Em março vivia-se a expectativa de oficialização da comissão responsável pelo concurso, já que o procurador-geral deu sinal verde para que a banca organizadora, o Centro de Estudos Jurídicos - Cejur - iniciasse os preparativos do concurso.
Antes da pandemia a tendência era que o edital fosse publicado ainda no primeiro semestre deste ano com 13 vagas, segundo o sub-procurador geral do estado, Reinaldo Silveira.
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Destaques para as carreira de técnico processual, que exige apenas o nível médio, e analista processual, para quem tem formação em Direito. A remuneração inicial para técnico é de R$5.150 e de analista R$6.990.
No entanto, a PGE RJ ainda não anunciou de fato os cargos/especialidades que serão oferecidos na próxima seleção.
O cargo de técnico processual, de nível médio, é um dos confirmados para o novo concurso para a área de apoio da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro. A carreira costuma ser bastante disputada, portanto cada ponto pode ser decisivo.
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A disciplina de Língua Portuguesa muitas vezes é deixada de lado pelos candidatos, a professora de Língua Portuguesa, Mônica Massad, fala dos erros que não devem cometidos na preparação para as questões da matéria.
"As pessoas acham que a prova é subjetiva, que as questões são subjetivas, quando na verdade não são. As provas hoje, de bancas como FCC, FGV, Vunesp, Cebraspe, essas questões de compreensão e de interpretação de texto, são basicamente questões de teoria da argumentação e que dialogam com as provas de raciocínio lógico."
Segundo a professora, atualmente as provas mantêm um diálogo entre elas e cita o exemplo da FCC que possui textos sobre justiça, ética, moral e teoria política. Para Mônica, questões de Língua Portuguesa que vão dialogar com as disciplinas de Direito.
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Massad comenta ainda sobre as provas de Língua Portuguesa do Cebraspe.
"Se você estiver em dia com Direito, se for uma prova de tribunal, com certeza vai acertar algumas questões de Língua Portuguesa só com o conhecimento de Direito porque existe esse diálogo. Da mesma forma estudar Língua Portuguesa vai ajudar a resolver muitas questões de Direito e de Raciocínio Lógico."
A professora ressalta que em provas elaboradas pela Fundação Carlos Chagas (FCC), que foi a banca organizadora do último concurso realizado para a Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, é necessário, em grande parte das questões, um raciocínio analítico para resolvê-las.
Caso seja a Fundação Carlos Chagas a escolhida para elaborar a próxima prova para a PGE do Rio, Mônica não acredita em grandes alterações no edital em comparação com o que foi cobrado no último concurso.
No entanto, é importante atentar-se para o tempo desde o última seleção.
"O estilo é sempre o mesmo: começa com questões de compreensão e interpretação de texto, depois vem as questões de coesão e coerência, questões de sinônimos, que sempre têm, várias questões de verbo, que se incluem modos verbais, concordância verbal. Questões de colocação pronominal, pontuação, crase, pronome relativo. Colocar a regência do pronome relativo e etc. A prova da FCC é uma prova bastante previsível."
Outra banca possível é a Fundação Getulio Vargas, que há pouco tempo esteve à frente das seleções para a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério Público fluminense.
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Além disso, a professora não descarta uma outra organizadora como, por exemplo, a AOCP ou Cebraspe, para ser a responsável pelas etapas do novo concurso PGE-RJ.
"Se for a FGV ou alguma outra que não a FCC realmente o perfil provavelmente vai mudar muito, sobretudo com introdução de questões de tipologia textual, bases argumentativas, gêneros textuais, funções e figuras de linguagem. Questões de pressupostos lógicos, de subentendidos, variações linguísticas. Isso que podem ser observadas às vezes implicitamente em provas como da FGV e explicitamente em provas como da AOCP e do próprio Cebraspe hoje em dia."
Como estudar sem a definição da banca organizadora do concurso PGE-RJ? Essa pergunta, provavelmente, é a de muitos candidatos que desejam concorrer a uma vaga no órgão.
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A professora Mônica Massad orienta os interessados na seleção sobre como estudar para a prova de Língua Portuguesa mesmo sem uma organizadora definida.
A especialista alerta que a gramatica normativa é um padrão das provas da FCC e aponta um caminho para a preparação.
"Partindo do pressuposto que a FCC foi a banca que fez a ultima prova, seria um caminho mais fácil o candidato visitar as provas anteriores. Focar de fato nas matérias como eu já disse que mais caem na FCC, que não é muito difícil de se observar ao ver as provas. E partir efetivamente para um estudo mais aprofundado para essa parte de "Interpretação de Texto", que não se limita às questões de inferências e explícitos textuais. Mas, como eu disse, de questões de funções de figuras de linguagem, de tipologia textual, gênero textual, teoria da argumentação, etc. Porque essa é uma tendencia das provas atuais."
Além disso, a professora reforça que não adianta estudar somente a gramatica normativa, pois isso não será garantia de acertar as questões da prova.
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Mas que é imprescindível dominar os processos de construção de paráfrases estruturais e de paráfrases ideológicas.
"Digamos que estão embutidas nos blocos de orações de reescritura de frases, de período, de orações. Então acho que esse é o caminho do candidato para realmente obter um resultado mais satisfatório."
Na última prova aplicada para o cargo de técnico processual, de nível médio, Língua Portuguesa estava dentro da grupo de matérias de Conhecimentos Básicos da avaliação.
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Segundo Mônica, do total de 30 questões de Conhecimentos Básicos, 20 discorriam sobre sobre a Língua Portuguesa, sete ou oito de "Interpretação de Textos", três de "Coesão e Coerência", "Concordância", "Redação oficial" e "Reescritura de Frases."
"Basicamente a prova foi isso. O bloco de questões de Interpretação e Compreensão e Coesão e Coerência já dava metade da prova."
A professora comenta também os assuntos que acredita que pode se repetir no próximo concurso PGE-RJ para o cargo de técnico processual, caso a banca organizadora seja a Fundação Carlos Chagas.
"Se for a FCC, a previsibilidade é grande de ser 50% "Compreensão e Interpretação", "Coesão e Coerência" e os outros 50% divididos em "Correção gramatical", que aí se incluem questões de "Pontuação", "Concordância", "Regência", "Crase", "Colocação pronominal". E eventualmente uma questão de "Sintaxe", de oração, de reescritura, que sempre caem."
Por fim, é possível verificar o vídeo na íntegra com a entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA da professora Mônica Massad. Confira abaixo!
