O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, falou sobre a realização de um novo concurso PC SP, com 3.500 vagas, ainda este ano. De acordo com ele, os trabalhos são para que a seleção tramite com mais celeridade.
A intenção é que, em 13 meses, a contar da publicação do edital, os aprovados já estejam na ponta da linha atuando. As informações foram passadas por Derrite, em entrevista à Gazeta do Povo.
"Temos 2.900 vagas do concurso que está em andamento e autorizadas mais 3.500. A diferença é que para as vagas que estamos abrindo agora vamos dar uma celeridade muito maior do que os editais anteriores. Ainda em 2024, esses 2.900 mais os 3.500 vão estar juntos. Estamos falando de 6.400 policiais, reduzindo em grande parte o percentual de defasagem da Polícia Civil", disse o secretário.
Os editais do próximo concurso com 3.500 vagas já autorizadas serão publicados até o dia 31 de julho. A previsão foi passada pelo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, na última terça-feira, 13.
Ele reconheceu o déficit funcional de 33% na corporação e destacou as ações planejadas para reverter a situação.
"Hoje, na Polícia Civil o déficit é de 33%. É o maior déficit da história da Polícia Civil. Em torno de 12.500 policiais precisariam estar ocupando os cargos. Por isso, nós já estamos com concurso em andamento para 2.900 policiais, já está em fase oral, e outro para abrir até 31 de julho para mais 3.500 policiais", afirmou Dian, durante o programa Pânico, na Jovem Pan.
Polícia Civil de São Paulo tem autorização para novo concurso
(Foto: Divulgação)
As 3.500 vagas do concurso serão distribuídas pelos seguintes cargos de nível superior:
- delegado — 552 vagas;
- médico legista — 116 vagas;
- perito criminal — 249 vagas;
- investigador de polícia — 1.250 vagas; e
- escrivão de polícia — 1.333 vagas.
Será divulgado um edital por carreira. Com exceção do delegado, que terá oferta estadual, para os outros quatro postos os concursos serão regionalizados. Ou seja, haverá distribuição de vagas por Departamento da Polícia Civil, na capital, na Grande São Paulo ou no interior.
Hoje, os salários chegam a R$12 mil, mas a partir de julho, os valores serão maiores, até R$15 mil para delegados. Isso porque o governador promulgou a Lei Complementar 1.384/2023, que dispõe sobre o reajuste salarial para policiais civis e militares de São Paulo.
Editais do próximo concurso já estão prontos
Conforme fontes ouvidas pela reportagem da Folha Dirigida, os editais do novo concurso PC SP já estão prontos.
O atual impeditivo para divulgação é a assinatura do contrato com a Fundação Vunesp, escolhida como banca organizadora da seleção.
Assim que a contratação for concluída, os editais serão publicados no Diário Oficial do Estado. No momento, o contrato com a banca está em análise pela Consultoria Jurídica.
Quando o setor emitir seu parecer, a Polícia Civil poderá assinar o contrato com a Fundação Vunesp para a organização do concurso.
Em entrevista à Folha Dirigida, o delegado da Academia de Polícia (Acadepol), Anderson Pires Giampaoli, revelou que a previsão inicial é que os editais sejam disponibilizados no primeiro semestre. Isto é, até este mês.
“A ideia da Polícia Civil de São Paulo é os editais saírem entre um ou dois meses. Nós podemos dizer que ainda neste semestre já teremos os editais publicados para essas 3.500 vagas”, revelou Giampaoli, em entrevista concedida em abril.
Anderson Pires Giampaoli atualmente trabalha na Secretaria de Cursos de Formação e responde pela Secretaria de Concursos Públicos da Academia de Polícia "Dr. Coriolano Nogueira Cobra" (Acadepol).
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Estrutura de provas dos concursos PC SP deve ser mantida
Inicialmente, a estrutura de provas dos próximos concursos PC SP será mantida e seguirá os padrões dos últimos editais. Assim, devem ser compostos pelas seguintes etapas:
- prova preambular (objetiva), de caráter eliminatório e classificatório;
- prova escrita, de caráter eliminatório e classificatório;
- comprovação de idoneidade e conduta escorreita, mediante investigação social, de caráter eliminatório;
- prova oral, de caráter eliminatório e classificatório; e
- prova de títulos, de caráter classificatório.
O delegado Anderson Pires Giampaoli, no entanto, informou que mudanças podem acontecer, a depender da vontade política do atual governo estadual.
Há um projeto, por exemplo, para que a prova oral não seja mais cobrada nos concursos de escrivão e investigador, de maneira que os processos sejam mais céleres.
Para que isso ocorra é preciso que o governo proponha a alteração e envie para votação na Assembleia Legislativa.
"Nada impede, se for a vontade política da nova administração do governo, que haja uma alteração legislativa nessas legislações. Como por exemplo, suprimir uma determinada fase", disse.
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