Concurso MPU: veja qual cargo terá curso de formação

O novo concurso MPU para a área de Apoio terá apenas um cargo com curso de formação. Saiba qual é e os detalhes!

Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:26/12/2024 às 17:18
Atualizado em:27/12/2024 às 08:08

O novo concurso MPU para a área de Apoio está confirmado para o primeiro trimestre de 2025. A oferta, segundo o próprio Ministério Público da União, será para técnicos e analistas em diferentes especialidades.


Apenas um cargo e especialidade terá curso de formação no próximo concurso, após a realização das provas e demais etapas. Será o de técnico na especialidade de policial institucional, antigo técnico de segurança institucional e transporte.


De acordo com a portaria 216/2024, que confirma os requisitos e atribuições dos cargos do MPU, o policial institucional terá como uma das etapas do concurso um curso na área de Segurança com habilitação para manuseio e tiro com arma de fogo.


Além disso, o contrato com a Fundação Getulio Vargas (FGV) como banca organizadora do concurso, também prevê a etapa de curso/programa de formação profissional apenas para o policial institucional.


Esse cargo terá uma estrutura de provas diferente dos demais, por seu caráter de segurança. Veja quais serão as etapas aplicadas para policial institucional do MPU:

  • prova objetiva;
  • teste de aptidão física;
  • avaliação médica; e
  • programa/curso de formação profissional.

Os demais cargos e especialidades terão apenas provas objetivas e discursivas, de acordo com o disposto no contrato com a FGV.


Concurso MPU terá curso de formação apenas para policiais

(Foto: Agência Brasil)


O cargo de policial institucional do MPU terá como requisitos:

Não será necessário apresentar experiência profissional ou registro profissional no órgão de classe competente.


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Concurso MPU será apenas para nível superior

Em comunicado publicado no dia 12 de dezembro, o Ministério Público da União confirmou que o novo concurso MPU será aberto até março de 2025 e contará com oferta para técnicos e analistas, em diversas áreas de atuação.


O edital trará as vagas disponíveis no momento, além da formação para cadastro de reserva, para nomeações futuras.


Os cargos de técnico e analista terão como requisito o nível superior completo, conforme a Lei 14.591/23 e a portaria publicada pelo próprio órgão, no dia 16 de novembro.


A remuneração dos aprovados no concurso será variável conforme o cargo:

  • técnicos do MPU: R$8.529,64, sendo R$3.554,02 de vencimento básico e R$4.975,64 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU); e
  • analistas do MPU: R$13.994,76, sendo R$5.831,15 de vencimento básico e R$8.163,61 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU).

A estimativa inicial, segundo a secretária-geral do Ministério Público Federal, Eliana Torelly, era divulgar o edital até o início do mês de dezembro. Porém, os trâmites burocráticos adiaram a abertura do concurso para 2025.


Segundo a oferta de vagas, os aprovados poderão ser nomeados para qualquer um dos quatro ramos do MPU:

  • Ministério Público Federal (MPF);
  • Ministério Público do Trabalho (MPT);
  • Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); e
  • Ministério Público Militar (MPM).

FGV é confirmada como banca do concurso MPU

A Fundação Getulio Vargas (FGV) já foi contratada como a banca do novo concurso MPU, conforme o extrato divulgado neste ano. Ela será a responsável por receber as inscrições, além de aplicar as provas aos candidatos.


A escolha da FGV quebra a sequência de concursos do MPU organizados pelo Cebraspe. Desta forma, os candidatos deverão se atentar à forma de cobrança da nova banca.


Em sua proposta para organizar o concurso MPU, a Fundação Getulio Vargas listou as seguintes etapas de seleção:

  • provas objetivas para todos os cargos;
  • provas discursivas para todos os cargos (com exceção de técnico - Segurança Institucional);
  • Teste de Aptidão Física (TAF) somente para técnico - Segurança Institucional;
  • avaliação médica somente para técnico - Segurança Institucional; e
  • programa/curso de formação profissional somente para técnico - Segurança Institucional.

As provas serão aplicadas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.


Os detalhes das provas objetivas e discursivas também já foram confirmados na proposta da FGV. Veja:

  • prova objetiva: 80 questões, sendo 30 questões de Conhecimentos Gerais e 50 de Conhecimentos Específicos; e
  • prova discursiva: redação de até 30 linhas.

As disciplinas de Conhecimentos Gerais e Específicos ainda não foram reveladas.


Para o cargo de técnico de Segurança Institucional (policial do MPU), o TAF cobrará os exercícios de barra fixa, flexão de braço, flexão abdominal e corrida.


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Veja quais especialidades podem estar no próximo edital

As especialidades de técnico e analista do MPU ainda não foram confirmadas. Entretanto, é possível ver quais áreas constam na estrutura de pessoal do Ministério Público da União:


Técnico do MPU nas especialidades de:

  • Administração;
  • Controle Interno;
  • Enfermagem;
  • Orçamento;
  • Polícia Institucional;
  • Saúde Bucal.

Analista do MPU nas especialidades de:

  • Arquivologia;
  • Atuarial;
  • Biblioteconomia;
  • Comunicação Social;
  • Direito;
  • Estatística;
  • Finanças e Controle;
  • Gestão Pública;
  • História;
  • Cardiologia;
  • Clínica Médica;
  • Ginecologia;
  • Oftalmologia;
  • Pediatria;
  • Psiquiatria;
  • Perito em Antropologia;
  • Perito em Arqueologia;
  • Perito em Arquitetura;
  • Perito em Biologia;
  • Perito em Contabilidade;
  • Perito em Economia;
  • Perito em Engenharias;
  • Perito em Geografia;
  • Perito em Geologia;
  • Perito em Medicina;
  • Perito em Medicina do Trabalho;
  • Perito em Oceanografia;
  • Perito em Psiquiatria;
  • Perito em Tecnologia da Informação e Comunicação;
  • Enfermagem;
  • Farmácia/Bioquímica;
  • Nutrição;
  • Odontologia;
  • Psicologia;
  • Serviço Social;
  • Desenvolvimento de Sistemas;
  • Suporte e Infraestrutura.

De acordo com o posicionamento do MPU, qualquer uma das especialidades listadas acima poderá ser contemplada no próximo edital.


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Ministro do STF adia decisão sobre requisito de técnico do MPU

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, deu seu primeiro parecer sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7710), que questiona a escolaridade do cargo de técnico do Ministério Público da União.


Para Toffoli, a ação não exige uma urgência de análise. Assim, ele determinou que a decisão seja tomada em caráter definitivo e não com a concessão de uma liminar.


O relator, a partir disso, postergou a decisão sobre o requisito do cargo de técnico, que deve ser tomada pelo Plenário do STF, sem data marcada ainda.


Com a medida tomada pelo relator da ADI, o cargo de técnico do MPU permanece com o requisito de nível superior, conforme a Lei 14.591/23. Internamente, o órgão já se prepara para publicar o edital do concurso seguindo a legislação atual.


A ADI em tramitação no Supremo Tribunal Federal é de autoria do procurador-geral da República, Paulo Gonet.


Na perspectiva dele, a lei que culminou na mudança de requisito do cargo deveria ter sido proposta pelo próprio chefe do MPU. Contudo, a alteração foi proposta por parlamentares, durante a análise do projeto de lei no Congresso Nacional.


Para o procurador-geral da República, isso se caracteriza como uma inconstitucionalidade, um vício de iniciativa.


Gonet pedia na ADI a concessão de uma medida cautelar de suspensão da eficácia dos dispositivos impugnados. Ou seja, ele solicitou que a lei fosse suspensa e que o requisito de técnico do MPU voltasse para o nível médio.


No entanto, o relator da ADI, ministro Dias Toffoli, não concedeu a liminar e postergou para a decisão definitiva pelo STF.