
Até o momento, a única confirmação é que a oferta será para os cargos de técnico e analista, que exigem os níveis médio e superior, respectivamente.
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MPU tem preparativos em andamento para concurso de técnicos e analistas
(Foto: Divulgação)
O presidente Lula sancionou este ano o reajuste salarial para os servidores do MPU. Os aumentos serão progressivos. Para 2023, os ganhos passaram para:
- técnicos do MPU: R$8.046,86, sendo R$3.352,86 de vencimento básico e R$4.694 de Gratificação por Atividade Jurídica (GAJ).
- analistas do MPU: R$13.202,64, sendo R$5.501,1 de vencimento básico e R$7.701,54 de Gratificação por Atividade Jurídica (GAJ).
Os servidores ainda têm direito a benefícios, como o auxílio-alimentação.
Saiba quais áreas devem estar no novo concurso MPU
As especialidades do próximo edital ainda não foram reveladas. No entanto, movimentações internas no órgão já apontam quais áreas podem ter vagas. São elas:
- Polícia Institucional do MPU;
- área de Tecnologia da Informação; e
- área de Perícia.
A Polícia Institucional do MPU é a área com mais possibilidade de estar presente no novo concurso.
Isso porque o próprio procurador-geral da República, Augusto Aras, já afirmou que o edital para policiais está previsto para 2023.
No ano passado, Aras publicou a portaria que criou a Polícia do MPU. Segundo o texto, os atuais servidores que exercem funções de segurança no órgão e que estão lotados em unidades desta área passam a ser denominados agentes e/ou inspetores da polícia do MPU.
Com uma força de segurança própria, a proposta do MPU é diminuir a necessidade do apoio de policiais militares, civis e federais, além de soldados das Forças Armadas, para proteção de membros e servidores.
Os requisitos dos policiais devem ser confirmados, em breve pelo órgão, com a regulamentação da carreira.
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Áreas de Perícia e TI também estão no radar
Ao ser aprovado no concurso MPU, é possível ter lotação nos quatro ramos do órgão: Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Militar (MPM) e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Por sua vez, o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, que fica à frente do MPT, já informou que um novo edital para peritos e servidores em geral está em análise.
Em vídeo publicado nas redes sociais, ele disse que existem tratativas, com a Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o concurso seja realizado este ano.
No caso do MPT, seriam direcionadas vagas para analista do MPU - Perícia e outras áreas.
"Estamos em tratativas com a PGR para realizar concurso público para perito específico para o MPT, bem como servidores em geral. Com previsão, inclusive, de realização em 2023", disse o procurador-geral do Trabalho, que busca a recondução ao cargo.
Em resposta à Folha Dirigida por Qconcursos, a Assessoria de Imprensa do MPT confirmou que o concurso referenciado pelo procurador-geral do Trabalho é do MPU e que as maiores necessidades, no caso do MPT, são para as áreas de Tecnologia da Informação (TI) e Perícia.
Servidores de Tecnologia da Informação também integram a comissão organizadora do próximo concurso MPU. O que colabora com a precisão de que essa área estará no edital. Outras especialidades ainda podem constar na seleção.
Vale dizer que o último concurso MPU, de 2018, contemplou os cargos de técnico de Administração e analista em Direito. Tais áreas até podem constar no novo edital, mas os órgão precisará nomear, primeiro, todos os aprovados na última seleção antes de convocar os mais recentes.
Nível médio é mantido para técnico do MPU
O cargo de técnico do MPU tem como requisito o nível médio. Pelo menos, por ora.
O projeto de lei 2.969/2022, aprovado pelo Congresso Nacional, previa que a escolaridade do cargo passasse para nível superior. Mas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou, em maio, o trecho do PL que falava sobre a mudança do requisito.
O Congresso Nacional ainda pode derrubar o veto presidencial. Esse assunto chegou a ser incluído na pauta da sessão conjunta de quarta-feira, 12. Mas, acabou retirado da pauta.
A discussão sobre a derrubada do veto presidencial será retomada em sessão no mês de agosto.
Ao vetar o trecho do projeto de lei, Lula informou que a proposta caracteriza-se por um vício de inconstitucionalidade. Segundo o presidente, a alteração de escolaridade não possui pertinência temática com a norma proposta originalmente pelo projeto de lei.
O PL trata da transformação de 23 cargos vagos de analista do MPU em quatro cargos de procurador, dois de promotor de Justiça Militar e em 17 cargos em comissão no âmbito do Ministério Público Militar.
Além disso, a mudança nos requisitos dos cargos seria competência privativa do procurador-geral da República.
Contudo, a alteração do nível médio para o nível superior foi proposta pela deputada federal Erika Kokay (PT DF) por meio de uma emenda, durante a tramitação do projeto de lei na Câmara. O que, de acordo com Lula, também configura um vício de iniciativa.
O projeto de lei ainda previa que os atuais técnicos do MPU e do CNMP com direito ao adicional de qualificação de 5% do salário base por já serem terem diploma de curso superior teriam essa parcela automaticamente incorporada ao salário. Entretanto, o presidente também vetou esse trecho.
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