Concurso MPU tem banca contratada e edital já pode ser publicado
Contrato com a FGV para a organização do novo concurso MPU é assinado nesta quinta-feira, 10. Edital está previsto para este mês!
Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:10/10/2024 às 15:33
Atualizado em:10/10/2024 às 16:47
A assinatura do contrato com a Fundação Getulio Vargas (FGV), para a organização do novo concurso MPU, foi concluída nesta quinta-feira, 10. Com isso, o edital fica iminente e está previsto para publicação ainda este mês.
O contrato do Ministério Público da União com a FGV já foi disponibilizado no Portal Nacional de Contratações Públicas. A vigência será até outubro de 2025.
A FGV será a banca responsável por receber as inscrições do concurso MPU e aplicar as provas aos candidatos.
Com a mudança na banca do concurso, a forma de cobrança dos conteúdos será diferente nas próximas provas.
A contratação da banca é uma das últimas etapas antes da abertura do concurso. Agora, o cronograma deve ser finalizado para que o edital seja divulgado.
Conheça o perfil da FGV e saia na frente da concorrência! Qconcursos Folha Dirigida disponibiliza o e-book "Perfil das Banca Organizadoras". Baixe gratuitamente e confira as características da banca.
Provas do concurso MPU devem ser aplicadas ainda em 2024
O projeto básico do concurso, que funciona como um espelho para o edital, traz o cronograma previsto para a seleção.
De acordo com o documento, ao qual a reportagem do Qconcursos Folha Dirigida teve acesso, o edital está previsto para publicação em outubro e as provas devem ser aplicadas este ano.
Como exposto na tabela acima, as provas estão estimadas para o mês de novembro. No entanto, o MPU deve seguir a norma de aplicar as avaliações cerca de 60 dias após a publicação do edital.
Caso o edital seja divulgado em outubro, as provas só poderão acontecer em dezembro.
Aproveite a melhor assinatura pelo melhor preço e garanta sua estabilidade na carreira pública. Acesse aqui e confira!
Concurso MPU terá provas objetivas, discursivas e TAF
Na sua proposta para a organização do novo concurso MPU, a Fundação Getulio Vargas listou as seguintes etapas de seleção:
provas objetivas para todos os cargos;
provas discursivas para todos os cargos (com exceção de técnico - Segurança Institucional);
teste de aptidão física (TAF) somente para técnico- Segurança Institucional;
avaliação médica somente para técnico- Segurança Institucional; e
programa de formação profissional somente para técnico- Segurança Institucional.
A aplicação das provas será nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Os detalhes das provas objetivas e discursivas também já foram confirmados na proposta da FGV. Veja:
Técnico do MPU (todas as especialidades):
prova objetiva: 80 questões, sendo 30 questões de Conhecimentos Gerais e 50 de Conhecimentos Específicos; e
prova discursiva: redação de até 30 linhas.
Analista do MPU (todas as especialidades):
prova objetiva: 80 questões, sendo 30 questões de Conhecimentos Gerais e 50 de Conhecimentos Específicos; e
prova discursiva: redação de até 30 linhas.
As disciplinas de Conhecimentos Gerais e Específicos ainda não foram reveladas.
Para o cargo de técnico - Segurança Institucional (policial do MPU), o Teste de Aptidão Física (TAF) cobrará os exercícios de barra fixa, flexão de braço, flexão abdominal e corrida. A aplicação também será nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Treine seus conhecimentos com questões anteriores do MPU:
Oferta do concurso MPU será para técnicos e analistas
O próximo concurso do MPU será para ingresso nos cargos de técnico e analista, em diversas especialidades.
Atualmente, os dois cargos têm como requisito o nível superior completo. Já as remunerações iniciais são de:
técnicos do MPU: R$8.529,64, sendo R$3.554,02 de vencimento básico e R$4.975,64 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU); e
analistas do MPU: R$13.994,76, sendo R$5.831,15 de vencimento básico e R$8.163,61 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU).
Duas especialidades de técnico já estão confirmadas no novo edital. A secretária-geral do MPU, Eliana Torelly afirmou que haverá vagas para:
técnico do MPU/Administração; e
policial do MPU (antigo técnico do MPU/Segurança Institucional).
Os cargos foram citados em ofício enviado por Eliana ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Há ainda a informação que o novo concurso incluirá todos os cargos que compõem as carreiras de servidores do MPU. O número de vagas ainda não foi divulgado.
Hoje, o Ministério Público da União dispõe dos seguintes cargos e especialidades em sua estrutura:
Técnico do MPU nas especialidades de:
Administração;
Controle Interno;
Edificação;
Enfermagem;
Laboratório;
Orçamento;
Saúde;
Saúde Bucal;
Segurança Institucional e Transporte (atualmente Policia Institucional do MPU); e
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Analista do MPU nas especialidades de:
Arquivologia;
Atuarial;
Biblioteconomia;
Cardiologia;
Clínica Médica;
Comunicação Social;
Dermatologia;
Desenvolvimento de Sistemas;
Direito;
Educação;
Endocrinologia;
Enfermagem;
Estatística;
Farmácia/Bioquímica;
Gestão Pública;
Ginecologia;
Nutrição;
Odontologia;
Oftalmologia;
Pediatria;
Perito em Antropologia;
Perito em Arqueologia;
Perito em Arquitetura;
Perito em Biologia;
Perito em Contabilidade;
Perito em Economia;
Perito em Engenharias;
Perito em Geografia;
Perito em Geologia;
Perito em Medicina do Trabalho;
Perito em Oceanografia;
Perito em Tecnologia da Informação e Comunicação;
Planejamento e Orçamento;
Psicologia;
Psiquiatria;
Serviço Social; e
Suporte e Infraestrutura.
Conforme o posicionamento do MPU, qualquer uma das especialidades listadas acima poderá ser contemplada no próximo edital.
A estimativa é que o concurso atraia 340 mil inscritos, sendo 210 mil para os cargos de técnico do MPU e 130 mil para os cargos de analista do MPU.
PGR questiona o nível superior para cargo de técnico do MPU
Seguindo a legislação atual, os cargos de técnico e de analista do Ministério Público da União exigem o nível superior completo.
Em dezembro do ano passado, depois da derrubada do veto pelo Congresso Nacional, o presidente Lula sancionou a Lei 14.591/2023, que determina a graduação para os cargos de técnico do MPU e não mais o nível médio.
Para Gonet, a lei deveria ter sido proposta pelo chefe do Ministério Público da União. Entretanto, a alteração do requisito foi proposta por parlamentares, durante a tramitação do projeto de lei no Congresso Nacional.
O que, na visão do procurador-geral da República, se configura como uma inconstitucionalidade, um vício de iniciativa. Além disso, Gonet pontua que o projeto de lei que resultou na mudança da escolaridade não tratava inicialmente do assunto.
A proposição era para a transformação de cargos vagos de analista em procurador de Justiça Militar, promotor de Justiça Militar e em comissão. Não havia nenhum item sobre requisitos ou a natureza dos cargos do MPU.
Com isso, o procurador-geral da República pede a concessão de medida cautelar de suspensão da eficácia dos dispositivos impugnados.
Paulo Gonet, inclusive, cita a iminência do novo concurso MPU, previsto para outubro, para que a ADI seja julgada o quanto antes e para que seja assegurado o nível médio para o cargo de técnico.