CNU 2025 terá apenas um edital; veja outras mudanças!

Ministra Esther Dweck confirma novidades para o CNU 2025, como a publicação de um único edital para os blocos temáticos. Veja!

Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:31/03/2025 às 17:05
Atualizado em:31/03/2025 às 17:55

A realização do Concurso Nacional Unificado (CNU) em 2025 está confirmada. Mas segundo a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, terá mudanças e ajustes baseados nos aprendizados da primeira edição.


A divisão das vagas por blocos temáticos será mantida. Porém, uma das novidades será a publicação de apenas um edital para todos os blocos.


Na primeira edição do CNU, em 2024, foram publicados oito editais separados.

"Vamos uniformizar as regras e deixar tudo mais claro", afirmou Dweck, em entrevistas concedidas à imprensa no último sábado, 29.

A escolha da banca organizadora do próximo Concurso Unificado está prevista para abril. Um termo de referência, que funciona como um espelho para o edital e reúne dados como vagas, cargos e etapas, será elaborado e enviado a grandes bancas do país.


A chamada pública não exclui da disputa a Fundação Cesgranrio, organizadora da primeira edição. Ela ainda poderá ser escolhida, mas terá concorrência com outras bancas interessadas no processo.


As provas do concurso estão previstas para setembro ou outubro, segundo a ministra.

MGI confirma publicação de um único edital no CNU 2025

(Foto: Agência Senado)


A seguir, confira outras mudanças anunciadas por Esther Dweck e confirmadas pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI), em nota.

Sem bolinhas

Outra mudança significativa no CNU 2025 será a substituição do sistema de "bolinhas", para o preenchimento dos cartões de resposta por um código de barras que identifica o concorrente.

"Alguns candidatos tiveram problemas com as bolinhas de identificação na primeira edição. Com o código de barras, cada prova será vinculada automaticamente ao candidato, sem risco de confusão", explicou a ministra.

De acordo com o MGI, o sistema funcionará da seguinte maneira: cada caderno de questões virá com um código único, que identificará o candidato sem revelar seus dados pessoais aos corretores.

"Não é o nome ou número de inscrição, mas a máquina consegue ler e garantir que aquela prova pertence àquela pessoa", detalhou Esther Dweck. 

Isso será útil principalmente nos blocos com questões embaralhadas, onde diferentes versões da prova circulam na mesma sala. A expectativa é que a tecnologia, já testada em outros concursos, agilize também a correção e a divulgação de resultados. 


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Vagas e carreiras

A segunda edição do CNU também contará com carreiras diferentes das que foram incluídas no edital de 2024.


Segundo Esther Dweck, duas novas carreiras transversais, por exemplo, estarão no Concurso Unificado deste ano:

  • Analista Técnico de Justiça e Defesa; e
  • Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico.

O número total de vagas e a lista de órgãos participantes ainda não foi fechada.


A ministra já adiantou que o número de órgãos participantes será menor, mas ainda justificável para uma seleção unificada. 

"Queremos vagas menores, mas recorrentes, para manter o serviço público oxigenado", concluiu. 

Na edição de 2024, mais de 20 órgãos, autarquias e entidades do Poder Executivo Federal aderiram ao Concurso Nacional Unificado.

Provas em mais de um dia?

Está em estudo pelo MGI a aplicação de dois dias de provas na edição deste ano do Concurso Unificado.


De acordo com a ministra, a logística com apenas um dia de provas foi o "mais difícil". Por conta disso, é possível que o CNU 2025 tenha provas em dois dias, assim como ocorre no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

"No Acre, vocês vão lembrar que abriu, por conta de ser todo mundo na mesma hora, super cedo, Então, teve gente que teve que chegar às 5h para a prova. Então, do ponto de vista da logística, a gente está estudando o cenário com dois dias", disse.

Possibilidade de uma prova extraordinária

O CNU 2025 contará também com a possibilidade de uma prova extraordinária, como ocorreu na primeira seleção, após o adiamento das provas devido às chuvas no Rio Grande do Sul.


Conforme informado pela ministra, caso 0,50% dos inscritos sejam afetados por condições adversas, para esse grupo será aplicada uma prova extra e para vagas excedentes. "A gente reservaria vagas para esse grupo", explicou.


Com essa possibilidade, de acordo com a ministra, a isonomia da seleção não estará na questão, mas na concorrência das vagas, que terão a mesma base curricular.


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Incentivo a maior participação das mulheres

O primeiro CNU deu foco a um desafio persistente no Poder Executivo Federal: a subrepresentação feminina em carreiras estratégicas.


Ainda que as mulheres representassem 52% dos inscritos, apenas 41% dos aprovados foram do sexo feminino — percentual que caiu para apenas 8% em áreas como Tecnologia da Informação.

"Quando analisamos os blocos separadamente, vemos uma distorção alarmante. Enquanto nas carreiras sociais e educacionais as mulheres são 60% dos aprovados, em TI esse número despenca. Isso reflete um problema estrutural que começa nas escolhas profissionais e se perpetua nos concursos", destacou a ministra da Gestão.

Como resposta, o governo estuda medidas inspiradas em experiências como a do Ministério das Relações Exteriores, que adotou um sistema de bonificação para mulheres nas fases iniciais de seu último concurso.

"Não se trata de reserva de vagas, mas de mecanismos que compensem desvantagens sociais", explicou a ministra.

Outra frente será o estímulo à participação feminina em áreas tradicionalmente masculinas, como Tecnologia e Infraestrutura, por meio de programas de mentoria.


Para o CNU 2025, está prevista uma campanha específica voltada às candidatas, com divulgação de histórias de servidoras bem-sucedidas.

Taxas do CNU 2024 e cidades de prova devem continuar

Os pontos avaliados positivamente na primeira edição do CNU devem continuar na edição de 2025.


A ministra revelou, por exemplo, que o governo trabalha pela continuidade das taxas de inscrição e locais de prova.


Na primeira edição do CNU, as taxas foram de R$60, para cargos de nível médio, e R$90, para os de nível superior.

"A nossa expectativa é manter o valor das inscrições, porque a gente achou que foi um valor justo, que atraiu muita gente. E a gente sabe que tem as isenções, mas quem está acima da isenção muitas vezes não é que tem muito mais renda do que quem está dentro da isenção. Então, a gente acha que conseguir fazer uma taxa de inscrição abaixo da média foi um fator importante", disse a ministra ao portal Metrópoles.

Já em relação aos locais de prova, o concurso unificado contou com a aplicação em 228 municípios, o que não deve mudar para a próxima edição.

Lista de participantes do CNU 2025 está em análise

O Ministério da Gestão e Inovação deve conseguir a adesão de um número de órgãos que justifique a realização do concurso de forma unificada.


Apesar de a lista de órgãos deste ano ainda não ter sido confirmada, alguns já adiantaram sua participação no Concurso Unificado. Foram eles:

O Ministério da Saúde, por sua vez, revelou que avalia a possibilidade de participar da edição do CNU em 2025. A pasta tem autorização para preencher 319 vagas efetivas.


Com o Orçamento aprovado pelo Congresso, o MGI irá verificar quais outros concursos federais poderão ser autorizados este ano.


As novas carreiras transversais estarão no próximo concurso unificado, segundo a ministra Esther Dweck, assim como a área Administrativa.


Em entrevista exclusiva ao Qconcursos Folha Dirigida, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Júnior, revelou que CNU 2025 deve ter em torno de 3 mil vagas, metade do oferecido na primeira edição.

"Está em aberto um conjunto de vagas que estão previstas de serem autorizadas em 2025. Tudo somado, a gente acredita que pode conseguir reunir algo como 3 mil, 3.500 vagas para realizar uma segunda edição do concurso unificado". 

Resultado da primeira edição do CNU foi homologado

Os resultados finais da primeira edição do CNU foram homologados no dia 7 de março para todos os oito blocos temáticos. Os documentos foram publicados no Diário Oficial da União, contemplando os cargos que não têm curso de formação.


Com a aprovação do Orçamento de 2025, o Ministério da Gestão espera que as convocações comecem entre o final de abril e o início de maio.


A primeira edição, aberta em 2024, teve a oferta de 6.640 vagas para diferentes órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal, abrangendo carreiras de níveis médio e superior.


O Concurso Nacional Unificado consiste em uma iniciativa pioneira do Governo Federal para o recrutamento de novos servidores.


Nesse modelo, foi possível se inscrever a diversas carreiras dentro de um mesmo bloco temático, pagando apenas uma taxa, o que ampliou a concorrência.


Outra inovação foi o aumento dos locais de prova. Os exames do CNU foram realizados no dia 18 de agosto, em mais de 200 cidades do país.


Antes, a maioria dos concursos federais era feita apenas nas capitais dos estados e no Distrito Federal, ou exclusivamente em Brasília DF.


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